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Imagem meramente decorativa |
"Fica
no município de Papari, marginando a lagoa do mesmo nome, a
mata do Piloto. Corta-a, em direção a Campo de Santana,
também chamado Cururu, uma estrada que tem o seu ponto
inicial na cidade.
Certa noite
(em 1925, segundo uma informação) vinha por esta estrada
para Cururu o agricultor José dos Anjos. Só, montava
o seu cavalo, a passo. Era escura a noite, e dentro da mata, as
trevas se avolumavam. Ouviam-se os caramujos, os pios sinistros das
aves noturnas, corujas e bacuraus voavam tragicamente. Todas as
estranhas vozes da selva soavam estranhamente na noite negra.
À certa
altura encontra José dos Anjos, em direção contrária, um
grupo de homens conduzindo um cadáver numa rede. Forma tradicional,
nos nossos meios rurais, para o sepultamento de pessoas pobres.
Espantado com o aparecimento do cortejo fúnebre, àquela hora
avançada, pergunta José dos Anjos ao grupo quem havia
morrido no seu povoado.
E veio a
resposta terrível: quem morreu foi José dos Anjos.
O terror
acercou-se do pobre homem. Estugou o animal e pouco chegava à sua
casa. Entrando, olhos esbugalhados, respiração opressa, referiu-se
à esposa a estranha revelação.
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