Queria
que a minha existência se significasse em asas.
Que eu pudesse voar
desaparecendo em sonhos,
divagando em horizontes abençoados de
infância.
Queria a consistência da fantasia funcionando para Céu, de maneira que eu flutuasse como figuras de Chagall.
Queria que
todos os meus compromissos estivessem acima das árvores, permitindo-me
trespassar as coisas, dentro dos meus deslimites, de maneira que tudo evolasse imaginação, tudo evolasse insânia.
Queria dançar nos quadros de Van Gogh, no ritmo de suas pinceladas.
Presumo que o
moto de viajar esses desconformes, é se desconformar da normalidade do
lugar comum.
É necessário curar-se da normalidade e adoecer-se.
Doente,
adoeceria as coisas e tudo se obteria nessa aparente loucura, inclusive
os infinitos do mundo real e do mundo verbal.
Creio que devo começar
esse fascínio me transcendendo em natureza.
Primeiro em árvores, pois
elas são poesias que despencaram do Céu, caíram dos alfarrábios de Deus e
se plantaram nos alguns de mim.
Muitas vezes alucino-me de árvore,
divago de bicho silvestre divinizado de águas, molhado de ventos,
esturrado de floresta.
Pretendo seguir tinguijando as normalidades
ameaçadoras dessa doença.
Ser uma viagem infinita de naturezas, por isso
tenho parte com a terra.
Já avisei que quando chegar ao final não me
guardassem numa caixa, mas numa Kya.
Não quero sujar o solo.
Quero desaparecer
aparecendo no formato de tudo o que me significou...
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