Socorro Trindade faleceu no último sábado, 11 de maio de 2024, às 22h330, na residência do seu irmão, Paulo Trindade, em Boágua, distrito de Nísia Floresta. Socorro faleceu dormindo.
ANTES DE LER É BOM SABER...
terça-feira, 14 de maio de 2024
sexta-feira, 10 de maio de 2024
Couro de raposa...
José Calixtro Pereira Filho, 76 anos de idade |
Essa história me foi contada pelo senhor José Calixtro Pereira Filho, 76 anos de idade. Ele nasceu no dia 20 de novembro de 1947, em Taborda, São José de Mipibu, mas até hoje sua vida tem se ambientado em terras parnamirinses devido à proximidade, de maneira que ele se considera um parnamirinense. Foi na localidade de Taborda que se passou o fato a seguir, que serve para o acervo de sabedoria de todo homem.
Certa manhã, ele andava numa estrada de barro quando viu uma bela raposa morta recentemente, talvez por atropelamento. Infelizmente essa cena preocupante é comum nas estradas. Ele apiedou-se do infeliz animal e nada mais. Eis que, próximo dali, chegando até as terras de um conhecido e falando-lhe sobre a raposa morta, surpreendeu-se com o gesto eufórico do homem que perguntou-lhe o local exato, deixando-lhe muito curioso.
A fama das raposas nunca foi boa. Não é à toa que chamamos os políticos safados de “raposas velhas”, com todo respeito aos raros políticos decentes, Brasil afora. Eis que o homem explica que costuma pegar raposas de mortes recentes para retirar o couro, pois é, digamos, um eficiente repelente contra morcegos.
O sr. Calixtro já conhecia essa história, mas como falácia. Não imaginava que o couro fosse eficiente. O dito homem explicou-lhe que quando espalha os couros na propriedade ou mesmo dentro de galpões de armazenamento de grãos e ferramentas, não entra sequer um morcego e, por consequência, o local fica livre da fedentina que a urina e fezes desse animal promovem no ambiente.
Com relação à roça, os morcegos comem muitas frutas, ou melhor, estragam muitas frutas, roendo-as, deixando-as impróprias para o consumo humano. Essa técnica, limpa, promovida pelo uso do couro da raposa, tem a vantagem de blindar as frutas sem causar morticínio aos animais, pois não se usa produto químico para combatê-los. Pode parecer uma injustiça negar comida aos bichos, mas a mata é rica em outros frutos apreciados pelos morcegos e o planeta é muito grande. Isso explica o porquê de tantas nuvens de morcego por onde passarmos. E uma nuvem de morcegos faz um estrago grande. Morcegos são fabricantes de florestas, pois comem frutos e espalham suas sementes pelo mundo. Por consequência, são fabricantes de água, pois onde há árvore, há água (de uma maneira ou de outra).
Não é à toa que algumas igrejas matrizes são repletas de morcegos, cujos sótãos e forros, cheios de fezes urinadas, afastam qualquer pessoa devido ao fedor. Se os padres colocassem couro de raposa em locais estratégicos, o problema estaria resolvido. Mas lembrando que não é necessário sair caçando raposa para esse fim, afinal, infelizmente, elas são encontradas mortas, com frequência, nos acostamentos, pois se atrapalham ao atravessar as pistas e se darem com os faróis dos veículos.
Sobre esse detalhe triste de raposas atropeladas, recorro a Oswaldo Lamartine de Faria, filho de Juvenal Lamartine (1874-1956), ex-deputado federal e ex-governador do Rio Grande do Norte por dois anos e nove meses. Ele conta em seu livro “Juvenal Lamartine O Meu Pai, que o Rio Grande do Norte já foi um verdadeiro Pantanal (no aspecto de fauna). Aqui se viam com frequência, onças, tamanduás-bandeira, jabuti, seriemas, perdizes, gato maracajá, capivaras, lontras, ariranhas, enfim uma fauna exuberante. Ressalvando que uns em maior ou menor grau se a ocorrência fosse no sertão ou litoral. Esse cenário era comum até as últimas décadas do século XIX.
Esse fenômeno não é novidade e ocorre no mundo inteiro, por mais que seja estúpido. Quantos lugares no mundo viraram savanas e se desertificaram, tendo sido plenos de fauna e flora. É uma pena. Os animais perderam espaço para a fome ocasionada pela seca e a caça, além dos desmatamentos para se formar as cidades e os pastos, num tempo em que não existiam leis de preservação. E quase tudo se acabou. Existem, hoje, numa raridade, gatos do mato e pequenos mamíferos, os quais vivem nas áreas muito remotas, como nas grotas do sertão e Seridó. Em áreas com água ainda se vê alguns animais maiores, mas até mesmo quem é potiguar estranha pela singularidade.
Mas, ainda sobre o dito couro de raposa, o que teria de especial o mero couro? Afinal ele está sozinho, inanimado, sem o espírito sagaz da raposa. É ele e ele. Não é ele na raposa. O que ele promove na circunscrição onde estão as plantas frutíferas? Que mistério é esse? Que moral teria esse couro? Há muita coisa segredosa no campo da superstição. Só quem anda pelas estradas do Folclore entende a essência do que escrevo. Mas nesse aspecto, penso que a coisa é além da superstição. Seria o cheiro? Seria uma visão especial, diferente, que os morcegos têm desse couro? Seria a impressão de que é, de fato, a raposa vivinha da silva? Não sei. Ninguém sabe! Ou sabe? Desejo saber!
Pois bem, sempre me comunico com o sr. Calixtro que, inclusive é evangélico daqueles cuja forma em que foi feito, alguém jogou nas profundezas do oceano. E eis que numa simples conversa que tive, hoje, com esse homem que é um baú de sabedoria, inclusive, mesmo que ele não admita e não queira ser assim chamado – devido à sua humildade como pessoa – ele é um inventor. Em sua morada vemos algumas engenhocas feitas de material de sucata, mas de significativa funcionalidade. Ele também é um luthier, pois fabrica um tipo de instrumento musical cujo nome me foge da memória no momento. Em sua casa há uns cinco desse instrumento, dom esse que se harmoniza com a sua verve musical, inclusive ele estuda música e faz parte de um coral de canto popular. Sua residência, hoje, é na rua Sergipe, nº 150, bairro Rosa dos Ventos. Ali, ao lado da esposa, ele esquece do mundo, abraçado por um quintal perfumado de plantas ornamentais e frutíferas, galinhas e cachorros. É o seu paraíso. O sr. Calixtro é um livro repleto de conhecimentos e sabedoria, inclusive ele tem uma verve poética e faz cordéis. É um homem que, antes de morrermos, precisamos conhecê-lo... Natal, 9.5.24 – 02h00.
sábado, 4 de maio de 2024
MUDAR O TÚMULO DE NÍSIA FLORESTA DE LUGAR?
Reconstituição da chegada dos despojos de Nísia Floresta (Projeto que fiz em 2002) |
Túmulo de Nísia Floresta em 2002, quando ainda não era tão sufocado por construções |
Túmulo de Nísia Floresta em 2002, quando ainda não era tão sufocado por outras construções. |
Folder de uma conferência sobre Nísia Floresta que organizei em 2000, ocasião em que Diógenes da Cunha Lima foi um dos palestrantes. |
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terça-feira, 30 de abril de 2024
Governadora Fátima Bezerra anunciou que nos próximos dias será oficializado o tombamento da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Ó
Governadora Fátima Bezerra anunciou que nos próximos dias será oficializado o tombamento da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Ó
A governadora Fátima Bezerra acompanhou as comemorações dos 60 anos de lançamento da Campanha da Fraternidade, na tarde do sábado (27). (Escrito pelo jornalista José Alves - Jornal O Alerta - 29 de abril de 2024)
A governadora Fátima Bezerra acompanhou as comemorações dos 60 anos de lançamento da Campanha da Fraternidade, na tarde do sábado (27). Ela embarcou no “Trem da Fraternidade e da Esperança”, que lotou de fiéis os vagões do VLT desde a estação da CBTU, na Ribeira, até o desembarque na última estação no município de Nísia Floresta, de onde a governadora acompanhou a procissão a pé, ao lado do arcebispo metropolitano de Natal, Dom João Santos Cardoso e do pároco local Cláudio Luís.
Na ocasião, Fátima anunciou que nos próximos dias será oficializado o tombamento da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Ó, que começou a ser construída em 1703, quando a então Freguesia era chamada de Papary, e concluída 52 anos depois, em 1755.
A solicitado de tombamento foi feita pelo professor pesquisador Luís Carlos Freire, que desde a década de 90 luta em prol da preservação das características originais da Matriz de Nossa Senhora do Ó. O professor fez a solicitação do tombamento da matriz em 2023, junto ao Conselho Estadual de Cultura, conforme documentação ali protocolada.
“Reitero aqui a importância do tombamento dessa igreja. Na hora que a gente consignar isso, nós estamos garantindo a preservação desse patrimônio arquitetônico, cultural, religioso”, destacou Fátima Bezerra.
“É um dos altares mais bonitos do Rio Grande do Norte”, concluiu à governadora.
“Que a gente nunca deixe ela morrer. Muito pelo contrário, a Campanha da Fraternidade precisa seguir exatamente o seu curso, o seu caminho, mobilizando a juventude, as crianças, homens e mulheres por um mundo de paz, um mundo de justiça social para todos e para todas”, ressaltou Fátima Bezerra.
sábado, 27 de abril de 2024
Igreja Matriz de Nísia Floresta, enfim será tombada pelo IPHAN...
Madeira preta colocada onde havia a plenitude do branco, inclusive belíssimos adornos em alto e baixo relevos, dentro da proposta barroca, mas que agora trazem essa visão bizarra. |
Imagem de Nossa Senhora do Ó, com o nariz e dedos quebrados, e vê-se o anjo do lado esquerdo partido ao meio por descuido do referido. |
Parte de trás de uma imagem, permitindo ver as rachaduras por ter sido mal guardada durante a reforma. |
domingo, 21 de abril de 2024
ACTA NOTURNA – DÉCADA DE 40 - NATAL/RN: EMBARQUE DOS NORTE-AMERICANOS MORTOS DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL...