TUBAÍNA? DE ONDE VEIO ESSA?
Dia desses lembrei-me da Tubaína, voei longe... caí nos rincões de minha infância, lá pelos recônditos do Mato Grosso do Sul. Minhas memórias se adocicaram dessa bebida dos deuses. Minha meninice adocicou-se desse mel primoroso, chama de criança. Bar que tivesse Tubaína era pólen para nossos instintos abelhudos. Quem conheceu a Tubaína, guarda, intacto, o seu sabor. Falo de um tempo que eu carregava doze anos de idade. Endeusar um refrigerante hoje soa estranho, mas me refiro a uma época totalmente diferente da atualidade, em que as iguarias e guloseimas eram escassas. Cidade do interior sem grandes ofertas desses manjares infantis. Não existiam tantas marcas de refrigerantes. A Tubaína reinava. Desse modo, a Tubaína era sonho de consumo. Qual criança não queria Tubaína? Nenhuma! Tubaína de garrafa, talqualmente as garrafas pecaminosas "Tatuzinho" própria para os adultos. Que menino da minha época não comprou Tubaína na mercearia do Sr. Augusto Kono? Inesquecível! Mas o menino cresceu e viajou para a terra da Dore, no Rio Grande do Norte. Aqui não existia o delicioso refrigério da infância. Encontrei, "uma vez perdida", no Carrefour, e, outra, no Atacadão. Isso já pelos idos de 97. Mas ela se apresentava diferente. Roupa nova. Frasco PET. Gostosa... Como tudo que vem em plástico, trazia um gosto em apêndice. Gosto diferente que não traduzia a sua essência. A do vidro era incomparável, hermeticamente fechada com tampinha metálica. Até a tampinha cheirava durante dias. Cheiro delicioso, cheiro de Tubaína, cheiro de alimento de criança... Tubaína é um refrigerante antigo, inventado pela empresa FUNADA, de Presidente Prudente, riquíssima cidade do Oeste Paulista. É um guaraná diferenciado. Único. A bebida era vendida para todo o interior de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. Vendia como banana em feira. Festa de aniversário e casamento eram regados à Tubaína. Inesquecível esse tempo! Ultimamente tenho encontrado a Tubaína por aqui. Vi no Nordestão. É da empresa Dore. Com todo o respeito e sem empáfia... terrível! Um simulacro! Quando vou ao Mato Grosso do Sul me farto da bebida. Quando vem alguém para cá e pergunta se quero alguma coisa, digo, na lata: "Tubaína Funada". E se a pessoa me for bem familiar, complemento: "E traga tererê também!”... “se não for pedir muito, traga pequi!” Mas essa... essa é outra história!
Dia desses lembrei-me da Tubaína, voei longe... caí nos rincões de minha infância, lá pelos recônditos do Mato Grosso do Sul. Minhas memórias se adocicaram dessa bebida dos deuses. Minha meninice adocicou-se desse mel primoroso, chama de criança. Bar que tivesse Tubaína era pólen para nossos instintos abelhudos. Quem conheceu a Tubaína, guarda, intacto, o seu sabor. Falo de um tempo que eu carregava doze anos de idade. Endeusar um refrigerante hoje soa estranho, mas me refiro a uma época totalmente diferente da atualidade, em que as iguarias e guloseimas eram escassas. Cidade do interior sem grandes ofertas desses manjares infantis. Não existiam tantas marcas de refrigerantes. A Tubaína reinava. Desse modo, a Tubaína era sonho de consumo. Qual criança não queria Tubaína? Nenhuma! Tubaína de garrafa, talqualmente as garrafas pecaminosas "Tatuzinho" própria para os adultos. Que menino da minha época não comprou Tubaína na mercearia do Sr. Augusto Kono? Inesquecível! Mas o menino cresceu e viajou para a terra da Dore, no Rio Grande do Norte. Aqui não existia o delicioso refrigério da infância. Encontrei, "uma vez perdida", no Carrefour, e, outra, no Atacadão. Isso já pelos idos de 97. Mas ela se apresentava diferente. Roupa nova. Frasco PET. Gostosa... Como tudo que vem em plástico, trazia um gosto em apêndice. Gosto diferente que não traduzia a sua essência. A do vidro era incomparável, hermeticamente fechada com tampinha metálica. Até a tampinha cheirava durante dias. Cheiro delicioso, cheiro de Tubaína, cheiro de alimento de criança... Tubaína é um refrigerante antigo, inventado pela empresa FUNADA, de Presidente Prudente, riquíssima cidade do Oeste Paulista. É um guaraná diferenciado. Único. A bebida era vendida para todo o interior de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. Vendia como banana em feira. Festa de aniversário e casamento eram regados à Tubaína. Inesquecível esse tempo! Ultimamente tenho encontrado a Tubaína por aqui. Vi no Nordestão. É da empresa Dore. Com todo o respeito e sem empáfia... terrível! Um simulacro! Quando vou ao Mato Grosso do Sul me farto da bebida. Quando vem alguém para cá e pergunta se quero alguma coisa, digo, na lata: "Tubaína Funada". E se a pessoa me for bem familiar, complemento: "E traga tererê também!”... “se não for pedir muito, traga pequi!” Mas essa... essa é outra história!
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