ANTES DE LER É BOM SABER...

CONTATO: (Whatsapp) 84.99903.6081 - e-mail: luiscarlosfreire.freire@yahoo.com. Este blog - criado em 2008 - não é jornalístico. Fruto de um hobby, é uma compilação de escritos diversos, um trabalho intelectual de cunho etnográfico, etnológico e filológico, estudos lexicográficos e históricos de propriedade exclusiva do autor Luís Carlos Freire. Os conteúdos são protegidos. Não autorizo a veiculação desses conteúdos sem o contato prévio, sem a devida concordância. Desautorizo a transcrição literal e parcial, exceto breves trechos isolados, desde que mencionada a fonte, pois pretendo transformar tais estudos em publicações físicas. A quebra da segurança e plágio de conteúdos implicarão penalidade referentes às leis de Direitos Autorais. Luís Carlos Freire descende do mesmo tronco genealógico da escritora Nísia Floresta. O parentesco ocorre pelas raízes de sua mãe, Maria José Gomes Peixoto Freire, neta de Maria Clara de Magalhães Fontoura, trineta de Maria Jucunda de Magalhães Fontoura, descendente do Capitão-Mor Bento Freire do Revoredo e Mônica da Rocha Bezerra, dos quais descende a mãe de Nísia Floresta, Antonia Clara Freire. Fonte: "Os Troncos de Goianinha", de Ormuz Barbalho, diretor do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, um dos maiores genealogistas potiguares. O livro pode ser pesquisado no Museu Nísia Floresta, no centro da cidade de nome homônimo. Luís Carlos Freire é estudioso da obra de Nísia Floresta, membro da Comissão Norte-Riograndense de Folclore, sócio da Sociedade Científica de Estudos da Arte e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Possui trabalhos científicos sobre a intelectual Nísia Floresta Brasileira Augusta, publicados nos anais da SBPC, Semana de Humanidade, Congressos etc. 'A linguagem Regionalista no Rio Grande do Norte', publicados neste blog, dentre inúmeros trabalhos na área de história, lendas, costumes, tradições etc. Uma pequena parte das referidas obras ainda não está concluída, inclusive várias são inéditas, mas o autor entendeu ser útil disponibilizá-las, visando contribuir com o conhecimento, pois certos assuntos não são encontrados em livros ou na internet. Algumas pesquisas são fruto de longos estudos, alguns até extensos e aprofundados, arquivos de Natal, Recife, Salvador e na Biblioteca Nacional no RJ, bem como o A Linguagem Regional no Rio Grande do Norte, fruto de 20 anos de estudos em muitas cidades do RN, predominantemente em Nísia Floresta. O autor estuda a história e a cultura popular da Região Metropolitana do Natal. Há muita informação sobre a intelectual Nísia Floresta Brasileira Augusta, o município homônimo, situado na Região Metropolitana de Natal/RN, lendas, crônicas, artigos, fotos, poesias, etc. OBS. Só publico e respondo comentários que contenham nome completo, e-mail e telefone.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009


POLUIÇÃO NOS RIOS DE NÍSIA FLORESTA
POEMA EM HOMENAGEM A LAGOA PAPARY - ANA MARIA COSTA DA SILVA - POETA POPULAR.

ATENÇÃO MINHA GENTE
PARA ESTA NOTÍCIA
ESTAMOS VIVENDO
A POLUIÇÃO EM NÍSIA

A POPULAÇÃO ESTÁ CONSCIENTE
POIS AQUI ESTAMOS LUTANDO
DIZENDO AS AUTORIDADES
QUE NÃO ESTAMOS MAIS AGUENTANDO

AS ÁGUAS ESTÃO CONTAMINADAS
ISTO NÓS ESTAMOS VENDO
A FAUNA AQUÁTICA DE NÍSIA
ESTÁ DIMINUINDO

OS RIOS SÃO SAGRADOS
QUE NOSSA SENHORA OS ABENÇOE
POR ISSO ESTAMOS UNIDOS
FOI DEUS QUEM NOS INDICOU

OUTRA COISA MUITO SÉRIA
QUE OCORRE EM ZONA RURAL
É USAR PRODUTO QUÍMICO
SEM SABER DIREITO QUAL

A LAGOA DE PAPARY
NOS DÁ O PÃO DE CADA DIA
VAMOS TODOS, NISIENSES
LUTARMOS COM ALEGRIA

TODOS ESTAMOS AQUI
POR UM MESMO MOVIMENTO
ATENÇÃO AS AUTORIDADES
TENHAM TODOS SENTIMENTO

VOU FINALIZANDO
PEDINDO AO NOSSO PAI CELESTIAL
QUE NOS DÊ FORÇA PARA CONTINUARMOS
COM ESTE CHAMADO DE SOCORRO PELA PRESERVAÇÃO DE NOSSOS RIOS.

DISTRITO DE CURRAIS, NÍSIA FLORESTA/RN, 22 DE NOVEMBRO DE 2009

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Fragmentos da Memória de Nísia Floresta

Esse espaço é reservado a alguns vultos históricos nisiaflorestenses, os quais deixaram obras escritas ou exerceram atividades relevantes e assim se destacaram em nível estadual, nacional ou internacional. Como sabemos, coube maior destaque a figura de Nísia Floresta Brasileira Augusta, tendo em vista o seu pioneirismo e a luta ferrenha contra o sistema que era fechado para mulheres. Nísia teve repercussão internacional, deixando um legado que inclui livros escritos em inglês, francês e italiano e ter se relacionado com grandes intelectuais europeus, cuja obra é hoje estudada em universidades europeias. A referida intelectual é patrona de várias escolas e ruas no país, é nome de importantes prêmios, cadeiras de academia, salas de instituições e outros. Outro nome ilustre, reconhecido em todo o Brasil é a escritora e jornalista Socorro Trindade, a qual vive entre idas e vindas RJ/RN. Professora universitária e autora de diversos livros, artigos jornalísticos, antologias etc... É um nome digno de ser estudado em todas as escolas de Nísia Floresta, principalmente...
 
 
SOCORRO TRINDADE 
 
Maria do Socorro Trindade Oliveira (Nísia Floresta, 18 de outubro de 1950) é uma jornalista e escritora brasileira. Formada em Jornalismo pela UFRJ, trabalhou em jornais da imprensa alternativa na década de 1970, entre eles O Pasquim. Seu primeiro livro de contos, Os Olhos do Lixo, com prefácio de Câmara Cascudo, foi publicado em 1972. Livros: 1972 - "Os Olhos do Lixo"; 1978 - Cada "Cabeça uma Sentença" (Ática); 1985 - "Eu não tenho Palavras"- o diário da democratização pessoal (Codecri); 1990 - "O Dia Público e os Outros Dias" (Ponto Oito). “FEMININO FEMININO”, ENSAIO SOBRE NÍSIA FLORESTA - PAPARY, RN, 1810 - ROUEN-FRANÇA, 1885 ed. universitária/UFRN, publicado em 1981. Em 1982 publicou “UMA ARMA PARA MARIA”, textos poéticos, Edições Ponto 8.  Nesse mesmo ano ela escreveu “P’RA NÃO DIZER QUE NÃO VIVI, coedição; UFRN/FJA/Editora Europa – RJ, 1982; NÍSIA FLORESTA, fazendo parte da Coleção Autores Potiguares, Natal, Editora Universitária/UFRN.

Ainda em 1982 Socorro participou ativamente do Festival Nacional de Mulheres nas Artes, um evento que repercutiu em nível nacional. Em 1990 ela publicou “EU NÃO TENHO PALAVRAS”, Codecri. O livro trazia todas as páginas em branco, utilizado pela autora para fazer uma intersecção literária no processo político brasileiro por ocasião da campanha das Diretas Já! 

Ainda em 1990 ela lançou “O DIA PÚBLICO E OUTROS DIAS”, contos, Edições Ponto Oito. Em 1993 foi a vez de ser dignamente condecorada com a medalha Nísia Floresta, pelo Conselho Municipal de Direitos da Mulher, em parceria com a Prefeitura de Natal, em reconhecimento à sua obra, ao desenvolvimento da cidade e do Estado.

Em 1994 escreveu “HISTÓRIA PARTICULAR DE UM POETA”, Edições Ponto 8. Sobre esse último livro, a própria Socorro diz “... O que este livro pretende apresentar, afinal, é o acesso a uma coerência que já não é a nossa, a do homem, nem a de Deus, nem a do mundo. Neste sentido, diríamos tratar-se de um Livro apocalíptico, no qual se realiza também o terceiro tempo na série do tempo…”. 
 
O livro “HISTÓRIA PARTICULAR DE UM POETA” traz uma curiosidade.  A capa foi ilustrada por Lapi, poeta visual, carioca, um dos fundadores do PT no Rio de Janeiro, único brasileiro premiado com o “One World Art” (1992). Ele e Socorro foram amigos inseparáveis, “amigos de muitas lutas, amigos da resistência cultural, amigos de parcerias texto-visual, amigos de ontem, de hoje e de sempre”, nas palavras dela.

Da direita para a esquerda: Professor Jorge Januário de Carvalho, Socorro Trindade, Auzilene Carvalho (caracterizada como Nísia Floresta durante um desfile de 7 de setembro de 1999 em Nísia Floresta, sua mãe e o autor deste texto.

Ainda em 1994 ela escreve “LUZ DEL FUEGO”, pesquisa para a obra publicada por Agnaldo Silva (seu grande amigo, autor de alguns prefácios e apresentações de livros dela). Essa pesquisa foi levada para o cinema por David Neves. Depois veio “REVOLUÇÃO E PROGRESSO CULTURAL”, tradução e apresentação da Entrevista do jornalista Cubano Luiz Báez com o Ministro da Cultura de Cuba, Sr. Armando Hart, sobre o projeto artístico e cultural da Revolução cubana e “OS ANOS DE RESISTÊNCIA”, Anais do Seminário realizado na Faculdade Cândido Mendes do Rio de Janeiro, pela RioArte.

Socorro Trindade integrou ainda várias antologias: “MULHERES DA VIDA”, São Paulo, Vertente Editora, 1978. “CHAME O LADRÃO” (Contos policiais brasileiros). São Paulo. Edições Populares, 1978. “AS CINCO PRAGAS DE AGOSTO”, Rio de Janeiro, Edições do autor, 1979. “ISSO QUE É, NATAL” Edições Clima, 1981.  “RESPEITÁVEL PÚBLICO” (poemas), Rio de Janeiro, Edições Trote, 2ª edição, 1981. “CARIOCAS DE TODOS OS CONTOS”; “OS POTIGUARES”, entre muitas. Tem trabalhos publicados em jornais e revistas do país e do exterior e segue escrevendo até o presente.
 
OBS. Todas as vezes que Socorro vem a Nísia Floresta tenho a graça e o privilégio de degustar uma prosa com ela. Assim vou juntando a colcha de retalhos. Outra hora retomo essa postagem e trago novas informações, até porque sua biografia é extensa e merecedora de estudo de todos, inclusive das escolas de Nísia Floresta. Socorro é pessoa acessível. Estando em Nísia Floresta ela participa de missas, festa de padroeiros e outros eventos públicos. Sua mãe reside no centro da cidade, portanto todos tem acesso a ela. A secretaria municipal de educação, por exemplo, poderia incluí-la em palestras, entrevistas, reeditando suas obras, enfim não faltam ideias para louvá-la juntamente com a sua obra. 7 de março de 1995.
 


DR. ANTONIO JOSÉ DE MELO E SOUZA
Nasceu em Papary, aos 24 de dezembro de 1867, filho de Antonio José de Melo e Souza e d. Maria Emília Seabra de Melo e Souza. Cursou Ciências Sociais e Jurídicas na Faculdade de Direito do Recife, formando-se em 1889. Advogado, jornalista, escritor, político. Sua atividade profissional no ramo jurídico, se alterna com sucessivas investiduras na área política, a saber: foi Promotor de Justiça na Comarca de Goianinha (1890-1892); Deputado Estadual (1892-1894); Diretor de Instrução Pública (1892-1895); Procurador da República (1895-1899); Secretário de Governo (1899); Procurador Geral, “com assento no Superior Tribunal de Justiça” (1900); Governador a 23 de fevereiro de 1907, substituindo a Tavares de Lira que se afastara do cargo para assumir as funções de Ministro da Justiça e Negócios Interiores (gestão Afonso Pena); Senador da República (1908); desta vez substituindo a Pedro Velho, que havia falecido; Senador novamente na 9ª legislatura (1915-1917), cujo sufrágio majoritário garantiu-lhe 9 anos de mandato ao qual, no entanto, renunciaria em fins de 1919, para assumir o cargo de Governador do Estado (1920-1924); Consultor Geral do Estado (1924) e, enfim, Secretário Geral do Estado (1934-1935). Segundo consta, terá desenvolvido excelente administração: No governo, como no exercício de outros cargos públicos (...) o doutor Antonio de Souza manteve sempre uma invariável linha de conduta moral e revelou aptidão, critério e honestidade (Antonio Soares de Araújo) Dicionário Histórico e Geográfico do RN, p. 31). Com efeito, como Governador implantou escolas, revitalizou o sistema financeiro, implementou ações conseqüentes na área sanitária, construiu estradas e procedeu a iniciativas destinadas a atenuar os efeitos da estiagem que assolava o Rio Grande do Norte. Elevou a categoria de Vila as povoações de Parelhas (lei nº 478, de 26 de novembro de 1920) e Barriguda que passou a denominar-se Alexandria (lei nº 572, de 3 de dezembro de 1923). Como jornalista colaborou com “A República”, onde também foi redator; escreveu crônicas e peças literárias, adotando o pseudônimo de Polycarpo Feitosa. Fundador do Grêmio Polimático, em 1897; sócio-fundador do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte e fundador da Revista do Instituto. Faleceu em Recife no dia 05 de julho de 1955.Publicações:Flor do Sertão (1928)Gizinha (1930) Alma Bravia (1934)Encontros do Caminho, (1936)Os moluscos (1938)Jornal da Vila (1939). 12.3.1997.
 
 

DIONÍSIA PINTO LISBOA – “NÍSIA FLORESTA BRASILEIRA AUGUSTA” * 12.10.1810 + 24.4.1885

A biografia da intelectual Nísia Floresta, por ser parte de inúmeros trabalhos que escrevi ao longo de alguns anos, será publicada em textos diversificados, neste blog, a partir de agora, tendo em vista ser muito ampla. É imprescindível que o Poder Público Municipal construa uma política de estudo fluente, pautada em legislação, sobre a vida e a obra dessa intelectual, envolvendo a secretaria de educação e a secretaria de cultura
 
TARQUÍNIO BRÁULIO DE SOUZA AMARANTO *20.07.1829
+ 29.08.1894
 
Nasceu aos 20 de julho de 1829, em Papary. Tornou-se bacharel em 1857 e doutor em 1859. Em concurso para professor substituto da Faculdade de Recife, cadeira de Direito Eclesiástico, sensibilizou a D. Pedro II – ali em visita oficial – pela sabedoria demonstrada. Primeiro professor norte-rio-grandense em Faculdade de Direito.
Foi deputado provincial de 1858 a 1859, deputado Geral de 1857 a 1877, 1882 a 1885 e de 1886 a 1889. Quando o coronel Bonifácio Câmara faleceu, em 1884, o Partido Conservador cindiu-se em duas facções, a do Pe. João Manoel de Carvalho e a do Conselheiro Tarquínio de Souza. Os líderes do grupo do padre reuniram-se “debaixo das gameleiras da praça da Alegria” (hoje , praça Pe. João Maria); O grupo de Tarquínio “fazia ponto” na farmácia do comendador José Gervásio de Amorim Garcia, na rua Tarquínio de Souza, hoje rua Chile. Dizia-se “grupo do cantão das gameleiras” e do “grupo da Botica”. Faleceu no Rio de Janeiro em 29 de agosto de 1894. Tarqüínio Bráulio de Sousa Amaranto, conhecido comoTarqüínio de Sousa, juntam,ente com mais dois irmãos integrou a congregação de professores da Faculdade de Direito do Recife na Turma de 1857 e tomou posse de sua cadeira na mesma instituição em 1860, quando ainda vivia Braz Florentino. (12.12.1995 - Pesquisa: Luís Carlos Freire).
 
ISABEL URBANA DE ALBUQUERQUE GONDIM – * 05.07.1839 +10.6.1933 
 
Nasceu quando essa localidade se chamava “Vila Imperial de Papary”, aos 5 de julho de 1839, filha de Urbano Égide da Silva Costa Gondim de Albuquerque e de d. Isabel Deolinda de Melo Gondim.
Isabel veio para Natal em 1866, então aos 24 anos, passando a morar na Ribeira, onde instalou posteriormente a sua primeira sala de aula. Simultaneamente ao ensino dedicou-se às letras, constituindo sua obra os seguintes títulos: Reflexões às minhas alunas (1874), Brasil (1903), O sacrifício do amor (1909), Sedição de 1817 na Capitania, ora estado do Rio Grande do Norte (1917), A lira singela e O preceptor (1933). Deixou inéditos ainda O Rio Grande do Norte, Noções Históricas, Resumo da História do Brasil, Elementos da Educação e Curso primário de caligrafia.
Era sócia do Instituto Arqueológico de Pernambuco e foi a primeira mulher a integrar o quadro de sócios do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte. Sua vida foi essencialmente dedicada ao ensino e à poesia, tendo sido condecorada com a Medalha do Mérito do Departamento Estadual de Educação.
Seu nome foi dado a uma escola no bairro da Ribeira, em Natal. Faleceu de causas naturais, aos 94 anos em 10 de junho de 1933. Isabel Gondim projetou-se até hoje na história do Rio Grande do Norte por uma peripécia que rendeu-lhe ser eternamente lembrada. Trata-se de uma extensa carta, escrita por ela em 1884, direcionada a J. F. Souto – sobre Nísia Floresta – a qual denigre o nome da sua conterrânea de forma deplorável, sem nunca tê-la conhecido. 3.9.1997
 
LUIZ TRINDADE * Papary: 23.07.1876 + Rio de Janeiro: 11.6.1951
 
Parente de Socorro Trindade, Luiz Segundo Bezerra da Trindade nasceu em Papary, aos 23 de julho de 1876. Filho de Luiz Augusto Bezerra da Trindade e de Josina Cabral Bezerra da Trindade.
Quando estudante, colaborou com alguns jornais, inclusive “O Oásis”, editado em Natal e no jornal “A Arte”, editado em Santos, São Paulo.
Tendo feito seus estudos iniciais no Atheneu Norte-Riograndense, iniciou sua vida pública na Fazenda Federal, sendo nomeado oficial aduaneiro de Santos-SP, e depois escriturário, Escriturário da Alfândega de Belém, no Pará.
Em 1897, formou-se bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro.
Casou-se em Natal, aos 30 de julho de 1914 com a Esther Bezerra da Trindade. Eis a certidão de casamento, conforme consta no Livro de Certidão de Batismo nos Arquivos da Catedral de Natal/RN: “Aos trinta de julho de mil novecentos e quatorze, na Egreja Cathedral, feitas as proclamações sem impedimento, impetrado dispensa de segundo attigente ao primeiro e terceiro atigente ao segundo grau simples de consaguinidade e observados as demais formalidade prescriptas, assisti com as testemunhas Doutor Joaquim Ferreira Chaves, Governador do Estado e Francisco Heroncio de Mello, ao recebimento matrimonial do Bacharel Luis Segundo Bezerra da Trindade e Esther Bezerra da Trindade, ele filho legitimo de Luiz Augusto Bezerra da Trindade e Josina Rosalinda Cabral de Vasconcellos, solteiro, com trinta e nove annos de idade natural da Freguesia de Papary e residente na cidade do Rio de Janeiro, ela filha legitima de Francisco Theophilo Bezerra da Trindade, e Domitilla Galvão Bezerra da Trindade, solteira com 23 anos, natural desta Freguesia e nella moradora; do que fiz este termo que assigno. O Vigário, Cônego Estevam José Dantas.” O poeta Luiz Trindade tinha um irmão chamado Francisco Theófilo. Infelizmente pouco se sabe sobre o mesmo.
Exerceu no Rio de Janeiro o cargo de 2º Escriturário do Tesouro Nacional, falecendo naquele estado aos 11 de junho de 1951.

Eis abaixo um de seus belos poemas:

A CRUZ

Vês ali uma cruz abandonada,
Feita de velhos troncos de Madeiro...
Emblema onde se alteia o verdadeiro
Culto de amor á legião sagrada

Vês ali, no silêncio de um oiteiro,
Vislumbres de uma choça abandonada,
Onde, em festas, gorjeia a passarada,
Saltando, à tarde, o canto derradeiro?

Não vês também, quando agoniza o dia,
E que o sino da aldeia a Ave-Maria
Toca – uma virgem contemplando os céus?

Pois bem; aquela cruz, sobre a savana,
Guarda a história fiel de uma cabana,
Que viu passar e viu morrer os seus! ...

(1897)  7.7.1995
 
D. Mariinha em fotografia feita em 1997 (Atualmente ela tem 105 anos)

MARIA DO CARMO BEZERRA DIAS - * Papary: 5.2.1905

A gente que é afeiçoado à história oral costuma ser procurado por alunos para informar sobre pessoas e fatos do passado. Sobre dona Maria do Carmo Bezerra Dias, a “dona Mariinha”, como é popularmente conhecida, os alunos costumam ser informados que ela é a primeira professora de Nísia Floresta. O que não é verdade. Antes de dona Mariinha existiram inúmeras outras professoras, nascidas inclusive, nas últimas décadas de 1700, ou seja, mais de um século antes de dona Mariinha vir ao mundo. Veja os nomes de algumas professoras antigas e os anos em que as mesmas lecionaram em Papary, por exemplo: Maria Manoela de Castro (1867), Joanna Evaristo de Moraes Barros (1882 a 1883), Heládia Ribeiro Sampaio (1886), Thereza Lustoza da Silva e Araújo (1900), Aurora Costa Carvalho (1927), Annita Oliveira Monteiro (1927).
Para que todos conheçam a história da adorável professora, dona Mariinha, eis abaixo sua breve biografia, fruto, inclusive, de minhas pesquisas em história oral, iniciadas em 1992. As informações que se seguem ocorreram em 1997, quando a referida professora tinha 92 anos e não estava tão fragilizada como se encontra hoje. Na ocasião das entrevistas que gravei em fitas cassete e escrevi-as à lápis, ela ainda possuia muita vivacidade, voz forte e raros lapsos de memória. Observei nesse período que a professora, apesar da relevância do seu trabalho, nunca tinha recebido algum tipo homenagem. Era uma ilustre desconhecida em se tratando da sua história. Foi nessa observação que organizei uma grande homenagem a alusiva a essa professora, em 1999, ocorrida na Escola Municipal Yayá Paiva, onde estiveram presentes a comunidade escolar, autoridades, filhos e ex-alunos da referida professora. Poucos anos depois a mesma teve seu nome dado ao PET.
Vamos agora ao texto construído por mim, no dia 17 de maio de 1997.
No dia 5 de fevereiro de 1905, numa tarde chuvosa, exatamente na casa nº 129, defronte a Praça Coronel José de Araújo, nasceu dona Maria do Carmo Bezerra Dias, oriunda de uma família muito humilde, filha de Estefânia da Purificação e João Lourenço Bezerra, ambos nascidos na velha Papary.
Seis meses após seu nascimento foi abandonada pelo pai, o qual jamais retornou ao seio da família. Esse acontecimento, que marcaria para sempre a vida dessas duas mulheres, obrigou inicialmente sua mãe a se desdobrar, “numa época difícil”, como diz Maria do Carmo, “para dar conta da família”.
Mulher trabalhadora e abnegada, d. Estefânia sempre foi muito prendada, principalmente nos trabalhos culinários, com os quais se identificava. Com esse perfil não teve outra alternativa, senão tentar a vida através dos seus dotes culinários.
Foi até a mata que começava logo atrás de sua casa, cortou quatro estacas e uma porção de varas, preparou barro e alguns pedaços de ferro que, segundo ela ficavam atrás da igreja, "desde a época do padre Fortunato “Ele ia construir naquele oitão uma gruta de Nossa Senhora do Ó.”, diz dona Mariinha.
Com esses materiais dona Estefânia construiu, ela mesma, um imenso fogão de lenha em seu quintal. “Depois de uns dias mamãe mesma fez uma cobertura com uns frandi que o padre Fortunato deu pra ela. Depois, esse mesmo padre deu para ela umas telhas velhas que ficavam guardadas atrás da igreja. Era telhas de subisalença, para eles colocar quando uma quebrava. Essa gruta ele não chegou nem a começar. Mamãe disse que era um padre tão engraçado” (dizendo isso ela riu muito e colocou a mão direita na boca).
Encerradas as obras que duraram dois dias, dona Estefânia foi à feira de São José e comprou duas panelas de barro e algumas colheres de pau. Após tal empreendimento passou a fazer doces, pamonha, bolo e tapioca. “Mamãe fazia uma rudia de pano, botava na cabeça e botava em cima uma bacia cheia de tapioca e cocada e saia pelas ruas vendendo. Nas sextas e sábados ela gostava de ir vender na estação de trem, ela ia de pés”, diz dona Mariinha.
Assim que o pai abandonou a família, a pequena Maria do Carmo foi adotada por um rico morador da cidade, sr. Joaquim Freire, o qual viria a se tornar mais tarde prefeito de Papary.
Maria do Carmo cresceu nesse cenário. Entre sua casa e a casa do sr. Joaquim Freire. Acostumou-se a muito trabalho e tornou-se, desde criança, a única ajudante da mãe.
Em 1910 o governador Alberto Maranhão cria escolas de primeiras letras em várias cidades norte-riograndenses. Papary é uma dessas cidades contempladas. Surge então a Escola Isolada “Nysia Floresta” (a grafia com ypsilon obedece os documentos originais, embora se trate de equívoco).
Maria do Carmo Bezerra Dias vem a ser uma das primeiras meninas matriculadas nesse importante estabelecimento, pois, no silêncio das preocupações maternas, sua mãe sempre sonhara vê-la numa escola, tendo em vista seu espírito curioso, externado esde criança. “Eu não podia ver um papel que mesmo sem saber ler já ia querendo advinhar tudo o que estava escrito".
O surgimento da escola veio como bálsamo para o coração sofrido e preocupado de dona Estefânia. “A gente ia pra escola tão bonita. Eu usava uma blusa branca com as manga até o cotovelo. A blusa tinha dois bolso aqui (mostra o lado esquerdo). A saia era tão bonita. Era um azul escuro, toda prinsada e batia do joelho pra baixo. Ela lavava roupa em dois lugar. Um era num riozinho que tem até hoje na baixada da delegacia. A água tão limpa que a gente via as pedinha assim correndo e brilhando. A gente tomava água ali mesmo, na parte de cima que não tinha pisero. Até cumê mamãe levava, porque as veis a gente passava muitas horas. O outro pedaço do rio que ela ia era perto do quintal de dona Lulinha (onde hoje tem o Camarão do Olavo). Ela pegava as trochona grande, botava no lombo e fazia carreira prá lá. Naquela época não existia sabão. Ela lavava roupa com melão São Caetano. Depois ela engomava com ferro a brasa, daqueles da bocona assim” (faz gesto com as mãos, juntando em círculo os dois dedos polegares e indicadores – e dá muita risada).
"Minha mãe era muito espirituosa. Para ela não tinha tempo ruim. Era muito alegre e divertida. Ah minha mãe!”, discorre dona Mariinha.
No final de 1917 dona Estefânia é tomada de felicidade, pois a pequena Maria do Carmo é homenageada como a melhor aluna da turma. Com certeza valeram os esforços de uma mãe abnegada, que não fez do fato do abandono do marido motivo para ser amargurada ou para maltratar a filha. Ela sentia apenas o fato de o pai estar ausente num momento tão bonito.
Esse prêmio com certeza foi a culminância do seu projeto pessoal de ser professora. Sua infância reservou pouco tempo para brincar com boneca de pano e sabugo, mas em suas imaginações ela sempre se via como professora. Na escola ela imitava os professores e admirava o ato de ensinar.
Poucos anos de pois de ter concluido os estudos, dona Mariinha passou a dar aulas particulares em sua residência. Durante a manhã e à tarde ela ensinava para crianças, à noite se dedicava aos adultos. Diríamos hoje que era o MOBRAL da época, ou EJA, embora tais políticas educacionais não existiam, logicamente. Isso mostra o quanto a velha educadora era dedicada, pois reservava tempo àqueles que tinham chegado à fase adulta sem serem alfabetizados. E em sua época o índice de analfabetos, homens e mulheres, era gigantesco.
Na época ela cobrava “dez tões” mensais por pessoa, mas quem não pudesse remunerá-la não seria discriminado em nenhum aspecto, pois naquele mister estava uma índole de educadora por excelêcia. Modesta, mas suficientemente capaz de transmitir o essencial para a realidade do panorama ao qual seus conterrâneos estavam inseridos. Os “dez tões” cobrados por dona Mariinha tinham valor simbólico. Diríamos, à luz do atual sistema monetário, equivaler a R$ 20, 00 (vinte reais) por mês. O que era isso mediante uma pedagogia tão completa e uma didática tão moderna?
Pedagogia completa porque a referida educadora se desdobrava para aplicar o máximo de conhecimentos aos seus alunos, por exemplo: matemática, geografia, língua portuguesa e história. Ela não se detinha apenas à matemática rudimentar e à gramática básica, como era comum. A mesma ia mais além, perscrustando os caminhos do conhecimento no cuidado de alargar o campo de informação dos seus alunos. A mesma era metódica e exercia o magistério com o rigor de um ser que se sentia enviado à Terra para aquela tarefa.
É interessante, em caráter de reflexão, analisarmos o nível de conhecimento de muitos alunos que concluem o 5º ano (antiga 4ª série) nos dias atuais. Infelizmente é deplorável, exceto em escolas sérias e sensatas. Existem alunos atualmente que concluem tal nível com potencial de conhecimento equivalente aos que estão sendo alfabetizados. E não é diferente, salvo raras exceções, no ensino médio, conforme matéria jornalística que veio ao ar em 1999, no Jornal Nacional, da Rede Globo de televião.
É notória a admirável dedicação da velha mestra, pois como deveriam ser difíceis os materiais didáticos, os quais, diferentemente da abundância atual, consistiam apenas em livros. E raros.
Didática moderna porque, segundo um dos seus alunos, hoje contador e ex-professor na UFRN, Otacílio Maurício Damasceno, “dona Mariinha jamais usou o terrível instrumento tão temido pelas crianças – a palmatória –, a qual servia para dar bolos nas crianças que erravam os deveres ou desobedeciam os professores”.
O trecho acima aspado foi retirado de um discurso feito por seu ilustre aluno, em 1999, na ocasião das homenagens alusivas à referida professora, tratadas logo no início deste texto. À época mandei emoldurar uma fotografia da mesma e o decreto que a nomeou como professora, em 1942.
A palmatória é um objeto plano, de pau, semelhante a uma escumadeira, com orifícios, usado para bater com força nas mãos de alunos desobedientes ou que errassem respostas. Segundo informações recebidas de pessoas idosas, os “bolos” (como se chamavam as batidas da palmatória nas mãos) eram tão fortes e incômodos que deixavam as mãos doloridas. As crianças ficavam soprando-as e com vontade de molhá-las para aliviar a dor.
Cabe aqui uma reflexão sobre a didática de ensino, pois, justamente as mãos da criança – que estavam em desenvolvimento físico e de coordenação motora – que deveriam receber todo o cuidado possível – eram espancadas através de um pedaço de pau, no qual, juntamente com terrível método, muitas vezes se incluiam o estado de espírito e as frustrações de muitos professores, onde o aluno era o "bode expiatório". Coitada das crianças dessa época!
O fato de dona Mariinha ter abolido o uso desse objeto inquisidor em suas aulas, deixa claro seu método inovador para a época, pois, conforme o sr. Otacílio, “dona Mariinha usava como arma, se assim podemos dizer, a palavra. A palavra mansa, clara, dita com segurança na hora certa. A palmatória da dona Mariinha foi a palavra. A palavra educada”.
O trecho acima foi retirado do discurso proferido por esse seu ex-aluno.
Em sua adolescência dona Mariinha gostava de andar a cavalo, e quando podia empreendia cavalgadas até a praia de Buzios, acompanhada pelo “pai adotivo” e pelas filhas deste. “A gente ia de jumentinho, subindo e descendo duna, comia frutas que encontrava pelo caminho. Ai que tempo bom!”, relembra a velha professora.
Já moça casou-se com o sr. José Henrique Dias, mestre de engenho de açucar, que era uma espécie de responsável pela organização de tudo o que acontecia num engenho durante o fabrico de açucar e melado. “Ele chefiava um grupo de trabalhadores, orientando as coisas que eles tinha que fazer para nada dar errado, nem queimar o açucar, nem deixar o mel amargo”, explica dona Marrinha.
Com ele dona Maria do Carmo teve 11 filhos, tendo morrido dois gêmeos. Generosa, adotou um menino quando esse ainda era criança.
De acordo com o Decreto Executivo nº 4, o prefeito José Dutra nomeou dona Maria do Carmo Bezerra Dias para exercer oficialmente o cargo de professora, em conformidade com o artigo 15, nº 1, do Decreto-lei nº 172, de 28 de outubro de 1942.
Agora remunerada dona Mariinha passou a ensinar gratuitamente a todos os que buscavam os seus ensinamentos.
O senhor José Henrique, segundo dona Mariinha, foi excelente esposo. Trabalhador e dedicado à família. Era muito religioso e devoto de Nossa Senhora do Ó.
Da mesma forma dona Mariinha sempre foi muito religiosa. Criada em lar católico, teve grande dedicação às coisas da igreja. Trabalhou muitos anos na Casa Paroquial, exercendo a função de cozinheira, a qual, como vimos, tinha grande domínio.
Prestou tais serviços no período compreendido entre 1953 a 1956, durante a administração do Cônego Rui Miranda (coincidentemente é o padre que recebeu os despojos de Nísia Floresta, em 1954).
Continuou tais atividades durante a atuação dos padres Armando de Paiva ( (1956 a 1958) e para o padre Antonio Barros (1966), o qual tornou-se futuramente monsenhor. Sempre foi respeitada por todos, graças ao seu espírito prestativo, de grande bondade e gentileza. Somado a isso herdou o jeito alegre da mãe, sabendo brincar na hora certa, quebrando protocolos com graciosidade encantadora.
Durante o período que o padre Rui Miranda atuou em Arês, cidade próxima, logo que saiu de Nísia Floresta, solicitou os trabalhos de dona Mariinha, a qual atendeu-o prontamente.
Trabalhou posteriormente na Cooperativa Popular Mista, localizada no Centro Pastoral Isabel Gondim, vinculada à Igreja Católica.
Dona Maria do Carmo Bezerra Dias não teve a intelectualidade de Nísia Floresta ou de Bráulio Tarquínio, mas, dentro da realidade provinciana da velha Papary, obteve grande destaque. É de se pensar que se essa mulher tivesse tido a oportunidade de ter estudado com mais profundidade, seja como auto-didata ou frequentado os bancos de uma universidade, com certeza teria dado vazão ao seu potencial intelectual e ajudado muita gente.
A autodidata foi professora compreendendo os anos de 1920 a 1970, encerrando seu ofício aos 65 anos, após 50 anos de dedicação ao magistério de Nísia Floresta, representando, pois, uma figura exemplar e digna de ser homenageada e reverenciada na passagem dos seus 105 anos.
A mesma vive até hoje na antiga casa nº, ou seja, na casa-escola, testemunha da formação intelectual de inúmeros nisiaflorestenses. Ali nasceu e cresceu a mais velha professora viva do município. Professora que serve de exemplo para tantos outros educadores atuais.
Nísia Floresta, maio de 2009
Luís Carlos Freire
 
 JOÃO JOAQUIM DE SALLES E SILVA (tit. de 14 de julho de 1886 e AP. de 2 de fevereiro de 1893)

HELÁDIA RIBEIRO SAMPAIO (tit. de 3 de julho de 1886 e ap. de 27 de janeiro de 1893)
 
Professores que serviram em 1892 e não foram aproveitados pela reforma, tendo-se exonerado, ou ficando aposentados, jubilados ou em disponibilidade. Os de Papary foram: 
 
ALONSO ELÍZIO EMERENCIANO

MANUEL LAURENTINO FREIRE DE ALUSTAU (Piau)

MANOEL FERREIRA DE MESQUITA (ap. de 1º de fevereiro de 1893)

Nasceu aos..............................e faleceu aos 5 de novembro de 1899, com 84 anos. Foi professor em Papary durante toda a sua vida. N.A. (Ainda não encontrei maiores informações).

THEREZA LUSTOZA DA SILVA E ARAÚJO (ap. 4 de fevereiro de 1895)

AURORA COSTA DE CARVALHO (dirigente) Isolada Masculina


ANNITA DE OLIVEIRA MONTEIRO (Isolada Feminina)


GRUPO ESCOLAR NYSIA FLORESTA –
Decreto nº..........., de ....... de......... de 19....... (ver página 168 N. Lima).

ADÉLIA DA SILVA GURGEL (Lotada em Pirangy)

ANTONIO FÉLIX CANTALÍCIO

TRAJANO LEOCÁDIO DE MEDEIROS MURTA (Engenho Pavilhão)

CÂNDIDO FREIRE DE ALUSTAU NAVARRO ("Seu Candinho").

O sr. Cândido Freire de Alustau Navarro era filho do Professor Manoel Laurentino Freire de Alustau Navarro, o qual era médico homeopata. Sua residência era construída exatamente defronte a entrada da rua da Palha, ou Vila São João.
Ali o "Seu Candinho" atendia a todos os que buscavam alento em seus remédios caseiros, o qual passava dias, às vezes anos preparando certos medicamentos. Foi uma figura extremamente agradável.
Em.............. durante a gestão do prefeito.....................................o seu nome foi dado ao Posto de Saúde central, mas no mandato de George Nei Ferreira a placa de homenagem foi arrancada e jogada fora, cuja homenagem - tão bem pensada - foi ignorada em detrimento do nome de um parente do citado prefeito - inclusive - uma parente desconhecida de toda Nísia Floresta. "Seu Candinho" nasceu aos 13 de agosto de 1856, em Papary. N.A. (Ainda não consegui maiores informações sobre o mesmo).
 

PROJETO MEMÓRIA DA FUNDAÇÃO BANCO DO BRASIL - NÍSIA FLORESTA

Projeto da Fundação Banco do Brasil dá Material para bibliotecas públicas
29 de Agosto de 2008
O projeto Memória, que levou pelo Brasil uma exposição itinerante da escritora brasileira Nísia Floresta, tem como parte do programa a doação de seis mil livros foto-biográfico e vídeos-documentários sobre a escritora para bibliotecas públicas de todo o país. Em Santa Catarina, serão 141 bibliotecas, em 131 municípios diferentes.
Nísia foi tradutora, escritora, educadora, poetisa, pioneira na defesa dos direitos das mulheres no país e dirigiu um colégio para moças. Seu primeiro livro foi "Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens", publicado em 1832, quando ela tinha apenas 22 anos. Sua resistência à opressão - por meio de palestras, poemas, relatos de viagens, crônicas, artigos e ensaios - estendeu-se à defesa da República, contra a escravidão, pela liberdade religiosa e pela valorização da cultura indígena.
O projeto Memória foi desenvolvido pela Fundação Banco do Brasil, em parceria com a Petrobras, com objetivo de resgatar a história de personalidades que defenderam a inclusão social no Brasil. Além da exposição itinerante, chamada "Nísia Floresta: Uma Mulher a Frente do seu Tempo", e dos livros e vídeos, a décima edição do projeto ainda inclui um kit pedagógico, que serão distribuídos em 18 mil escolas públicas do Brasil, sendo 498 em Santa Catarina.
Os kits pedagógicos são destinados aos alunos e professores do ensino fundamental da rede pública. O material contém três almanaques históricos, três manuais de orientação para o professor, três cartazes, três cartas-respostas, folders e uma carta de apresentação. Através da leitura do material, os professores podem encontrar formas criativas de aplicação e discussão das idéias de Nísia Floresta em sala de aula.
A exposição reúne 16 painéis, com imagens e textos sobre Nísia Floresta. Ao todo, 70 kits com 16 telas circulam por cerca de 800 municípios de todas as regiões do Brasil. O documentário tem aproximadamente 30 minutos de duração, e conta, através de um grupo de jovens atrizes, de entrevistas com estudiosos, como Constância Lima Duarte e Luis Carlos Freire, a vida e obra da escritora, educadora e feminista. O documentário tem uma tiragem de seis mil cópias em VHS e outras seis mil em DVD, para envio a todas as bibliotecas públicas cadastradas no país.
O livro foto-biográfico contém com o registro histórico, em textos e imagens, de toda a trajetória de Nísia, incluindo textos especialmente concebidos para o projeto, elaborados pela professora Duarte, além de material de arquivo e outros documentos. Será um exemplar de capa dura, com cerca de 100 páginas e 200 imagens.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Campanha de salvação da lagoa Papari e do rio Mipibu.





EM AGOSTO DE 2009 O PROFESSOR LUÍS CARLOS FREIRE, CONSTATANDO QUE O CANAL DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DE MIPIBU (EM CONSTRUÇÃO) ESTAVA DE VENTO EM POPA, SEM NENHUM PROTESTO PÚBLICO DA SOCIEDADE E NEM DAS AUTORIDADES, INICIOU UMA CAMPANHA EM DEFESA DA LAGOA PAPARY, TENDO EM VISTA A CANALIZAÇÃO DE ESGOTO DIRECIONADA AO RIO MIPIBU, A QUAL DESÁGUA NA MESMA. NA OCASIÃO ENVIOU OFÍCIOS A DIVERSAS AUTORIDADES EM NÍVEL FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL, SENDO QUE EM NÍSIA FLORESTA O OFÍCIO FOI ENVIADO A TODAS AS AUTORIDADES RELIGIOSAS, AOS DIRETORES DE ESCOLAS PÚBLICAS E PARTICULARES, AOS MOTO-TAXISTAS, SINDICATOS, AOS VEREADORES (INDIVIDUALMENTE), A PROMOTORA E AO JUIZ. O FOCO DA QUESTÃO É SOLICITAR ESCLARECIMENTOS ÀS AUTORIDADES SOBRE A OBRA EM CONSTRUÇÃO, CONSIDERANDO QUE O ANTIGO CANAL JÁ POLUI E QUE O NOVO POLUIRÁ NUMA DIMENSÃO MUITO SUPERIOR. A IDÉIA É QUE A OBRA SEJA EMBARGADA E O PODER PÚBLICO DA CIDADE VIZINHA RESPONDA PELOS DANOS JÁ CAUSADOS PELO ANTIGO CANAL, E QUE SEJA CONSTRUÍDA LAGOA DE CAPTAÇÃO OU ESTAÇÃO DE TRATAMENTO.


NO INÍCIO DE SETEMBRO HOUVE A PRIMEIRA REUNIÃO PARA TRATAR O ASSUNTO, ESTANDO PRESENTE O SR. PAULO MORAIS, DO IDEMA,DE NATAL, O PADRE INÁCIO HENRIQUE DE ARAÚJO TEIXEIRA, O SR. JOÃO FERREIRA (PRESIDENTE DO PT), REPRESENTANTES DE SEGMENTOS DA IGREJA CATÓLICA, DONAS DE CASA E DEMAIS NATIVOS. A SEGUNDA REUNIÃO OCORREU NO PORTO, ESTANDO PRESENTES O PROFESSOR LUÍS CARLOS FREIRE, O PROFESSOR JOSIVALDO NASCIMENTO, O MINISTRO DA EUCARISTIA VALDÉCIO FERNANDES, , O PROFESSOR JÁRIO CORREIA E SEU FILHO JUCIÊ (AGENTE AMBIENTAL VOLUNTÁRIO), O VEREADOR FERNANDO RAMIRES, O SR. JOÃO FERREIRA (PRESIDENTE DO PT) E A COMUNIDADE LOCAL. A TERCEIRA REUNIÃO OCORREU TAMBÉM NO PORTO, ESTANDO PRESENTES AS MESMAS PESSOAS AQUI CITADAS, DENTRE OUTROS QUE NÃO VIERAM NA PRIMEIRA.



A QUARTA REUNIÃO OCORREU EM CURRAIS, ESTANDO PRESENTE O PROFESSOR LUÍS CARLOS FREIRE, O PRESIDENTE DO PT, JOÃO FERREIRA, A SRA. ANA, LÍDER COMUNITÁRIA E DIVERSOS NATIVOS. NESSA OCASIÃO ALGUNS PESCADORES MOSTRARAM DOENÇAS DE PELE ADQUIRIDA NA LAGOA, EM VIRTUDE DO ANTIGO CANAL DE ESGOTO QUE JÁ EXISTE HÁ UNS DEZ ANOS.



A QUINTA REUNIÃO OCORREU EM TOROROMBA, ESTANDO PRESENTE O PROFESSOR LUÍS CARLOS FREIRE, O PRESIDENTE DO PT, JOÃO FERREIRA, O PROFESSOR JOSIVALDO DO NASCIMENTO, A PROFESSORA JOSA (QUE ENVIOU ANTERIORMENTE CONVITE PARA OS PAIS ATRAVÉS DA ESCOLA ONDE TRABALHA), O VEREADOR FERNANDO RAMIRES (QUE FORNECEU APOIO CONVIDANDO A POPULAÇÃO ATRAVÉS DE SEU CARRO DE SOM), O VICE-PRESIDENTE DA COLÔNIA DOS PESCADORES, CHIQUITO, O SR. PAULO (LÍDER COMUNITÁRIO EM TOROROMBA), AS PROFESSORAS LURDINHA E RÉGIA E DIVERSOS NATIVOS. NESSA OCASIÃO O VEREADOR FERNANDO RAMIRES SE ENVOLVEU DE MANEIRA MAIS SUBSTANCIAL NA CAMPANHA, INCLUSIVE TROUXE SLIDES COM FOTOS QUE MOSTRAVAM DIVERSOS PONTOS DO ANTIGO CANAL, OS QUAIS MOSTRAM A PODRIDÃO COMO SE ENCONTRA O CURSO DESSE CANAL QUE VEM SENDO DESPEJADO NA LAGOA PAPARY.


A SEXTA REUNIÃO OCORREU EM OITIZEIRO, ONDE ESTEVE PRESENTE O VICE-PRESIDENTE DA COLÔNIA DE PESCADORES DE NÍSIA FLORESTA, SR. CHIQUITO, PROFESSOR LUÍS CARLOS FREIRE, JOÃO FERREIRA E UMA QUANTIDADE SURPREENDETE DE NATIVOS, INCLUINDO DIVERSOS PESCADORES.


A SÉTIMA REUNIÃO CONTOU COM A PRESENÇA DA EX-PRESIDENTE DO CMDCA, ANA CRISTINA, DA CONSELHEIRA TUTELAR ELEITA ANGELA MARIA MARINHO DOS SANTOS, PROFESSORA JOSA, ANA (DE CURRAIS), AJOSENILDO, JOÃO FERREIRA (PRESIDENTE DO PT) E JOSIVALDO NASCIMENTO (PRESIDENTE DO SINDICATO DOS TRABALHADORES E EDUCAÇÃO DE NÍSIA FLORESTA).
A OITAVA REUNIÃO ACONTECEU EM GENIPAPEIRO, DIA 23.11.09 E GOLANDI, SOB OS CUIDADOS DE ANA COTA E LUCIMAR.
A NONA REUNIÃO OCORREU NO ALTO MONTE HERMÍNIO (DIA 25.11.09 - QUARTA-FEIRA) E A DÉCIMA REUNIÃO EM CAMPO DE SANTANA, NA ESCOLA ADÉLIA DA SILVA GURGEL, SOB OS CUIDADOS DO DIRETOR DESTA ESCOLA, PROFESSOR MANOEL.
VEJA COMO FOI O EVENTO DO DIA 28 - SÁBADO
A MOVIMENTAÇÃO ACONTECEU NO DIA 28 DE NOVEMBRO, CONFORME PROGRAMADO, PORÉM NÃO HOUVE A PASSEATA, APENAS CONCENTRAÇÃO DEFRONTE AO BAOBÁ. ESTAVAM PRESENTES AS PESSOAS CITADAS ANTERIORMENTE, PESCADORES DE TODAS AS LOCALIDADES E A POPULAÇÃO AM GERAL, EMBORA NÃO HOUVE PARTICIPAÇÃO MACIÇA, COMO SE ESPERAVA (O QUE REFLETE UMA QUESTÃO CULTURAL E POLÍTICA, INFELIZMENTE).
A ABERTURA FICOU A CARGO DA NISIAFLORESTENSE LETÍCIA, A QUAL É FORMADA EM MÚSICA E CANTOU A "LENDA DE PAPARY".
NA OCASIÃO AS ESCOLAS MARIA DOLORES REGINA DE MACEDO LEITE PARTICIPOU COM A PRESENÇA DAS PROFESSORAS ADRIANA, LUCIENE E FÁTIMA E SALETE. AS MESMAS TROUXERAM ALUNOS COM CARTAZES E ALGUNS FANTASIADOS. UM DELES, VÍTOR GOMES, DE NOVE ANOS (ACIMA) DECLAROU: "ESTOU VESTIDO DO JEITO QUE ALGUNS ESTÃO FAZEM COM A GENTE, VERDADEIROS PALHAÇOS, MAS NÓS NÃO SOMOS PALHAÇOS".
A ESCOLA JARDIM DO ÉDEN, REPRESENTADOS PELA PROFESSORA ROSILDA, QUE NÃO PODE ESTAR PRESENTE, ENVIOU OS PROFESSORES JEMESON, ROSALI E GISÉLIA, FUNCIONÁRIOS E ALGUNS ALUNOS.
O POETA POPULAR "MANOELZINHO DE MORRINHOS" (ACIMA À DIREITA) DECLAMOU UM POEMA SOBRE A DEGRADAÇÃO DA LAGOA, SENDO OVACIONADO.
O EVENTO CONTOU COM A PRESENÇA DOS VEREADORES ANADELSON GADELHA (PRESIDENTE DA COLÔNIA DOS PESCADORES DE NÍSIA FLORESTA), O QUAL DECLAROU QUE NÃO SABIA DE NADA.O QUE É ESTRANHO, TENDO EM VISTA QUE O VICE-PRESIDENTE DA COLÔNIA DE PESCADORES DE NÍSIA FLORESTA, SR. CHIQUITO (QUE PARTCICIPOU DE ALGUMAS REUNIÕES) FOI INFORMADO DE TUDO, INCLUSIVE RECEBEU DOCUMENTAÇÃO ESCRITA. PRESENTE TAMBÉM O VEREADOR FERNANDO RAMIRES, O QUAL TEM PARTICIPADO DE ALGUMAS REUNIÃO E VEM FAZENDO UM REGISTRO FOTOGRÁFICO DO CURSO DO ESGOTO EM QUESTÃO E DA HIDROGRAFIA AFETADA, FERNANDO MINEIRO (DEPUTADO ESTADUAL - ESPECIALISTA EM MEIO-AMBIENTE), O ASSESSOR DA DEPUTADA FEDERAL FÁTIMA BEZERRA, TITICO E LILA (CONSELHEIROS TUTELARES).CONTOU-SE TAMBÉM COM A PRESENÇA DA HISTORIADORA LÍDIA MAIA, A QUAL DECLAROU: "ESTOU PERPLEXA PELO FATO DE SABER QUE AS AUTORIDADES E O POVO DEIXARAM A OBRA CHEGAR A ESSE PONTO, TENDO JÁ CAUSADO TANTOS DANOS. AINDA BEM QUE ACORDARAM ATRAVÉS DESSE MANIFESTO ".
FERNANDO RAMIRES DISSE QUE ESTÁ ABERTO A QUAISQUER DISCUSSÕES E EVENTOS S SOBRE A DEFESA DA LAGOA.
ANADELSON DISSE QUE "VEM TOMANDO AS PROVIDÊNCIAS CABÍVEIS JUNTO A COLÔNIA DOS PESCODES, MAS AS COISAS PÚBLICAS SÃO MOROSAS".
TITICO LEMBROU QUE "EVENTOS DESSE TIPO SÃO EXTREMANTE IMPORTANTES, POIS CONSCIENTIZAM O POVO E OS MESMOS DEVEM TER CONTINUIDADE, POIS É UMA LUTA POR UMA CAUSA QUE BENEFICIA TODA A POPULAÇÃO".
O REPRESENTANTE DA DEPUTADA FÁTIMA BEZERRA COLOCOU À DISPOSIÇÃO O GABINETE DA DEPUTADA PARA COLABORAR NO SENTIDO DE INVESTIGAR QUAISQUER DENÚNCIAS RELATIVAS AO MEIO-AMBIENTE EM NÍSIA FLORESTA.
APÓS OS DIRCURSOS, OS PARTICIPANTES SE DESLOCARAM EM PASSEATA ATÉ O CONJUNTO CLÓVIS DE CARVALHO, ONDE HOUVE O ENCERRAMENTO.
O DEPUTADO FERNANDO MINEIRO PEDIU PARA VER AS OBRAS E FOI ACOMPANHADO POR JOÃO DO PT, JOSIVALDO, ANADELSON, FERNADO RAMIRES, LUÍS CARLOS, ALYSGARDÊNIA E LÍDIA MAIA. NO LOCAL O DEPUTADO FICOU SURPREENDIDO PELO QUE VIU, INCLUSIVE SE DESLOCOU ATÉ UMA "BOCA DE LOBO" EXISTENTE DEFRONTE AO POSTO DE GASOLINA, EM SÃO JOSÉ DE MIPIBU. "ESTOU ENTRANDO EM CONTATO COM O DNIT, EM NATAL E ENTRAREI EM CONTATO COM NÍSIA FLORESTA PARA NOS REUNIRMOS. O PRÓXIMO PASSO POR PARTE DO MUNICÍPIO DE NÍSIA FLORESTA É ORGANIZAR UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM AUTORIDADES LIGADAS DIRETA OU INDIRETAMENTE A OBRA, POIS AS COISAS NÃO DEVEM OCORRER DESSA FORMA. O POVO PRECISA TER INFORMAÇÕES", DISSE O DEPUTADO FERNANDO MINEIRO.
A VICE-PREFEITA MARISE LEITE, QUE IA PASSANDO NO MOMENTO QUE O DEPUTADO MINEIRO VISITAVA O ANTIGO CANAL (DEFRONTE AO ENGENHO MORGADO), DESCEU PARA ACOMPANHAR A VISITAÇÃO E DECLAROU ABERTAMENTE: "EU QUASE NÃO CHEGAVA AQUI, POIS TODOS ME PEDIRAM PARA NÃO VIR. AINDA BEM QUE AINDA ENCONTREI VOCÊS AQUI. EU NÃO SEI POR QUÊ ESSE POVO CONFUNDE TUDO COM POLÍTICA. NÃO É BOM FICAR COM ESSAS PICUINHAS. ESSE PESSOAL TEM QUE VER QUE TEMOS QUE CUIDAR DO QUE É NOSSO".
O PROFESSOR LUÍS CARLOS, CONVERSANDO COM OS ORGANIZADRES, DISSE: "ISSO É INADMISSÍVEL NOS DIAS DE HOJE. UMA MULHER QUE OCUPA A FUNÇÃO DE VICE-PREFEITA SER TRATADA DESSA FORMA. LEMBRO-ME QUE, EM 2005, DURANTE UM FESTIVAL DA FUNDAÇÃO CAJUPIRANGA, EM SÃO JOSÉ DE MIPIBU, MARISE CHOROU MUITO, CONVERSANDO COMIGO, DIZENDO QUE ESTAVA ESCANTEADA PELO GESTOR DE NÍSIA FLORESTA E SUA EQUIPE. EU SOUBE QUE ESSE CHORO TEM DURADO ATÉ OS DIAS ATUAIS. ESQUISITO NESSA HISTÓRIA É QUE MARIZE TEVE TEMPO DE DIZER "NÃO" AO NOVO MANDATO, JÁ QUE SOFRE TODA ESSA INDIFERENÇA, MAS DISSE "SIM". SE A GENTE NÃO SE SENTE BEM EM ALGUMA FUNÇÃO DEVE RENUNCIAR OU SE OPOR, DENUNCIAR AO MINISTÉRIO PÚBLICO, ENFIM, NUMA LINGUAGEM BEM NORDESTINA, "PEITAR" AQUELES QUE MANIPULAM OU DITAM NORMAS. COMO PODE UMA VICE-PREFEITA SER TRATADA ASSIM? TODOS SABEM QUE QUALQUER VICE TEM PLENOS PODERES DE TOMAR DECISÕES, SUGERIR, SER CONTRA OU A FAVOR DE ALGO, SEM SER MANIPULADO OU ESCANTEADO. EU, NO LUGAR DELA, JÁ TERIA CONVOCADO A POPULAÇÃO PARA CONTAR A HISTÓRIA. NO MEU VER, MARIZE TINHA QUE DIZER QUEM SÃO ESAS PESSOAS".
O POVO QUER SABER SE MARISE CHORA TODO MÊS AO RECEBER SEU SALÁRIO. INTERESSANTE É QUE O VEREADOR FERNANDO RAMIRES FEZ COLOCAÇÃO PARECIDA NA REUNIÃO DO PORTO, OCORRIDA HÁ MAIS DE UM MÊS, O QUAL INFORMOU AO PROFESSOR LUÍS CARLOS E PESSOAS PRESENTES QUE CERTO POLÍTICO LIGOU PARA ELE E PARA OUTROS EDIS, DIZENDO PARA QUE NÃO FOSSEM NUM EVENTO DO PV OCORRIDO NA CÂMARA MUNICIPAL (HÁ ALGUNS DIAS), SOB PENA DE RECEBEREM "CERTAS PUNIÇÕES". MARISE DISSE A MESMA COISA SOBRE ESSE EVENTO DO PV. "FUI PROIBIDA DE IR", DISSE.
COM ESSE DISCURSO E O DA VICE-PREFEITA FICA CLARO O QUE É ÓBVIO, OU SEJA, TEM PESSOAS INCOMODADAS COM A MANIFESTAÇÃO EM DEFESA DA LAGOA, SIMPLESMENTE PELO FATO DE NÃO SEREM ELAS QUE INICIARAM O MANIFESTO PÚBLICO, CONFORME DISSE O PROFESSOR LUÍS CARLOS FREIRE EM SEU DISCURSO, LEMBRANDO QUE MUITOS DIRETORES DE ESCOLAS FORAM PROIBIDOS DE DIVULGAR OS DOCUMENTOS QUE O REFERIDO PROFESSOR ENVIOU ÀS ESCOLAS, SUGERINDO QUE O TEMA FOSSE TRABALHADO COM GRANDE ÊNFASE JUNTO A ALUNOS, PAIS E PROFESSORES.
A POPULAÇÃO NISIAFLORESTENSE PRECISA REFLETIR SOBRE ESSE COMPORTAMENTO CORONELISTA E FASCISTA DE ALGUMAS AUTORIDADES POLÍTICAS DE NÍSIA FLORESTA (E OUTRAS LIGADAS AO PODER), AS QUAIS ESTÃO AMEAÇANDO VEREADORES E DIRETORES DE ESCOLAS QUE GOSTAM DE PARTICIPAR DE EVENTOS COMO ESSE, MAS NÃO PODEM, SOB PENA DE PERDEREM O CONTRATO (NO CASO DE DIRETORES, PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS). O VEREADOR FERNANDO RAMIRES FOI MUITO ELOGIADO PELOS PARTICIPANTES, POIS NÃO SE IMPORTA COM ISSO E MOSTRA A SUA FACE DE PESSOA PÚBLICA E PREOCUPADA COM A CAUSA EM QUESTÃO.
"DE CERTO MODO É BOM QUE SAIBAMOS DISSO, POIS UMA AUTORIDADE QUE PRATICA O FASCISMO PRECISA SER MUITO BEM OBSERVADA PELA POPULAÇÃO PARA JAMAIS SER REELEITA (ACASO SE TRATE DE ALGUÉM COM MANDATO). O FASCISMO, ESSE CÂNCER TERRÍVEL, QUE DESTRÓI A DEMOCRACIA, TEM QUE SER EXTINTO DE QUALQUER SOCIEDADE, POIS A CARTA MAGNA BRASILEIRA É CLARA COM RELAÇÃO AO DIREITO A LIBERDADE DE EXPRESSÃO E A LIBERDADE DE IR E VIR", DECLAROU O PROFESSOR LUIS CARLOS.
NO DIA 27 DE NOVEMBRO O PROFESSOR ESTEVE NA ESCOLA MUNICIPAL YAYÁ PAIVA E FOI INFORMADO PELA SRA. CÉLIA, FUNCIONÁRIA, QUE "NADA HAVIA SIDO DIVULGADO NAQUELA UNIDADE ESCOLAR, MAS QUE NA IGREJA ONDE ELA CONGREGA, A EMANUEL, OS DOCUMENTOS FORAM TRABALHADOS JUNTO AOS FIÉIS".
O EVENTO TERÁ CONTINUIDADE, TENDO EM VISTA OUTRA MANIFESTAÇÃO QUE SERÁ PROGRAMADA, CUJA DATA SERÁ COMUNICADA NESSE BLOG, NAS CAPELAS E NA EMISSORA DE RÁDIO LOCAL, INCLUSIVE AS AUTORIDADES NISIAFLORESTENSES, E TODA POPULAÇÃO DESDE JÁ ESTÃO CONVIDADAS, BASTA FICAREM ATENTAS A DATA, QUE SERÁ PRÓXIMA.
O PROFESSOR LUIS CARLOS INFORMOU QUE O PADRE INÁCIO HENRIQUE DE ARAÚJO TEIXEIRA ESTAVA APOIANDO O EVENTO, MAS DEVIDO A UM COMPROMISSO ANTERIORMENTE FEITO, ESTARIA EM NATAL. O MESMO TELEFONOU DURANTE A PASSEATA E DISSE QUE ESTAVA SE SOLIDARIZANDO COM TODOS OS MANIFESTANTES.
FOI LIDO PELO PROFESSOR LUIS CARLOS UM E-MAIL ENVIADO PELO PADRE BATISTA, O QUAL DIZIA ESTAR DISPONÍVEL PARA AJUDAR O MUNICÍPIO NO SENTIDO DE ENTRAR EM CONTATO COM AS AUTORIDADES PARA APURAR OS FATOS, INCLUSIVE SUGERIU UM FORUM SOBRE O ASSUNTO. NO E-MAIL ELE CITOU O TRECHO DA MÚSICA DE SUA AUTORIA "LINDA FLORESTA", A QUAL FOI OUVIDA COMO ABERTURA E ENCERRAMENTO DO EVENTO.

INFORMOU AINDA QUE O SUPERINTENDENTE DO IBAMA, EM NATAL, INFORMOU A ELE, POR TELEFONE, NO DIA 27/11/09 QUE JÁ HAVIA SIDO FEITA UMA VISTORIA TÉCNICA NO CANAL DE ESCOAMENTO DE ESGOTO, TENDO SIDO CONSTATADO QUE SE TRATA REALMENTE DE DANO AMBIENTAL GRAVE, QUE A OBRA SERIA EMBARGADA E QUE A PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DE MIPIBU SERIA MULTADA.MULHERES PESCADORAS MARCARAM PRESENÇA TRAZENDO SEUS INSTRUMENTOS DE PESCA. "Só queremos defender o que é nosso. Não estamos aqui destruindo fazendo nada errado".
ABAIXO A VINHETA QUE ESTÁ SENDO VEICULADA NA FM EXECUTIVO:

VINHETA PARA A RÁDIO

O GRUPO DE DEFESA DA LAGOA PAPARY CONVIDA A POPULAÇÃO DE NÍSIA FLORESTA A SE FAZER PRESENTE DEFRONTE A IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DO Ó, NO PRÓPRIO SÁBADO, DIA 28 DE NOVEMBRO, ÀS 7 HORAS.
HAVERÁ UMA CONCENTRAÇÃO QUE SAIRÁ EM CAMINHADA ATÉ O CANAL DE ESGOTO QUE ESTÁ SENDO CONSTRUIDO NO RETORNO DE SÃO JOSÉ DE MIPIBU E NÍSIA FLORESTA.
A POPULAÇÃO NISIAFLORESTENSE PRECISA SE UNIR PARA PROTESTAR CONTRA A MANEIRA COMO O CANAL DE ESGOTO VEM SENDO CONSTRUÍDO, POIS NÃO ESTÁ SENDO CONSTRUÍDA UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO NEM LAGOA DE CAPTAÇÃO. OS DEJETOS SERÃO JOGADOS SEM NENHUM TRATAMENTO.
O ANTIGO CANAL DE ESGOTO JÁ TEM CAUSADO ESTRAGOS, ONDE PESCADORES JÁ ESTÃO COM DOENÇAS DE PELE E OUTROS TIPOS DE DOENÇAS. JÁ NÃO EXISTE MAIS CAMARÃO PITU, O GOIAMUM ESTÁ EM EXTINÇÃO, O PEIXE ESTÁ REDUZIDO.
A POPULAÇÃO NÃO PODE PERMITIR QUE OUTRO MUNICÍPIO SE APROPRIE DOS NOSSOS RECURSOS NATURAIS E OS DESTRUA, TRANSFORMANDO A LAGOA PAPARY NUMA FOSSA.
NÍSIA FLORESTA ESTÁ ENVOLTA POR MATA ATLÂNTICA, DENTRO DE UMA ÁREA DE PROTEÇAO AMBIENTAL BONFIM-GUARAÍRAS E SOB OS AQUÍFEROS ALUVIÃO E BARREIRAS. UM VERDADEIRO SANTUÁRIO NATURAL.
SE A SOCIEDADE CONTINUAR CALADA VEREMOS MORRER NOSSOS PEIXES, CRUSTÁCEOS, NOSSAS MATAS E O RESULTADO PODERÁ SER FOME E MISÉRIA.
VAMOS DEFENDER A LAGOA PAPARY. TRAGA SUA FAMÍLIA. TRAGA PUÇÁS, VARAS DE PESCAR, CANOAS, REDES DE PESCA, MANGOTE, SAMBURÁ, COVOS, QUICHÓ E MOSTRE QUE O POVO DE NÍSIA NÃO CONCORDA COM A DESTRUIÇÃO DA NOSSA LAGOA.
FAREMOS UM PROTESTO PACÍFICO E ORGANIZADO, COM A PRESENÇA DE AUTORIDADES, REDES DE TELEVISÃO E JORNAIS. É SÁBADO, DIA 28 DE NOVEMBRO, ÀS 7 HORAS, DEFRONTE A IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DO Ó.


ATÉ AGORA O PROFESSOR LUÍS CARLOS FREIRE TEM PROCURADO CONSCIENTIZAR A POPULAÇÃO QUANTO AOS DANOS AMBIENTAIS QUE ESTÃO POR VIR, E AVISANDO SOBRE UMA MANIFESTAÇÃO PÚBLICA QUE IRÁ OCORRER (EM DATA A SER MARCADA), INCLUSIVE, EM TODOS OS ENCONTROS VEM LENDO OS OFÍCIOS QUE TEM RECEBIDO DOS ÓRGÃOS RELACIONADOS AO MEIO AMBIENTE. A CONCENTRAÇÃO SERÁ DEFRONTE A IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DO Ó, NA QUAL TODOS SAIRÃO EM PASSEATA, ACOMPANHADOS DE CARRO DE SOM, CUJOS NATIVOS IRÃO MUNIDOS DE COVOS, PARIS, VARAS DE PESCA, REDES DE ARRAS, CANOAS, PITIBÓIA, DENTRE OUTROS MECANISMOS DE PESCA. A CONCENTRAÇÃO FINAL SERÁ AO LADO DO RETORNO DE SÃO JOSÉ DE MIPIBU.


NA OCASIÃO ESTARÃO PRESENTES DIVERSAS AUTORIDADES, CUJO OBJETIVO É PEDIR QUE SE CONSTRUA UMA LAGOA DE CAPTAÇÃO OU UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO PARA QUE A LAGOA NÃO SEJA POLUÍDA.
VAMOS ALVAR UM DOS MAIORES TESOUROS NATURAIS DO NOSSO MUNICÍPIO, A LAGOA PAPARY. LEMBREMOS QUE A ECONOMIA DO MUNICÍPIO, QUANDO SE FALA EM CRUSTÁCEOS, QUANDO SE FALA NA ALIMENTAÇÃO DE GRANDE PARTE DAS FAMÍLIAS HUMILDES, DEPENDE DELA. NÃO VAMOS PERMITIR QUE ESSE PARAÍSO INVEJÁVEL SEJA DESTRUIDO. LEMBREMOS QUE A LAGOA PAPARY PODE SER O SUSTENTÁCULO DO TURISMO DE NÍSIA FLORESTA, TENDO EM VISTA SER CITADA HÁ MAIS DE TREZENTOS ANOS NA CARTOGRAFIA ANTIGA, TENDO EM VISTA POSSUIR EM SEU HISTÓRICO UMA DAS MAIS BELAS LENDAS INDÍGENAS DA REGIÃO POTIGUAR, TENDO EM VISTA ESTAR SITUADA NUMA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA BONFIM-GUARAÍRAS), TENDO EM VISTA ESTAR ENVOLTA POR MATA ATLÂNTICA, TENDO EM VISTA SER BERÇO DO LAZER, POR EXCELÊNCIA, DE TODO NATIVO... PENSE NISSO!


LEIA, ABAIXO, A CARTA QUE O PROFESSOR LUÍS CARLOS FREIRE ENVIOU A CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE NÍSIA FLORESTA, PEDINDO ENVOLVIMENTO PÚBLICO DOS VEREADORES NA CAMPANHA DE ESCLARECIMENTOS SOBRE A CONSTRUÇÃO DO CANAL DE ESGOTO QUE DESEMBOCARÁ NA LAGOA PAPARY, BEM COMO A SENSIBILIZAÇÃO DA SOCIEDADE SOBRE A GRAVIDADE DO FATO.


Nísia Floresta, 18 de setembro de 2009
Excelentíssimos Senhores Vereadores, meus cumprimentos!
Pelo presente, encaminho às Vossas Excelências uma carta a qual enviei ao Ministro do Meio Ambiente, ao IDEMA, ao IBAMA, às Promotoras do Meio Ambiente Rossana Sudário e Gilka da Mata e a Promotora de Justiça do município de Nísia Floresta.
Como poderão observar, trata-se de denúncia contra a forma como vem sendo construída uma obra de escoamento no retorno dos municípios de São José de Mipibu e Nísia Floresta.
Sabemos que há alguns anos existe o escoamento de águas pluviais através de uma galeria subterrânea que inicia defronte a rodoviária mipibuense e que deságua nas imediações das granjas dos senhores Mano e Tamires Peixoto (próximas ao posto de combustível), em São José de Mipibu. A referida galeria possuía diâmetro bem inferior ao que ora está sendo construído, mas já causava danos erosivos e poluidores até chegar ao rio.
As pessoas que trabalham nas proximidades da rodoviária mipibuense (inclusive vários taxistas) sabem que existe escoamento de esgoto de alguns comerciantes e de residências, pois o odor putrefato que exala diariamente à altura da borracharia do Sr. Cícero Amaro é insuportável, inclusive existe um orifício aberto defronte ao posto de combustível.
É desnecessário entender bem de matemática para percebermos que o que está sendo construído atualmente quadruplicará a vazão dos resíduos ali escorridos. É preocupante sabermos que o destino desses resíduos será a Lagoa Papary.
Pelo que se percebe estamos prestes a vivenciar uma catástrofe ambiental que afetará a Lagoa Papary, pois sabemos que São José de Mipibu está sendo saneada e precisamos conhecer a sua política de esgoto, pois, a julgar pelo que se vê – embora não podemos julgar – o destino é Nísia Floresta. Se isso se concretizar assistiremos um cenário de catástrofe. Justamente numa região de turismo excepcional. Ademais não somente nossos pescadores serão prejudicados, mas o município como um todo.
Tal realidade é inconcebível diante do fato de que atualmente o que mais se vê em todo o mundo é luta em prol da defesa do meio-ambiente.
Mais inconcebível é saber que estamos numa Área de Proteção Ambiental – APA Bonfim/Guaraíras, sob um dos maiores aqüíferos do Nordeste e em plena Mata Atlântica.
Apenas um item deste é o bastante para justificar a necessidade de se tratar o município de Nísia Floresta como verdadeiro santuário ecológico. Mais ainda quando sabemos que possuímos um ecossistema singular e invejável.
Por tal razão estranha-se a ausência de observações contra essa obra criminosa e que ainda tem, por sorte, o trunfo de estar o curso e, portanto, passível de ser embargada e redirecionada, de forma que não afete o meio-ambiente.
O fato de inexistir ações de protesto por parte de nenhum órgão público, instituições, pessoas comuns ou ONGs, nem a convocação dos responsáveis por essa obra absurda, instiga-nos, principalmente a nós educadores, que ajudamos a sociedade a formar opiniões, a sugerir à Câmara Municipal de Vereadores de Nísia Floresta a elaboração de projeto conveniente, dentro de um contexto sócio-ambiental, pedindo esclarecimentos aos órgãos envolvidos e, principalmente, pedindo que a referida obra seja embargada até que uma equipe técnica avalie os prejuízos ambientais que decorrerão de sua construção e realize a obra de maneira adequada.
Na certeza de acreditar que a Câmara de Vereadores de Nísia Floresta representa o povo de Nísia Floresta, externo meus agradecimentos, ciente que meu pensamento é o pensamento desse mesmo povo.
Atenciosamente,
Professor Luís Carlos Freire
AOS EXCELENTÍSSIMOS VEREADORES
PALÁCIO CÍCERO ANTONIO TRINDADE
CÂMARA MUNICIPAL
NÍSIA FLORESTA - RN

LEIA, ABAIXO, OS OFÍCIOS E REQUERIMENTOS ENVIADOS PELA CÂMARA MUNICIPAL DE NÍSIA FLORESTA AO PROFESSOR LUÍS CARLOS FREIRE EM RESPOSTA AO SEU PEDIDO SOBRE PROVIDÊNCIAS COM RELAÇÃO AO ANTIGO CANAL DE ESGOTO QUE DESÁGUA NA LAGOA PAPARY, EM NÍSIA FLORESTA - RN. OBSERVAÇÃO: CLIQUE SOBRE O DOCUMENTO PARA VISUALIZÁ-LO EM TAMANHO REAL.

O OFÍCIO ACIMA, RESPONDIDO PELO PRESIDENTE DA CÂMARA, MOSTRA QUE O MESMO DESCONHECE QUE O PROFESSOR LUÍS CARLOS FREIRE SEMPRE PARTICIPOU DAS ATIVIDADES DA CÂMARA MUNICIPAL DE NÍSIA FLORESTA ENQUANTO CIDADÃO COMUM, POIS HÁ 17 ANOS O MESMO ENVIA SUGESTÕES CONSTRUTIVAS A REFERIDA INSTITUIÇÃO. É DE SE SUPOR QUE A CÂMARA NUNCA TENHA ARQUIVADO OS DOCUMENTOS RECEBIDOS (O QUE É LASTIMÁVEL), POIS DOCUMENTOS RECEBIDOS DEVEM SER GUARDADOS.


REQUERIMENTO FEITO PELO EX-VEREADOR EUGÊNIO FILHO, EM 2005 SOLICITANDO ATENÇÃO A POLUIÇÃO NO RIO MIPIBU.






O REQUERIMENTO ACIMA TRATA, PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE NÍSIA FLORESTA, DO ASSUNTO REFERENTE AO QUE O PROFESSOR LUÍS CARLOS FREIRE VEM DENUNCIANDO, OU SEJA, O CANAL QUE ESTÁ SENDO CONSTRUÍDO EM VIRTUDE DA DUPLICAÇÃO DA BR. ATÉ ENTÃO A CÂMARA HAVIA REGISTRADO EM SEUS ARQUIVOS UM ÚNICO REQUERIMENTO SOBRE O ANTIGO CANAL, DATADO DE 2005 (QUE JÁ É GRAVE). O REFERIDO DOCUMENTO FOI ENVIADO A DIVERSAS AUTORIDADES, CONFORME PODE-SE CONSTATAR ABAIXO.


OFÍCIO QUE A CÂMARA ENVIOU AO ATUAL PREFEITO GEORGE NEY FERREIRA, SOLICITANDO MEDIDAS CONTRA O ANTIGO CANAL DE ESGOTO QUE JÁ POLUÍA A LAGOA PAPARY.



O MESMO OFÍCIO ACIMA FOI ENVIADO PELA CÂMARA AO SR. PAULO ROBERTO - CHEFE DO INSTITUTO CHICO MENDES, DE NÍSIA FLORESTA - RN.



O MESMO OFÍCIO ACIMA FOI TAMBÉM ENVIADO PELA CÂMARA MUNICIPAL DE NÍSIA FLORESTA AO DR. MARCUS VINÍCIUS PEREIRA JÚNIOR - JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE NÍSIA FLORESTA - RN.

O MESMO O FÍCIO ACIMA FOI ENVIADO PELA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE NÍSIA FLORESTA A DRA. MARIA ZÉLIA, PROMOTORA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE NÍSIA FLORESTA-RN. OBSERVAÇÃO: VEJA QUE A DATA DO OFÍCIO ENVIADO PARA A PROMOTORA É DIFERENTE DOS TRÊS ACIMA. O REFERIDO DOCUMENTO FOI ENVIADO A PROMOTORA APÓS TEREM REFEBIDO A CARTA DO REFERIDO PROFESSOR. O IDEAL ERA QUE A PROMOTORA DE NÍSIA FLORESTA TIVESSE SIDO A PRIMEIRA A TER RECEBIDO A DENÚNCIA, POIS, POR EXCELÊNCIA, A MESMA É A LEGÍTIMA PESSOA A EMPREENDER TAIS CAUSAS. VEJA, ABAIXO, A CARTA QUE O PROFESSOR LUIS CARLOS RESPOSTOU A CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE NÍSIA FLORESTA, EM ATENÇÃO AOS DOCUMENTOS RECEBIDOS.


Nísia Floresta, 8 de outubro de 2009
Exmos. Srs.
Cumprimentado-os, agradeço-lhes pela atenção dispensada a minha carta, a qual externa a preocupação coletiva de qualquer nativo, da Câmara de Vereadores e, logicamente, de todos os moradores de Nísia Floresta.
A carta, num gesto de civilidade, cita o canal de esgoto que tem início defronte a borracharia do Sr. Cícero Amaro, em São José de Mipibu, apenas em caráter de comprovação de que realmente vem sendo despejado esgoto no rio Mipibu, sem questionar se algum vereador protestou ou não contra tal absurdo, pois, qualquer ser humano normal entende ser óbvio a algum edil tê-lo feito. O foco da questão está no documento que enviei em anexo, remetido também ao Ministério do Meio Ambiente, Ao IDEMA, IBAMA, às Promotorias do Meio Ambiente de Natal e a Promotoria Pública de Nísia Floresta, tratando acerca da construção do canal de esgoto no retorno de São José de Mipibu e Nísia Floresta.
É tão óbvio supor que algum parlamentar tenha, em algum momento, apresentado requerimento contra a poluição do rio Mipibu e Lagoa Papary, causada pelo antigo canal que faz-se desnecessário questionamento ou solicitação de cópia do documento comprobatório. Mas, de antemão, agradeço-lhes pelo envio do mesmo, lembrando que a atual preocupação refere- se à obra que já toca o rio Mipibu.
Como não ficou clara a essência das minhas reflexões, pelo que observei, ressalto que tratei sobre a ausência de uma AÇÃO PÚBLICA, não apenas instrumentalizada pela Câmara Municipal de Vereadores, mas por outras instituições, reivindicando as autoridades ligadas à referida obra, esclarecimentos públicos à população. Saliento que não enviei a sugestão apenas a Câmara, mas às escolas, igrejas, sindicatos e a alguns nativos, pois o povo, em massa, tem que pensar a gravidade do fato, sob uma política diplomática e respeitosa, inclusive sendo informado sobre alternativas. Insisto em lembrar que o fato é grave.
Reconheço que parte considerável dos munícipes e até mesmo de alguns políticos, por razões culturais e educacionais (que não cabem agora serem refletidas) pode entender a Câmara unicamente como local de legislar, ignorando a nova visão que deve estar impressa em qualquer edil, dando a tal instituição um perfil de cidadania cada vez mais abrangente. Nesse sentido, é digno de ser parabenizada a antiga prática da Câmara Itinerante, a qual conheço desde a minha adolescência. Mas o que sugeri, diante da gravidade da obra em questão, foi a necessidade de a Câmara, enquanto local de representantes eleitos pelo povo, protagonizar, DE FORMA PÚBLICA, aliada ou não as outras instituições, UMA AÇÃO DE PROTESTO, seja através de panfletos, de audiência pública, de visita às escolas em caráter de sugestão ou de outro gesto de cidadania plena.
Parte considerável dos nativos está preocupada, mas as discussões se resumem a discussões nas esquinas. Ainda sobre os requerimentos que me foram enviados pela Câmara, ressalto que não os conhecia (apenas ipsis literis), porém os conhecia através da oralidade de tais iniciativas, as quais me foram informadas por Francisco Canindé (Titico).
Conhecer ipsis literis tais documentos, ao invés de tranqüilizar-me, aumentou minha preocupação, pois, pelo que vi, não houve solução para o requerimento nº 134, datado de 28 de novembro de 2005, nem para o requerimento nº 116, de 15 de junho de 2009 (inclusive só agora, aos 21 de setembro de 2009 o de nº 116 foi direcionado a Promotoria Pública) pedindo providências sobre a poluição do rio Mipibu e da Lagoa Papary. Logicamente que as ações da Justiça são morosas, infelizmente, mas pela gravidade a mesma tem que ser provocada sob diversos ângulos e por várias instituições, com insistência.
O canal de esgoto ora construído é muito grande e sinaliza um escoamento de resíduos muito superior e muito mais degradante. E reside aqui o “nó górdio”. Pois, se um documento feito pela Câmara, dirigido ao Ministério Público, tratando assunto tão sério, foi ignorado ou postergado, somos levados a pensar sobre o que acontecerá com os novos requerimentos apresentados pela Câmara? Isso reforça a tese da insistência e da necessidade de uma ação popular envolvendo instituições diversas através de Audiência Pública.
É por tal razão que apresentei as sugestões na cópia da carta de denúncia enviada às Vs. Excias, pois diante da gravidade dessa obra criminosa, cabe também a Câmara Municipal de Vereadores instrumentalizar direta ou indiretamente uma ação popular.
Se não ocorrer uma ação pública com grande movimentação popular, de forma respeitosa, organizada e sistematizada, na qual os responsáveis sejam convidados a explicar tal obra criminosa e ouvir os nisiaflorestenses, supostamente acontecerá o que já aconteceu com o requerimento, embora, para o de nº 136, por ser recente, digamos que esteja em tempo. Nesse sentido autoridades municipais, estaduais e federais devem ser convidadas, bem como os representantes do poder público (prefeito, vereadores, secretários convenientes e demais autoridades de São José de Mipibu) devem ser peças fundamentais.
Urge a necessidade de se pensar a forma correta de se concretizar tal obra, abortando a proposta anterior, a qual é absurda. Cabe ao momento discussões públicas em escolas, igrejas, Câmara e em outras instituições, sempre com a participação de autoridades relacionadas ao assunto. É oportuna a organização de seminários, conferências, reuniões ou audiências que abordem a questão e levem a população a pensar uma solução correta.
Alguns podem entender que isso não cabe a Câmara, mas o fato é tão grave e chocante que ninguém pode mais se prender a conceitos ultrapassados, reforçando a rançosa idéia de papéis e incumbências limitadas. A causa interessa ao Rio Grande do Norte, pois trata-se da poluição de dois aqüíferos.
Sobre a orientação a mim dirigida de participar mais da casa do povo, informo que o fato de estar comprometido com a escola a qual dirijo com o mesmo comprometimento que dirigi a Escola Municipal Yayá Paiva, sinto-me impossibilitado. Ademais o horário das reuniões e o dia da semana definidos, no meu entendimento particular, não são populares. Agradeço o convite e destaco que, conforme sempre fiz, desde que passei a residir neste município, o qual tenho profundo respeito, sempre estarei participando da forma como posso, assim como participo há 17 anos enviando sugestões.
Conforme encerrei a carta anteriormente escrita, entendo que a Câmara representa o povo. Lembro-me de uma sugestão muito bem recebida por essa casa, onde propus que o dia da emancipação política do município fosse considerado feriado e a Câmara, através do Dr. Lércio, viabilizou o projeto, acatado por unanimidade (cópia em anexo). É isso que me faz acreditar na democracia e jamais deixar de exercer a cidadania.
Recentemente sugeri a Câmara e a Assembléia Legislativa do Estado, de forma escrita e detalhada, que acessassem o link dos Correios para votarem no nome de Nísia Floresta para ser contemplado em selo comemorativo em 2010. Fiz o mesmo com a Escola Municipal Yayá Paiva, e Terezinha Leite, tendo em vista o número significativo de alunos. Não recebi resposta, mas tenho plena certeza que tais instituições, por serem sérias e conhecerem a dimensão do nome Nísia Floresta, empreenderam as ações pertinentes junto à comunidade escolar. Resta agora esperar o resultado em 2010 e ver a participação desse público. O presidente da Assembléia Legislativa também acatou tal pedido, dando rumo certo a sugestão.
Em 1994 sugeri que apresentassem requerimento orientando a Secretaria Municipal de Educação a intensificar o estudo da vida e da obra de Nísia Floresta, primando pelo currículo escolar.
Em 1997 sugeri que apresentassem requerimento orientando que as fachadas dos prédios públicos antigos do município não fossem modificadas e de preferência preservadas o seu conjunto arquitetônico. Se as orientações foram discutidas na Câmara ou não fica a cargo dos edis.
À propósito, é interessante e conveniente se propor ao Poder Público, envolvendo Fundação José Augusto e IPHAN, a aquisição do prédio do Engenho Descanso, pois trata-se de um patrimônio cuja propriedade ultrapassa as raias de uma simples escritura. O Engenho Descanso é patrimônio do Rio Grande do Norte. Tenho plena certeza que o futuro sentirá orgulho dos seus antepassados por preservarem esse tesouro singular e de valor histórico/arquitetônico incalculável. O Engenho Descanso é a memória viva de várias facetas da história do Brasil. Resta-nos o reconhecimento e o respeito a tal monumento.
Aproveitando a oportunidade e retornando ao assunto anterior, entendo ser oportuno, acaso não exista lei pertinente, criar uma lei que proíba o direcionamento de águas servidas e esgoto nos pequenos riachos que serpenteiam o centro do município, por exemplo, o rio que nasce na divisa do Alto Monte Hermínio e o que nasce na Vila São João, divisando a área do Porto. São bilhões de litros de água diários que deságuam na lagoa Papary. E que podiam ser puras e cristalinas, pois trata-se de duas portentosas fontes.
Supostamente alguns nativos poderão não entender a nobreza de tão relevante gesto, mas as gerações futuras sentirão orgulho da iniciativa visionária dos seus antepassados. Se tal lei existe é oportuno e louvável que a Câmara a tirasse da teoria.
Finalizando, relembro que minha preocupação não é com a genealogia do ideário edil, e sim com a necessidade de a Câmara, junto com o povo, lutar contra um crime ambiental que ainda não aconteceu.
Na certeza de estar contribuindo com a cidadania e com a história do município, externo meus agradecimentos, ciente da atenção da Câmara Municipal de Nísia Floresta.
Atenciosamente,

Luís Carlos Freire

ABAIXO O RECORTE DO JORNAL O GRANDE NATAL, ANUNCIANDO A DECISÃO UNÂNIME DA CÂMARA DE TER APROVADO UM PROJETO DE AUTORIA DO VEREADOR LÉRCIO LUÍS BEZERRA LOPES, SUGERIDO PELO PROFESSOR LUÍS CARLOS FREIRE, NO QUAL O PREFEITO DECRETOU FERIADO O DIA DA EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO MUNICÍPIO (18 DE FEVEREIRO), TENDO EM VISTA A DATA NUNCA TER SIDO LEMBRADA.

SEGUE, ABAIXO, OFÍCIOS ENVIADOS AO PROFESSOR LUÍS CARLOS FREIRE EM RESPOSTA AS DENÚNCIAS QUE O REFERIDO PROFESSOR FEZ PEDINDO ESCLARECIMENTOS SOBRE A CANALIZAÇÃO DE ESGOTO EM DIREÇÃO A LAGOA PAPARY. OS OFÍCIO FORAM ENVIADOS DE BRASÍLIA, PELO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE E PELO IBAMA.



O OFÍCIO ACIMA, DATADO DE SETEMBRO, FOI ENVIADO PELO CHEFE DE GABINETE DO MINISTRO DO MEIO AMBIENTE.

O OFÍCIO ACIMA FOI ENVIADO PELO CHEFE DE GABINETE DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE DE BRASÍLIA AO IBAMA DE BRASÍLIA, SOLICITANDO AS MEDIDAS PERTINENTES REFERENTES A DENÚNCIA FEITA PELO PROFESSOR LUÍS CARLOS FREIRE.


O OFÍCIO ACIMA FOI ENVIADO AO PROFESSOR LUÍS CARLOS FREIRE PELO COORDENADOR SUBSTITUTO DE OUVIDORIA DA AUDITORIA DO IBAMA DE BRASÍLIA, COMUNICANDO QUE A DENÚNCIA DO REFERIDO PROFESSOR FOI CADASTRADA NO SISTEMA LINHA VERDE, E QUE FOI ENCAMINHADO PARA A SUPERINTENDÊNCIA DO IBAMA DE NATAL -RN.
ABAIXO A ÚLTIMA INFORMAÇÃO SOBRE O ANDAMENTO DO PROCESSO. TRATA-SE DA OCORRÊNCIA JÁ REGISTRADA NO SISTEMA LINHA VERDE, ENVIADA PARA O PROFESSOR LUÍS CARLOS FREIRE NO DIA 23 DE NOVEMBRO DE 2009, PELA SRA. MARION DIANA, DA AUDITORIA/OUVIDORIA/LINHA VERDE, DO IBAMA-NATAL/R



MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE E SUPERINTENDÊNCIA DO IBAMA DE BRASÍLIA PEDEM A NATAL ESCLARECIMENTOS SOBRE A CONSTRUÇÃO DO CANAL DE ESGOTO COM DESTINO A LAGOA PAPARY - SEGUE, ABAIXO, DOCUMENTOS ENVIADOS AO PROFESSOR LUÍS CARLOS FREIRE, CONFIRMANDO AS MEDIDAS TOMADAS PELOS ÓRGÃOS AMBIENTAIS.