quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Liberdade para as mães presidiárias!

   

Assisti – perplexo – a liberação da presidiária Adriana Anselmo (mulher do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB), solta mais uma vez pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da Operação Calicute, um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro.
Foi esta mesma operação que levou Sergio Cabral à prisão.
Ao analisar o pedido da defesa de Adriana Ancelmo, Gilmar Mendes argumentou que a prisão de mulheres grávidas ou com filhos sob os cuidados delas é "absolutamente preocupante".
Por isso, argumentou o ministro, alternativas à prisão devem ser observadas a ponto de não haver "punição excessiva" à mulher ou à criança.
"No presente caso, a condição financeira privilegiada da paciente [Adriana Ancelmo] não pode ser usada em seu desfavor. Observo que o crime supostamente praticado pela paciente, muito embora grave, não envolve violência ou grave ameaça à pessoa. A paciente esteve por meses em prisão domiciliar, sem violar as regras estabelecidas pelo juízo. A sentença reconheceu a desnecessidade de um regime mais rigoroso", escreveu o ministro.
Gilmar Mendes acrescentou, em seguida, que Adriana Ancelmo tem condições de aguardar o julgamento dela pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em prisão domiciliar, a menos que haja fatos novos.
Na minha opinião, isso é um atentando à tão conflitante Justiça Brasileira, pois, que diferença tem Adriana Ancelmo das outras mães?
As prisões brasileiras estão cheias de mães nas mesmas condições que ela, mas que roubaram pão para os filhos comerem. Não defendo o roubo, seja de que montante for, mas entre soltar uma criminosa que junto com o marido saqueou os cofres públicos do Rio de Janeiro, e outra que roubou uma galinha para alimentar a sua família, prefiro soltar a que roubou a galinha. Se o “colocar na balança” for questões sociais, filiais etc – que soltem a que matou a fome dos filhos, e não a que viveu nababescamente  junto com o seu marido e asseclas, sob a farra do dinheiro público. É triste o silêncio dos brasileiros diante de tais barbaridades.

LEIA A REPORTAGEM ABAIXO E VEJA SE A SITUAÇÃO NÃO É EQUIVOCADA (O LINK ESTÁ LOGO ABAIXO)

A Defensoria Pública de São Paulo acionou o Superior Tribunal de Justiça (STJ) para pedir a liberdade de uma mãe condenada por roubar ovos de Páscoa e um quilo de peito de frango, em 2015. Responsável por três crianças menores de 12 anos, ela vive com o filho mais novo, de 20 dias, em uma cela superlotada da ala materna da Penitenciária Feminina de Pirajuí.
A pena determinada, de três anos, dois meses e três dias de regime fechado, supera as sentenças impostas a pelo menos sete condenados na Operação Lava-Jato.

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