POEMA: PANTANAL...
Há no Pantanal um aperfeiçoamento a Éden,
Ali tudo está divinizado ao silêncio,
Um silêncio em eternidades de sons.
Sussuros de vento, de águas,
Esturros... trinados...
Estar nele é abençoar-se em oração,
É uma contrição entoada de matas.
Ali nos dissipamos em Pantanal,
E, mimetizados, nos tornamos pássaros...
Somos elevados à árvores,
Em água nos derramamos,
Em onças somos...
O Pantanal cresce para a morte num infindável ciclo de vidas...
É berço comparecido com eternidades,
Cenário que se elevou a Paraíso.
Quando estou Pantanal,
Aconteço-me de sensações extraordinárias...
São momentos absortos de selvas,
Meu eu epidermado de bichos, bugres e espíritos mateiros.
Cresci abençoado a ser mato,
Destinado à sina do bichos
Não funciono para cidades.
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