Memória de São José de Mipibu - A frase latina no umbral da igreja matriz de Sant'ana e São Joaquim...
A frase acima, em latim, significa "Nós próprios somos a casa de Deus". Ela está no base do coro da Igreja Matriz de Santana e São Joaquim, em São José de Mipibu/RN. É óbvio que a maioria do povo sabe essa tradução, mas fica aqui para quem desconhece. A igreja Católica prestigia muito o latim. Originalmente os cultos católicos eram celebrados nesse idiona, a língua-mãe da língua portuguesa e de diversas outras. Os livros católicos eram todos nesse idioma, portanto não poderia ser diferente que placas comemorativas, túmulos de religiosos, letreiros no interior dos templos também fossem nessa língua.
O latim, hoje, é usado mais na Igreja Católica, embora acanhadamente se comparado ao passado. Não é à toa que muitos documentos publicados pelo Vaticano trazem o título em latim. Mas alguns padres intelectuais tanto falam quanto escrevem nessa língua. Outros, estudam o essencial para a interpretação de breves citações nessa língua, feitas por certos documentos da igreja. No Rio Grande do Norte um dos maiores latinistas é o padre José Mário, também exorcista. Por falar em latinidade, na Igreja do Rosário dos Pretos, no Bairro Cidade Alta, em Natal, ocorrem missas em latim todo domingo, pela manhã. A linguagem acadêmica também conserva diversas expressões e vocábulos nessa língua, por exemplo "essa medida é sine qua non", ou seja, indispensável/essencial, dentre tantas outras.
O universo do Direito também se serve muito do latim. Recentemente o Abrigo Anízia Pessoa mandou instalar em suas dependências um Narco de Memória pelos 40 anos de fundação da instituição, feito numa placa de bronze, sob os cuidados da Ir. Iva Guedes - idp. O marco traz uma citação em latim, em conformidade com essa tradição católica. A valorização do latim, por mais que pareça antiquado, é fundamental, pois como entenderemos a nossa própria língua se o desconhecemos totalmente? É bom que o conheçamos, mesmo que pouco. OBS. As fotografias exteriores são de Jose Amauri Freire , registradas quando o templo era revestido de azulejo de banheiro. A imagem interna é de Otávio Carvalho.
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