Salvador...
Dali derretia relógios ao calor emocional de seus pincéis.
Vivia coisentortando e fantasticando telas...
O mundo surrealizava-se com o seu despintar.
Ele desintegrava a concretude,
Traduzia sonhos na linguagem dos pigmentos,
Tintava fantasias,
Interpretava irrealidades, matizando-as reais...
Suas cores oníricas interpretavam emoção às obras de arte.
Dali inspirou que é possível derreter palavras…
Amolecer gramáticas…
Pintalgá-las ao feitio surreal,
Escorrê-las escorreitas a lápis,
Garatujar semânticas…
Divagar devagar...
Dali criava neologismos na versão tinta...
Colorizava os sentimentos.
As obras enlouquecidas de Dali estão para as telas como as sintaxes tortas estão para a poesia,
Mesmo se descompreendendo, confundem...
Causam pânico mental,
Divagam emoções de sonhos.
Os relógios desmanchados de Dali
São as sintaxes oblíquas Daqui.
Desintegram verbos para desvocabulizar,
Confabular imaginações...
Dali teve o prodígio de espremer o arco-íris,
Espirrando sonhos lexicais
Sobre quiméricas pranchetas...
Dali ensinou a pintar despintando,
Portanto, escrevo desescrevendo…
Botando insanidade nas palavras...
Salvador dali, daqui, dacolá
Salvemos o mundo poesiando... surrealizando...
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