No passado tudo aparecia mais. Nada estava escondido porque nada estava poluído. Nem o ar, nem as paisagens. Essa imagem traduz pureza, calmaria e simplicidade. Há um bucolismo que massageia as nossas entranhas, transmitindo-nos bem estar. A essência desse cenário é simplicidade e minimalismo. Há bondade na mesma proporção que há silêncio. Aquele silêncio de natureza: palco dos pássaros, do farfalhar dos coqueiros e ronco do mar. Há impressão do cheiro do orvalho, das flores. As pessoas estavam em seus fogões a lenha preparando o café, pilando o milho, lidando nas roças. Pessoas simples, sem pressa de nada, outras nadando no mar e na lagoa. Alto lá! Não estou pedindo que congelem o tempo, que engessem os comportamentos, que engessem o conhecimento... Estou lembrando que somos humanos e não precisamos tanta poluição visual e sonora para termos qualidade de vida, tampouco tanta pressa e cobiça. Bom é evoluir com inteligência e qualidade de vida, sem adoecer as paisagens urbanas e humanas. Adoecer as paisagens é adoecer-nos. Precisamos ter esses lugares para exercermos o nosso viver, mas, primeiro, esses lugares devem existir dentro de nós.
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