terça-feira, 13 de junho de 2017

Potengiparanapardo


Desse topo de rocha e ferro contemplo o rio Potengi,
Meu pensamento se inunda com as águas dos rios Pardo e Paraná,
Rios d'eu-menino.


É belo o rio potiguar, mas descomparado aos que molharam a minha infância...
Não bastasse essas recordações serpenteando, vejo, ribeirinho, o trem, lento, sinuoso...
Lembrando as sucuris do Pantanal.


No outro lado se espraia o mangue,
A paisagem verde aquosa me transporta aos varjões de Bataguassu.
Nítida imagem do Pantanal sul-matogrossense.


Não bastasse o devaneio, descortina a ponte da Redinha onde o Potengi miscigena-se em atlântico...
Mais uma vez as recordações trilam forte.


Emerge o rio Pardo em confluência com o rio Paraná, sob a Ponte Maurício Joppert.




Não bastasse, singra a barquinha vagarosa no rio dos potiguares, cópia fiel das chalanas no rio Paraguai.


Tudo quer ser igual, mas não sinto o cheiro do pequi e o gosto da goivira.
Faltam coisas invisíveis...
Os cachorros d'água e seu olhar de ternura.


O velho Paraguai com seu bigode de arame desenhando histórias de bichos.
"Seu Benedito Preto" e o inseparável cachimbo, bafejante de causos.


O círculo de tererê gelado na guampa de boi.
Verdade, as belezas germinadas na infância são especiais.



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