quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA DE NÍSIA FLORESTA

 A CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA DE NÍSIA FLORESTA
História feita de histórias
A contrução da história dá-se sob garimpagem incansável e sob a ótica de ave de rapina. Mais que visão panorâmica e periférica, é necessário esparramar o olhar nas entrelinhas e no que não está visível, escorrendo a visão pelos sulcos que se escondem na espacialidade.
 
Dr. Marciano Freire ao lado da caixa de ébano contendo o ataúde com o corpo de "Madame Brasileira Augusta" 

Essa compreensão não é fruto de instantâneos, mas de uma construção que se dá sob a égide do tempo, esse artesão que lapida o homem, atribuindo-lhe, por excelência, o status de garimpeiro da história. Esse empreendimento que só acomete os apaixonados dota-os de uma espécie de magnetismo atrator dos objetos de desejo. E dessa forma "aparecem" jóias preciosas. Aparecem caminhos condutores que nos reportam a Viagem Magnética de Nísia Floresta.
Certo dia, esquadrinhando uma foto com ajuda de lupa, encontrei elementos reveladores, que significaram uma peça permissora de compreensão de lacunas sobre a História de Nísia Floresta. Se eu tivesse visto a foto como faz a maioria das pessoas - que se detém aos elementos maiores, jamais teria feito tais descobertas. Particularmente, nunca entendi uma foto ou retrato como objeto de olhar frio. É interessante perscrutar a espacialidade a partir de cada elemento.
Essa meticulosidade não deve ser aplicada apenas a objetos, mas a acontecimentos, pois a partir da observação de fatos e contextos, é possível estabelecer hipóteses, comparações e, de repente se montar o quebra-cabeça. A memória é feita de suor e de muita massa cinzenta.  LUIS CARLOS FREIRE

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