Nota de
falecimento em memória de Papari
Ontem
partiu a Irmã Irani, uma das famosas "Irmãs Vigárias" que chegaram à
Papari em 1962 para proporcionar ao povo daquela pacata localidade, uma das
mais belas experiências já ocorridas no Brasil. Elas foram pioneiras,
vergônteas da Campanha da fraternidade. Na sombra dessa mangueira germinou um
projeto que vive até hoje, tal qual a própria árvore. E vive forte, sério,
verdadeiro, pés no chão.
Foi no
acanhado e bucólico povoado de Timbó onde o primeiro gesto concreto da campanha
da Fraternidade aconteceu. Não há nisiaflorestense que não fale dessa
experiência com amor e saudade. Elas fizeram a diferença porque tinham
comprometimento com os pobres. Não eram religiosas preocupadas com carros de
luxo, perfumes franceses, comidas requintadas, roupas de grife, smartphone 10
(nem existia) etc.
Comiam
voador com macaxeira, batata-doce com arenque, camarão com fruta-pão (o
crustáceo existia em abundância à época), enfim se integravam aos pobres,
com os oprimidos e com todos os que encontraram na velha Floresta. Eram as 'Missionárias de Jesus Crucificado', ordem religiosa criada em Campinas, em 1929,
por D. Carlos Barreto, inclusive sua morte deu-se nesse município paulista,
ontem de manhã. À ocasião da vinda dessas freiras, receberam do Vaticano autorização para executar as
mesmas tarefas atribuídas aos sacerdotes. Algumas pessoas, mais antigas, fiaram
perplexas (vejam só o empoderamento feminino! Já contam 56 anos).
Fica para
todos nós essa história, cuja essência deve ser resgatada em muitos que seguem essa missão. E de igual modo, nós. Elas foram exemplos de mulheres fortes, que se
comprometeram a viver plenamente o amor ao ser humano. Que pena! Que falta
fazem religiosos tão ‘pés no chão’.
OBS. Não tive tempo de revirar meus acervos para procurar outras imagens com a Ir. Irany.
OBS. Não tive tempo de revirar meus acervos para procurar outras imagens com a Ir. Irany.
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