Em 1995 escrevi um opúsculo intitulado “O Encontro de Nísia Floresta com Câmara Cascudo”. À época, mostrei apenas para a amiga Zelma Bezerra Furtado de Medeiros, presidente da Academia Feminina de Letras, que fez a apreciação e revisão. Organizei tudo para publicar, mexi no texto em 1997, mas… com a síndrome de Manoel de Barros, guardei na gaveta e lá se vão 28 anos´com esse e inúmeros estudos engavetados…
Hoje tive o gosto de apreciar um recorte teatral, assinado pela amiga Udymar Pessoa (pedagoga e pesquisadora) em parceria com a policial militar e historiadora, Célia Melo. Fiquei impressionado como nós, que pesquisamos, viajamos, e essas viagens se parecem mesmo nas diferenças. Digo isso porque, assistindo ao diálogo (imáginário) entre Auta de Souza - interpretada por Célia Melo - e Nísia Floresta - interpretada por Udymar Pessoa, vi ali Câmara Cascudo num delicioso diálogo com Nísia Floresta.
Hoje tive o gosto de apreciar um recorte teatral, assinado pela amiga Udymar Pessoa (pedagoga e pesquisadora) em parceria com a policial militar e historiadora, Célia Melo. Fiquei impressionado como nós, que pesquisamos, viajamos, e essas viagens se parecem mesmo nas diferenças. Digo isso porque, assistindo ao diálogo (imáginário) entre Auta de Souza - interpretada por Célia Melo - e Nísia Floresta - interpretada por Udymar Pessoa, vi ali Câmara Cascudo num delicioso diálogo com Nísia Floresta.
Udymar Pessoa interpretando Nísia Floresta em "Notáveis do RN, um encontro histórico" |
Lembro-me que eu havia trazido Ana Cascudo para Nísia Floresta, num seminário que organizei (e outras personalidades também), então perguntei para Ana como eram os olhos de Câmara Cascudo, pois estava escrevendo um texto (expliquei que era um diálogo entre o pai dela e Nísia Floresta). Ana Cascudo ficou maravilhada. Nunca me esqueço a forma amorosa, pautada de admiração, como ela descreveu os olhos de Câmara Cascudo… Foi inesquecível…
Achei tão interessante que no outro dia liguei para ela com o objetivo de copiar literalmente a forma como ela descreveu os olhos do pai. Então coloquei no início do texto “o verde claro dos seus luminosos olhos”...
Eis que hoje, apreciando esse belo trabalho de Udymar e Célia, acordou essa obra de quase trinta anos… E por falar nessas semelhanças tão comuns no mundo intelectual, o próprio Câmara Cascudo é autor de uma obra em que ele dá vida a várias personalidade da História Universal e os coloca como protagonistas de deliciosas conversas, presenteando o leitor da mesma forma como Udymar e Célia o fizeram, hoje. Parabéns!
Viva a cultura! Viva Nísia Floresta, Auta de Souza e Câmara Cascudo…
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