- Todos os anos
- Entre novembro a janeiro
- Participávamos da colheita da goivira.
- Na verdade as goiviras nos colhiam
- Adocicando as matas pantaneiras
- Atraindo gente como abelha;
- Era tradição o empreendimento.
- Afastados da área urbana
- Os guavirais (no dizer dos mais velhos) emolduravam a estrada para Xavantina,
- Terra dos afaiés-xavantes
- Espraiando-se por quilômetros afins.
- Abundantes, faziam lama no chão.
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Imagens meramente demonstrativas |
- Íamos no velho caminhão "Stúdio Back" do meu pai.
- Minha mãe pegava a manivela na boleia e metia no focinho do veículo,
- Rodopiava até o motor roncar.
- Após algumas aceleradas pinotávamos na carroceria com baldes, latas, bacias e vizinhos.
- Para trás ficavam tufos de poeira vermelha tingindo a mata.
- Ao chegarmos ao paraíso de crianças e passarinhos, nos empanturrávamos,
- Depois, abastecíamos os vasilhames até a boca.
- "Tomem cuidado com cobra!"
- Era a voz paterna.
- Abastecidos, fazíamos a viagem de volta.
- Uma vez precisou-se parar para que alguém despejasse esterco na mata.
- Tenho muitas lembranças desses episódios silvestres.
- Catar goiviras era uma delícia.
- Objeto de desejo dos nativos.
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