Há pessoas que só valorizam o que é dos outros. Só é bom e bonito o que está nos outros, a roupa, a casa, até mesmo os filhos. Não há elogio para os próprios filhos, mas há elogios para os filhos alheios. Essas pessoas normalmente se impactam com o novo como uma anunciação divina. “Síndrome de vira lata” é a frase cunhada por Nelson Rodrigues para traduzir esse comportamento. Ele, sempre frio em suas colocações, mas verdadeiro, real. Meu pai dizia que “a ignorância é um câncer”, pois em seu tempo era a pior doença do mundo. Hoje eu diria que a ignorância é pior que todas as doenças do mundo.
Dia desses assisti a um programa em que um casal era entrevistado e fazia elogios rasgados a uma escola estadual que se tornou militarizada, cujo filho deles estava matriculado. A esposa e o marido endeusavam a mudança. A palavra de ordem era “disciplina”, “respeito”, eles elogiavam até a farda das crianças como se elas estivessem vestidas com algo que as blindasse de todos os males do planeta.
Dia desses assisti a um programa em que um casal era entrevistado e fazia elogios rasgados a uma escola estadual que se tornou militarizada, cujo filho deles estava matriculado. A esposa e o marido endeusavam a mudança. A palavra de ordem era “disciplina”, “respeito”, eles elogiavam até a farda das crianças como se elas estivessem vestidas com algo que as blindasse de todos os males do planeta.
Não vi preocupação com o conhecimento e com a qualidade da educação. O casal estava profundamente satisfeito e impactado pela nova imagem dos filhos que, antes, trajavam calça jeans e camiseta branca, e que agora estavam parecidos com militares dado àqueles acessórios todos. Parecia que aquela aparência bastava para eles. Fiquei perplexo com aquilo, e mais perplexo quando a mãe da adolescente disse que era uma professora civil. Para mim ela assinava a sua incompetência naquela atitude.
Nada contra os militares, principalmente os poucos que demonstram um comportamento realmente civilizado - que são poucos -, mas o lugar deles não é na escola civil. Essa nova postura do Governo Federal de militarizar as escolas é uma forma de dizer que a escola civil não funciona. É uma forma de humilhar o professor civil, portanto o professor que concorda com isso se auto-define como incompetente. A última pessoa a aceitar essa mentira deve ser o professor, aliás, jamais um professor deve assim fazê-lo. O Governo quer passar a ideia absurda e equivocada dizendo que os professores fracassaram e agora chegaram os militares para "salvar" o Brasil. E isso não é verdade.
Nada contra os militares, principalmente os poucos que demonstram um comportamento realmente civilizado - que são poucos -, mas o lugar deles não é na escola civil. Essa nova postura do Governo Federal de militarizar as escolas é uma forma de dizer que a escola civil não funciona. É uma forma de humilhar o professor civil, portanto o professor que concorda com isso se auto-define como incompetente. A última pessoa a aceitar essa mentira deve ser o professor, aliás, jamais um professor deve assim fazê-lo. O Governo quer passar a ideia absurda e equivocada dizendo que os professores fracassaram e agora chegaram os militares para "salvar" o Brasil. E isso não é verdade.
O Governo não quer investir nas escolas civis para deixá-las fracas, e quer investir pesado nas escolas militarizadas para fortalecê-las, para justamente dar a impressão de que o militarismo é uma solução para o Brasil, e que os professores civis são incompetentes. Só mesmo um idiota cai nessa.
A trama militar é sustentar a tese de que a solução para o Brasil está nos militares. Eles amarguraram décadas ensaiando tomar o poder, e o conseguiram mediante ao golpe feito à Dilma, agora se valerão de tudo - até de armas - para não largar o poder. Duro e vergonhoso é ver alguns professores aceitando isso. Ainda bem que é uma minoria. Justamente essa minoria com a Síndrome de vira latas.
Espero dos educadores e do povo brasileiro a resistência e a resiliência. Os ignorantes que estão dando cartaz para essa tática do presidente da república, ao invés de cederem, deveriam ser resilientes e lutarem para uma escola civil de qualidade, ao invés de aplaudir essa estupidez.
A trama militar é sustentar a tese de que a solução para o Brasil está nos militares. Eles amarguraram décadas ensaiando tomar o poder, e o conseguiram mediante ao golpe feito à Dilma, agora se valerão de tudo - até de armas - para não largar o poder. Duro e vergonhoso é ver alguns professores aceitando isso. Ainda bem que é uma minoria. Justamente essa minoria com a Síndrome de vira latas.
Espero dos educadores e do povo brasileiro a resistência e a resiliência. Os ignorantes que estão dando cartaz para essa tática do presidente da república, ao invés de cederem, deveriam ser resilientes e lutarem para uma escola civil de qualidade, ao invés de aplaudir essa estupidez.
Jamais a escola militarizada terá o mesmo nível de cidadania, de politização, de formação completa da juventude que a escola civil garante. A educação militar é limitada. Não valoriza diversas áreas do conhecimento. Áreas que levam os jovens ao pensar político, como: filosofia, antropologia, artes e sociologia. Elas são fundamentais para a formação de todo homem.
Tomem cuidado com essa aparência militar. Reveja os seus conceitos sobre o que de fato é disciplina, respeito e educação de qualidade, pois esse reluzir não é ouro, é apenas uma parte bem pequena de uma grande trama que levará o Brasil a uma desigualdade terrível.
Valorize os professores, valorize a escola civil. Não se deixem enganar pela aparência dos soldadinhos de chumbo que inocentemente serão os homens e mulheres do futuro, mas com cérebros limitados. O uniforme civil é lindo, embora não é isso que importa. O que importa é o devido investimento nas escolas, do ensino infantil ao médio, e a aplicação do conhecimento em toda a sua plenitude, sem limitar disciplinas, nem proibir tipos de cabelos, tipos de roupas, tipos de comportamentos etc.
O militarismo pretende formar uma nação fraca, à mercê dos poderosos. O que esse governo quer é que o seu filho seja sempre o empregado, jamais o patrão. Quer babões, lambe botas, puxa sacos, ao invés de homens e mulheres realmente esclarecidos e visionários, que fomentem uma nação plural, sem preconceito, sem tabus e estigmas.
Lugar de militar é nos quartéis, pelotões e nas Forças Armadas. O pior cego é aquele que vê fingindo que não vê.
Tomem cuidado com essa aparência militar. Reveja os seus conceitos sobre o que de fato é disciplina, respeito e educação de qualidade, pois esse reluzir não é ouro, é apenas uma parte bem pequena de uma grande trama que levará o Brasil a uma desigualdade terrível.
Valorize os professores, valorize a escola civil. Não se deixem enganar pela aparência dos soldadinhos de chumbo que inocentemente serão os homens e mulheres do futuro, mas com cérebros limitados. O uniforme civil é lindo, embora não é isso que importa. O que importa é o devido investimento nas escolas, do ensino infantil ao médio, e a aplicação do conhecimento em toda a sua plenitude, sem limitar disciplinas, nem proibir tipos de cabelos, tipos de roupas, tipos de comportamentos etc.
O militarismo pretende formar uma nação fraca, à mercê dos poderosos. O que esse governo quer é que o seu filho seja sempre o empregado, jamais o patrão. Quer babões, lambe botas, puxa sacos, ao invés de homens e mulheres realmente esclarecidos e visionários, que fomentem uma nação plural, sem preconceito, sem tabus e estigmas.
Lugar de militar é nos quartéis, pelotões e nas Forças Armadas. O pior cego é aquele que vê fingindo que não vê.
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