Vivo a desmanchar as palavras e pô-las em estado de poesia
O vento ajuda a compô-las quando vem forte do meio das árvores
Algumas vezes as matas se desmancham para se igualar às minhocas
A poesia se completa no ocaso quando as cigarras engolem o canto para ouvir a sinfonia das rãs
Os ziguezigues riscam o rio e abrem a cortina
O Pantanal é comido pela enorme boca da noite
O índio guató corre sobre os caroços da água
Caroços acesos, iluminando tudo ao modo de tapetes de jacarés
É o espetáculo começando
Espetáculo de letras e canções anfíbias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário