Ontem contemplei o velho cais...
Uma embarcação singrava o Potengi em silêncio de oração.
Veio-me lembranças das chalanas do rio Paraguai.
Eventualmente me insiro nesse cenário abandonado em aparências...
Já desfrutei tardes inteiras aprendendo o vocabulário do mar,
Prosas deliciosas com pescadores.
Mestres que só vendo para crer.
Impossível traduzi-los em palavras.
A relação desses homens com o mar é indescritível.
Passam o dia vestidos de sal.
Traje fixo.
As águas salgadas escorreram raízes em seus poros, fincando suas vidas no mar...
É casamento por amor.
Ouvi-los palpitava-me Hemingway.
Senti o cheiro d’O Velho e o Mar.
Relação abnegada, paixão desmedida pela marina.
O Marlin foi mera desculpa para encantar-nos de mar.
Li naquelas letras de água, naqueles homens marinhos, histórias dos trabalhadores do mar:
São pais, avós, tios, irmãos, cunhados, genros, amigos... homens...
Homens do mar...
Como é mágica e gigante a vida dos pescadores do Porto da Ribeira!
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Outubro/2018
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