ANTES DE LER É BOM SABER...

CONTATO: (Whatsapp) 84.99903.6081 - e-mail: luiscarlosfreire.freire@yahoo.com. Este blog - criado em 2008 - não é jornalístico. Fruto de um hobby, é uma compilação de escritos diversos, um trabalho intelectual de cunho etnográfico, etnológico e filológico, estudos lexicográficos e históricos de propriedade exclusiva do autor Luís Carlos Freire. Os conteúdos são protegidos. Não autorizo a veiculação desses conteúdos sem o contato prévio, sem a devida concordância. Desautorizo a transcrição literal e parcial, exceto breves trechos isolados, desde que mencionada a fonte, pois pretendo transformar tais estudos em publicações físicas. A quebra da segurança e plágio de conteúdos implicarão penalidade referentes às leis de Direitos Autorais. Luís Carlos Freire descende do mesmo tronco genealógico da escritora Nísia Floresta. O parentesco ocorre pelas raízes de sua mãe, Maria José Gomes Peixoto Freire, neta de Maria Clara de Magalhães Fontoura, trineta de Maria Jucunda de Magalhães Fontoura, descendente do Capitão-Mor Bento Freire do Revoredo e Mônica da Rocha Bezerra, dos quais descende a mãe de Nísia Floresta, Antonia Clara Freire. Fonte: "Os Troncos de Goianinha", de Ormuz Barbalho, diretor do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, um dos maiores genealogistas potiguares. O livro pode ser pesquisado no Museu Nísia Floresta, no centro da cidade de nome homônimo. Luís Carlos Freire é estudioso da obra de Nísia Floresta, membro da Comissão Norte-Riograndense de Folclore, sócio da Sociedade Científica de Estudos da Arte e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Possui trabalhos científicos sobre a intelectual Nísia Floresta Brasileira Augusta, publicados nos anais da SBPC, Semana de Humanidade, Congressos etc. 'A linguagem Regionalista no Rio Grande do Norte', publicados neste blog, dentre inúmeros trabalhos na área de história, lendas, costumes, tradições etc. Uma pequena parte das referidas obras ainda não está concluída, inclusive várias são inéditas, mas o autor entendeu ser útil disponibilizá-las, visando contribuir com o conhecimento, pois certos assuntos não são encontrados em livros ou na internet. Algumas pesquisas são fruto de longos estudos, alguns até extensos e aprofundados, arquivos de Natal, Recife, Salvador e na Biblioteca Nacional no RJ, bem como o A Linguagem Regional no Rio Grande do Norte, fruto de 20 anos de estudos em muitas cidades do RN, predominantemente em Nísia Floresta. O autor estuda a história e a cultura popular da Região Metropolitana do Natal. Há muita informação sobre a intelectual Nísia Floresta Brasileira Augusta, o município homônimo, situado na Região Metropolitana de Natal/RN, lendas, crônicas, artigos, fotos, poesias, etc. OBS. Só publico e respondo comentários que contenham nome completo, e-mail e telefone.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

18 DE FEVEREIRO - ANIVERSÁRIO DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE NÍSIA FLORESTA

Se você der uma olhada em "Postagens antigas" irá encontrar artigos escaneados de velhos jornais, os quais evidenciam uma curiosidade a qual me encaixo na mesma.
Desde que cheguei a este torrão potiguar - oriundo de pais potiguares - originários dessa região, observei que, diferente do que ocorria em minha cidade natal, não se comemoravam a data da emancipação do município: 18 de fevereiro e, consequentemente não era feriado.
Não que eu entendesse que o melhor da história era o feriado, mas passei a reivindicar e discutir com meus alunos sobre isso. Futuramente fiz uma série de cartas e as enviei à Câmara Municipal, sugerindo que os edis transformassem aquele pedido em projeto e, posteriormente, em lei.
Foi luta! Parecia que ninguém me entendia!
O tempo passou e continuei tentando. Até que um dia a Câmara se sensibilizou ao meu pedido (Veja nesse mesmo blog os documentos de época).
A partir da quela data o município começou a comemorar a sua data de emancipação.
Fiquei satisfeito pelo aspecto histórico da coisa. Até porque evocar uma data não significa meramente lembrá-la, mas pensá-la, discutí-la, enaltecê-la principalmente em dias que antecedem a referida data.
Outro fato curioso que observei e que acabei dando o mesmo rumo do que acima expus, foi o fato de ter tomado as mesmas providências para que na Câmara de Vereadores os edis passassem a adotar o gentílico-pátrio NISIAFLORESTENSE, e não NISIENSE, como era usado.
Eu, particularmente, ganhei o título de CIDADÃO NISIENSE (e guardo o documento mais como curiosidade).
Após o envio da minha sugestão a Câmara mudou o referido certificado e passou a usar NISIAFLORESTENSE.
Certo dia, um cidadão metido a político, pôs-se num púlpito durante um evento repleto de pessoas e disse que eu o desculpasse, mas que o mesmo iria sempre usar a denominação nisiense, pois assim aprendera.
Por questão de educação e para evitar dar um tom polêmico àquele evento, dei-lhe o silêncio como resposta, principalmente por ter percebido - juntamente com ele - o ar de rejeição da platéia quanto a sua ingênua colocação.
Foi interessante esse momento.
Na época, fiz como Câmara Cascudo fazia com Teodoro Sampaio: Em contato com o renomado Dr. Arnaldo Niskier, o mesmo endossou as minhas indagações sobre o gentílico viável - no caso, NISIAFLORESTENSE. Eu não poderia ignorar o aval de um respeitável intelectual membro da Academia Brasileira de Letras.
Bom, mas vamos comentar um pouco sobre esse momento comemorativo.
Na data de aniversário do município de Nísia Floresta precisamos refletir sobre o município que somos, o município que queremos e o que posso fazer para alçá-lo ao município que vislumbro.
O município que somos está aí para todos verem. É importante destacar que Nísia Floresta não é apenas o centro. Até porque o centro é tolerável em sua plástica de urbis.
Num município existem os três poderes. Os mesmos são base para a cidadania, a justiça e a civilidade plena. Mas isso só ocorre se eles existirem no aspecto prático-social.
Esses poderes existem efetivamente?
Os responsáveis por eles vivem em seu território?
Vê-se os reflexos concretos de suas ações?
Os condutores desses serviços públicos são pessoas capazes?
Os habitantes estão felizes? Sentem-se seguros?
Existem avanços positivos nos serviços públicos?
Como andam os gráficos em termos de mortalidade infantil, avanços educacionais, saúde, qualidade de vida et, etc, etc?
O município que queremos é o município no qual todos sintam orgulho de estarem morando nele. Quanto a isso não há necessidade de pontuar o que traz felicidade a um povo.
Feitas essas reflexões não vejo motivo apenas para parabenizar Nísia Floresta, mas para também lembrar que precisamos contribuir com o município de acordo com o nosso potencial.
Todos podem contribuir.
O que você tem feito?
Não importa se você é pessoa humilde ou mais abastada finaceiramente, ou que só tenham o 4º ano, como muitos o dizem.
Não importa se você se veja como pessoa de pouco esclarecimento, até porque muitos se subestimam.
Importa que você é gente e precisa viver como gente.
Importa que você é um ser humano e todos os seres humanos possuem inteligência e capacidade para transformar o mundo para melhor.
Faça a sua parte e nunca se esqueça de agir com justiça, ética e retidão.
Aja assim e você terá a certeza de que Nísia Floresta realmente avaçará.
Vivencie a sua cidadania - sem medo - e tenha certeza que Nísia Floresta será o município sonhado pela sua mais famosa filha - de nome homônimo - e, obviamente, por você.
Nessa busca você se deparará muitas vezes com as palavras drummondnianas: "no meio do caminho havia uma pedra"...
E muitas pedras aparecerão.
Elas fazem parte e são necessárias.
Mas não as deixe torná-las obstáculos.
Se eu tivesse me dobrado aos empecilhos que encontrei em Nísia Floresta - e que podem ocorrer a qualquer pessoa em qualquer parte do mundo - não teria atingido os objetivos que me alçaram a fazer o que fiz e continuo fazendo como cidadão comum.
Foram e são coisas simples, mas reconhecidas regional e nacionalmente.
Na realidade eu nunca vi como objetivo o reconhecimento, e sim a conquista da transformação de algo para melhor. O reconhecimento foi consequência.
É muito bom quando a gente comemora algo no qual somos parte de sua construção. Nesse aspecto todo nisiaflorestense é parte da construção de uma Nísia Floresta cada vez melhor.O município que vislumbro  - e que vislumbramos - é aquele que nos da orgulho.
Esse orgulho depende da minha consciência e do meu senso de justiça.
Felicidade para todos nós, nisiaflorestenses.
Parabéns Nísia Floresta! PROF. LUÍS CARLOS FREIRE.


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

MENSAGEM AO MEU FILHO FÍDIAS


FÍDIAS AUGUSTO CAVALCANTI MARQUES PEIXOTO FREIRE

Fídias, hoje não é a data do seu aniversário, mas quero homenageá-lo por ser você esse filho e especial na mais profunda acepção da palavra.
Obrigado por sua singularidade em meio a tantas decepções a que tantos pais estão sujeitos, infelizmente.
Obrigado por sua bondade.
Obrigado por seu amor aos estudos!
Obrigado por acordar quatro e meia da manhã e não achar que é madrugada.
Obrigado por se debruçar sobre os livros por horas a fio, sem entender essa prática como algo cansativo ou desgastante, como muitos o fazem apenas por imaginar a cena.
Obrigado por servir-se de seus talentos com sabedoria.
Você, ainda pré-adolescente, mas cheio de planos, e sem perder o encanto da sua infância.
Fídias, o importante na vida é sermos justos, mesmo que isso possa gerar equívocos.
Procure ser bom sem a psicose de querer sempre agradar por agradar.
Deixe sempre muito clara a sua posição sobre as coisas e jamais se permita influenciar por algo que não agrade a sua alma.
Nunca se envolva em causas para tirar vantagem ou fazer com que outros sofram.
Não tema reações advindas do descontentamento dos que porventura não acatarem suas decisões.
Vala-se eternamente da justiça e da bondade, reconhecendo que exatamente essas práticas também poderão render-lhe insatisfação.
Não se dobre aos pensamentos alheios quando o seu coração disser sim ou não.
Seja você.
Nunca queira ser outro ou falar por outro, mas permita-se sempre ver-se no lugar do outro.
No futuro olhe as pessoas mais novas como se fossem seus filhos, os de sua idade como se fossem seus irmãos, os mais velhos como se fossem seus pais e os idosos como se fossem seus avós.
faça com todos eles o que gostaria que fizessem a você.
Entregue sempre o seu dia a Deus e o reverencie sempre.
Respeite a natureza em toda a sua plenitude.
Respeite os animais e lembre-se que as diferenças entre eles e nós é mínima, principalmente por sentirem dor.
Fídias, algumas coisas que nos são ditas quando somos muito novos nos parecem talvez esquisitas, mas os tempo nos lapida a entendê-las.
E você já está muito polido!
Caminhe e olhe para trás apenas para compreender melhor o futuro 
Ah! Já ia me esquecendo de dizer: Obrigado por me surpreender com sua guitarra.
Confesso que realmente foi uma surpresa.
Seu pai Luis Carlos Freire

ESSA HOMENAM FOI DADA A POUCOS. E VOCÊ MERECEU!

Você é uma caixinha de surpresas boas.

DIA DA 1ª VITÓRIA DO PRESIDENTE LULA - FÍDIAS E SEU PRIMO MARCOS

FÍDIAS COMIGO NO CARCARÁ











quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012


Por O Santo Ofício | 25 dezembro, 2011
Transcrito do NOVO JORNAL [Natal, 25 de Dezembro de 2011]


Por Franklin Jorge

Há poucos dias, num jornal local, um professor de Parnamirim – preocupado com o futuro da educação no estado -, denunciou a incultura que campeia de canga solta na Fundação Capitania das Artes. Melhor dizendo, no Conselho Municipal de Cultura, que avalia e aprova os projetos inscritos na lei de incentivo à cultura. Uma verdadeira aberração a exigir a intervenção urgente do Ministério Público: desperdício cheira a corrupção, nesse caso nascida da incúria de uma instituição com valores que lhe compete defender e aplicar para o bem de todos.

Fica claro, segundo as palavras do professor atento e zeloso de sua missão, que a Funcarte devia ajudar-se, ajudando-se a melhorar o nível de cultura de seus próprios membros. Seu conselho de cultura é deplorável. Uma vergonha, mesmo para a prefeita Micarla de Souza, que quis fazer tudo com a prata da casa, isto é, com os funcionários da TV Ponta Negra que ela lotou na Funcarte, para aliviar a folha privada… E deu no que deu.

A pobreza – melhor dizendo, a indigência sumária – que se encastela em seus redutos devia ser reciclada em algo digno de respeito. Natal não comporta tanta mediocridade e despreparo, sobretudo numa área delicada, como a da cultura, que tem agonizado nas mãos de uns arrivistas.

Na Funcarte ninguém sabe nada de cultura. Imaginem um conselho de cultura que aprova sem conhecer e confunde Nísia Floresta com Isabel Gondim! Foi o que aconteceu, acredite, meu caro leitor. O professor de Parnamirim flagrou o erro crasso, o conselho mudando a identidade das duas escritoras rio-grandenses do norte. Com a chancela do Conselho Municipal de Cultura, que acolhe em suas fileiras gente sem critério e despreparada. A Fundação Capitania das Artes misturou alho e bugalho e nos deu uma Nísia Floresta com a cara da sua rival, Isabel Gondim, nome de escola nas Rocas. Uma grande barrigada de Micarla, que escolheu canhestramente, e mal, seus assessores…

O projeto em questão, aprovado sem as devidas ressalvas ou, a meu ver – com passe no exposto e na realidade dos fatos -, devendo ter sido “terminantemente desaprovado” com uma recomendação à propositora, uma psicóloga pernambucana que se declara admiradora de Nísia Floresta – imaginem se fosse sua inimiga…-, que saiu de cara limpa e sem ônus desse episódio constrangedor, pois repassou – e todos engoliram sem um copo d’água – o erro de sua intransferível competência para o coitado do webmaster, que por ser parte fraca não teve o cuidado de habilitar-se com as fotografias autênticas etc e fez a malfadada substituição que a psicóloga, fugindo do próprio erro, quis pespegar-lhe de supetão, livrando o seu da seringa!

Num lugar onde praticada fosse a seriedade e o zelo com o recurso público, essa psicóloga desinformada devia, no mínimo, restituir o valor do projeto com correção financeira. Está provado que ela não tem cacife como documentarista para receber dinheiro público com a promessa de fazer serviço decente. Obra sem nenhuma fé, seja porque quem a idealizou, seja por quem a aprovou sem conhecer da matéria tratada, seja por quem financiou.

Entende-se que, ao examinar a proposta, o conselheiro devia ser mais que um mero documentarista – como há inúmeros e infinitos vivendo e mamando entre nós –, devia ser alguém que conhecesse um pouquinho da cultura rio-grandense do norte. Pelo menos a um nível que o livrasse do vexame de confundir Isabel Gondim com Nísia Floresta, ao aprovar projeto em que se procurava exaltar a escritora.

A mancada da psicóloga não pode ficar assim, sem mais nem menos. É algo gravíssimo, um crime de lesa-cultura que impõe a reformulação da política cultural da prefeitura, que a bem da verdade dá sinais de que está mais perdida do que cego em meio a tiroteio – e tiroteio da cultura, o pior que há, aquele que mais negativamente repercute até entre os que não leem livros, mas tem um pouco de boa fé na alma.

O leitor há de ter notado que tenho escrito sem citar nomes. Nem o do professor que deu-nos o ar de sua graça, ao corrigir um erro que tem se difundido, segundo se percebe da leitura da reportagem, pois o documentário da malfadada documentarista, importada do Recife, anda sendo exibido em escolas da rede oficial. Os nomes só são relevantes porque expõem uma prática. Tenhamos dó das nossas crianças: esse lixo cultural deve ser varrido definitivamente, com um pedido de desculpas pelo descaso para com a cultura de Natal. Não podemos compactuar com esse desmazelo que tomou conta de tudo desde que o Partido Verde assumiu o governo.

Nossos conselhos de cultura (e aqui incluo o Estadual também) precisam ser resgatados e entregues nas mãos de conselheiros notáveis por seu saber. O atual, com exceção do grande dramaturgo e poeta Josean Rodrigues, tem em sua formação uma gente completamente anônima e certamente sem cultura, cujos nomes transcrevo abaixo na esperança de que algum leitor os conheça e possa declinar seus méritos, que se fazem necessários, para nos resgatar desse vexame que é a cultura da prefeitura Micarla de Souza. Ei-los, pois: Tatiane Fernandes (produtora cultural), Francisco Alves (professor e pesquisador, membro da comissão normativa da Lei Djalma Maranhão), Josean Rodrigues, Miguel Wilson (aluno do curso de Produção do IFRN) e Odinélia Targino, já conselheira da atual gestão, nomeada pela prefeita Micarla de Souza e agora eleita representante da classe artística. Alguém sabe quem são e representam para a cultura da cidade? Além disso, onde já se viu produtor cultural fazendo parte de tais conselhos? Uma verdadeira aberração que denuncia o avanço da corrupção na cultura do Rio Grande do Norte. Um caso de polícia, portanto.

Já é tempo de levarmos a cultura a serio e de, os governantes, tratá-la com seriedade e respeito. Cultura é coisa séria e não pode depender dos caprichos de uma única pessoa ou de grupo. O Conselho Municipal de Cultura espelha bem o descalabro desse governo de Micarla que não fez nada bem. Voltarei ao assunto.

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3 Comentários

Demir Santos - Parnamirim. on 28 de dezembro de 2011 at 17:41.

É o retrato da Funcarte: corrupção, despreparo, incompetência. Esta é a imagem pública da cultura “oficial” que tem por finalidade dar boa vida a “apadrinhados” e cabos eleitorais dos governantes.
Franklin não disse o nome das pessoas envolvidas nessa patifaria: a psicóloga, autora disto que Franklin chamou de “crime de lesa cultura”, é a pernambucana Marieta Izabel Martins Maia, denunciada em entrevista do professor e historiador Luís Carlos Freire, diretor da Escola Municipal Augusto Severo, de Parnamirim. O conselheiro do Conselho Municipal de Cultura, Paulo Laguardia. É preciso dar nomes aos bois…
Agora só fica faltando a ação do Ministério Público, que devia botar tudo em pratos limpos, para que tais abusos não mais ocorram.
Respeito à cultura!


Silva on 28 de dezembro de 2011 at 18:33.

O Conselho Municipal de Cultura é de péssimo nível. Só gente desconhecida, sem obras, deviam até se envergonhar de aceitar função para a qual não demonstram competência. O Francisco Alves citado deve ser o Chico Alves! Meu Deus, uma cultura que tem Chico Alves e Isaura Rosado, peca por se apresentar como tal.


Elves Alves on 29 de dezembro de 2011 at 21:21.

É duro reconhecer, mas apagão na cultura já não constitui mais nenhuma novidade na vida do povo potiguar. Muito pelo contrário, virou praxe.
Desde que foi criada por Wilma de Faria e entregue por ininterruptos 12 anos a Rejane Cardoso, mulher do jornalista Vicente Serejo, a Fundação Capitania das Artes nunca foi outra coisa senão ancoradouro da incultura e da necrose administrativa.
A exemplo de Rejane, sucessores seus como Gileno Guanabara e Isaura Amélia Rosado jamais prestaram conta de qualquer recurso financeiro destinado à Funcarte, prática nebulosa vencida somente quando da ascensão do professor Eduardo Pinto à presidência da entidade.
De todos os seus ex-presidentes, apenas Rodrigues Neto teve a coragem e a ousadia de proclamar, mas desde seus primórdios que a Capitania das Artes está “cagando e andando” para a cultura dos natalenses.
Não é de causar surpresa, portanto, que num ambiente de tamanho desleixo como este se abrigue um conselho de cultura tão pernicioso como o que aí está.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012


8 DE MARÇO, DIA INTERNACIONAL DA MULHER
DEPOIS DA CONQUISTA, O EQUÍVOCO.

Ao longo da história da humanidade homens e mulheres se debruçaram em prol da reivindicação de direitos iguais para as mulheres. Quando Nísia Floresta – que desde pequena viu-se feminista – lançou “Direito das mulheres e injustiça dos homens” harmonizou muito bem seus ideais com as da feminista inglesa Wolstonecraft, ao final do século XVIII. Esta, por sua vez harmonizou-se com Montagu, a qual harmonizou-se com o pensamento de alguns pensadores anteriores, e assim sucessivamente.

Para as mulheres chegarem ao estado de liberdade ao qual se encontram atualmente, embora haja exceções em muitos países, vivenciaram uma odisseia e sofreram muito preconceito e descaso. Algumas foram até mortas. Para a cultura da época suas reivindicações eram incompreensíveis.

Nísia Floresta não foi exceção dentre um rol de mulheres que queriam apenas o direito de serem cidadãs completas: votar, ser votada, assumir qualquer cargo público etc. Nísia Floresta apenas se adiantou em termos de América.

Depois delas vieram outras e outras, inclusive algumas fizeram seus os ideais da papariense, como é o caso de Berta Lutz, a qual conseguiu influenciar Juvenal Lamartine e colocar o Rio Grande do Norte como precursor na eleição de uma mulher prefeita e ter sua primeira eleitora.

Aos olhos do passado, as reivindicações das mulheres soaram absurdas, pois era inimaginável ao sexo feminino ocupar “posições masculinas”. As mulheres que ousassem estavam sujeitas aos estigmas típicos daquele momento de grande escuridão. E nem todas tinham coragem de enfrentar o sistema.

Nísia Floresta, a primeira mulher a lançar um facho de luz nesse breu, em termos de América Latina, postulou às mulheres o direito de terem instrução para estarem num patamar intelectual igual e até mesmo superior ao homem, mas estarem também antenadas com as coisas do lar, pois ela sempre valorizou muito a família e a religião – exatamente o que hoje parece algo esquisito.

A pensadora papariense lutou tanto para que as mulheres tivessem como desenvolver o seu intelecto - antes sufocado pelo machismo banal - que, ao conquistá-lo, muitas equivocaram-se.

Tanta luta, tanto suor, tanto sangue para se chegarem atualmente a uma parcela gigantesca de mulheres “cachorras” e “tchutchucas” e, agora, as famosas “periguetes” (com todo respeito às mulheres verdadeiras).

Depois da quebra de tantos tabus, preconceitos e humilhações que eram legados a mulher, boa parte – senão a maioria – esqueceu-se de buscar formas de aumentar os mililitros de massa cinzenta e se importou mais em aumentar os mililitros de silicone.

Nada contra o uso do silicone (até porque gosto não se discute), mas tudo contra a quem o coloca como valor maior em detrimento do imenso potencial que a mulher possui, inclusive intelectual.

Antes – e ainda hoje, graças a Deus – há quem valorize e respeita a mulher culta – e logicamente a mulher simples, mas repletas de valores morais, que tem muito a contribuir com as histórias.

É deplorável reconhecer que uma parcela gigantesca de mulheres e homens valoriza unicamente o corpo esculpido por silicone e plásticas e, através da mídia, isso é apregoado às crianças e aos jovens como valor.

Com a mulher ocorre a supervalorização dos seios e a bunda siliconada. Algumas chegam a ter jeito de homem devido à malhação desenfreada. Outras ficam quase irreconhecíveis e bizarras.

No homem a barriga tanquinho e o peitoral grego é quase exigência. Fala-se atualmente na possibilidade de siliconar o pênis.

Ninguém vê a supervalorização do conhecimento, da cultura. Ninguém vê os apelos em prol do estudo, da leitura, da melhora social...

Na televisão as câmeras focam a mulher como um objeto, expondo em close sua área sexual, e nos homens o close é semelhante – educando as massas de pouco esclarecimento que é isso o que vale. São esses os valores dos seres humanos.

         Grande parte dessas pessoas é incapaz de um papo saudável, pois, ao invés de estudar perdeu tempo em políticas de adoração ao corpo e em promoção como objeto de vitrine.

         Para completar, grande parte das músicas educam nossas crianças e jovens para verem e compreenderem a mulher como pessoa sempre disponível para sexo. Já o homem é promovido como vagabundo e bêbado.

         Sempre existiu e creio que sempre existirá a desvalorização da mulher, mas é questionável que depois de tanta luta em prol da sua liberdade, e após a conquista, chegar a esse ponto.

         Com certeza as mulheres inteligentes não postularam mulheres melancia, melão, pera etc. A mulher que antes quis ter acesso à universidade oferecer seu conhecimento à sociedade, hoje desceu a ponto de se oferecer como frutas numa espécie de quitanda imaginária.

         As letras das músicas cantadas pelas próprias mulheres – no caso as que se enquadram nesse raciocínio – promovem o seu estado de mero objeto sexual, tal qual existiu na época de Nísia Floresta, no qual o homem ia para a cama, puxava o samba-canção da mulher, introduzia o pênis, ejaculava, virava-se para o outro lado e pronto! Estava feito “amor”.

         Basta ouvir a música “você quer?” ou “Curtir, Curtir, Curtir”, cantadas e declamadas pelas próprias mulheres – algumas, inclusive, autoras – dentre um rol de baixarias que encontram local perfeito para servir de fundo musical no Big Brother Brasil.

         É isso, infelizmente, o resultado de uma conquista equivocada. Ainda bem que no meio delas temos muitas e muitas mulheres de verdade, que fizeram jus ao que foi postulado por suas ancestrais visionárias.
         Eu, particularmente, conheço uma, o nome dela é Alysgardênia de Fátima Cavalcanti Marques Peixoto Freire.