Maria das Dores Monteiro de Sousa é o nome dessa bela moça da fotografia registrada em 1934. Hoje ela tem 99 anos e encontra-se acamada, embora lúcida. Passei muitos anos procurando saber se existia na região algum familiar de Antonio de Souza, escritor e ex-governador do Rio Grande do Norte. mas sempre foi em vão. Em 2014, Alysgardênia conheceu - por intermédios das coisas da igreja católica - uma vizinha nossa, aqui no centro de Natal e, tendo falado casualmente sobre o município de Nísia Floresta, a história veio à tona. "É a terra do meu marido!", disse ela.
Quando Alysgardênia me falou desse encontro, confesso que não acreditei a princípio. Foi um encontro providencial. Dona Maria das Dores ficou ansiosa para me conhecer. Acabei registrando páginas históricas que teriam se perdido,e herdando um material fotográfico inédito e alguns souveniers que pertenceram ao ex-governador.
Recentemente emprestei parte do acervo para o escritor Manoel Onofre Jr. tendo em vista o seu livro que se encontra pronto desde o mês passado, e será lancado após a Pandemia. Quando um dia Papary tiver um local adequado farei a doação, afinal essa história é de todos.
Dr Antônio de Sousa também usava o pseudônimo Policarpo Feytosa. Ele é mais conhecido em São Paulo que em sua terra natal. Em 1998 recebi em casa um dos maiores estudiosos da sua obra, Dr Erich Gemeinder, da USP. Essas experiências me foram de grande significado.
Na verdade, embora esperança nunca morre, eu não tinha mais uma luz que me guiasse a uma pista sobre os familiares desse intelectual, já que se trata de um personagem do século retrasado, e que não teve filhos e que seus irmãos não tiveram famílias numerosas. As irmãs dele, inclusive morreram solteironas. Esse acontecimento com dona Maria foi uma das páginas mais interessantes da minha vida. (Escrito em 2020).
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