D. Raimunda em 2004 (Fotografia de Newton Bruno) |
Os moços que vêm de Cuba
Que vão pra praia pra namorar
Sou eu alma resguardada
Tenho vergonha de me amostrar
Eu não vou pras conversas
Daqueles falsos galãos (galãs)
No fim de tudo eles querem
É pã, rã, pã, pã, ninguém é besta não.
Ah, negro, move a cintura
Ah, negro chegue para cá!
Deixa-me sentir meu negrinho santo
Toda a sua formosura
Ah, veja, que não pode mais.
Um dia um moço bonito
Tava querendo me namorar
Falou nos meus ouvidos segredos
Que eu não vou revelar
Eu não vou pras conversas
Daqueles falsos galãos (galãs)
No fim de tudo eles querem
É pã, rã, pã, pã, pã, pã
Ah, negro, move a cintura
Ah, negro chegue para cá!
Deixa-me sentir meu negrinho santo
Toda a sua saborosura
Ah, veja, que não pode mais.
As moças que vão na de Cuba
Que vão pra praia toda manhã
Vestindo roupinha curta
E passeando de catamarã
Não sabem da missa um terço
E do celebro que vão encontrar
No fim de tudo elas querem
É pã, rã, pã, pã, pã, pã...
Ah, negro, move a cintura
Ah, negro chegue para cá!
Deixa-me sentir meu negrinho santo
Toda a sua saborosura
Ah, veja, que não pode mais.
De todos negros do Porto
Existe um que é bem bonitão
O cabra é conversador,
Tem lábia pra um mihão
Eu não vou pras conversas
Desses falsos galãos (galãs)
No fim de tudo eles querem
É pã, rã, pã, pã, ninguém é besta não. (bis)
Ah, negro, move a cintura
Ah, negro chegue para cá! (Bis)
Deixa-me sentir meu negrinho santo
Toda a sua saborosura
Ah, veja, que não pode mais.
Ontem um mulatinho
Tava querendo me ca que cá,
Me disse: cabocla santa,
Quero ser o seu papai
Fomos ao seu apartamento
E onde se leva, se dá
Fiquei sozinha e pã, rã, pã, pã…
Ah, negro, move a cintura
Ah, negro chegue para cá! (Bis)
Deixa-me sentir meu negrinho santo
Toda a sua saborosura
Ah, veja, que não pode mais…
De todos os negros do Porto
Ele é o único que fala inglês
Ele sabe dizer gachimonha
E eu com pressa respondo yes
Todos os americanos
Dizem que vivem a turistar
Mas ao verem o Porto
Pã, rã, pã, pã…
Ai, negro, move a cintura.
Ai negro, se jogue para cá
Deixe-me sentir meu negrinho santo
Toda sua saborosura
Ai, veja, que não posso mais
De todos os negros do Porto
Existe um que é o mais gostosão
Que anda lá pelo cais
As negras ficam loucas
Por minha cintura em forma de flan
Por que dizem que eu tenho
Paranpanpan-pan-pan
Ai negro, move a cintura
Ai negro, se jogue pra cá
Deixa-me sentir meu negrinho santo
Toda sua saborosura
Ai, olhe, que não posso mais...
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Nas minhas garimpagens folclóricas, encontrei esse tesouro na comunidade do Porto (Nísia Floresta) em 1992. Era cantado pela Srª Raimunda, que fazia dupla com a Srª Salete em outros dramas. A história completa pode ser lida neste mesmo blogue. É só ir na lupa e escrever PIRÃO BEM MOLE que a página abre.
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