ANTES DE LER É BOM SABER...
quarta-feira, 30 de março de 2022
Samaritana da Ribeira...
ACTA NOTURNA - 26.3.2022 - CORETOS DE NATAL: AS AUTORIDADES TÊM O DEVER MORAL DE DEVOLVÊ-LOS AO POVO
Morte de idosos durante a pandemia: um rombo na História e no coração do Brasil...
segunda-feira, 21 de março de 2022
Deus e a Justiça castigam?
É muito comum ouvir alguém dizer “Deus castiga”.
Diante de terremotos, cheias, tsunamis e outras catástrofes, muitos sentenciam: “é castigo de Deus!
Já ouvi alguém dizendo num velório “foi castigo de Deus porque os pais do falecido fizeram muita coisa errada”.
Certa vez ouvi um senhor sentenciando sobre uma pessoa deficiente “isso deve ser tão ruim que Deus o fez aleijado”.
Se Deus é amor e perdoa até mesmo um criminoso que se prostra diante Dele e lhe pede perdão, se Deus perdoa um serial killer que, de acordo com entendimentos religiosos, estará salvo se se arrepender em vida, por que Deus castiga as pessoas com catástrofes e outras formas tão ruins?
Por que às vezes morre uma pessoa tão boa, que faz tantos benefícios a uma nação, um povoado, uma cidade, mas deixa viva uma pessoa má e perversa, que continuará fazendo muitas desgraças onde vive?
Por que, de acordo com maldições e pragas, gerações e gerações sofrerão os piores males se nada fizeram de mal?
Por que as pessoas boas, honestas, éticas são castigadas por Deus, passando pelas piores experiências, mas as falsas, que se escondem atrás de igrejas, de profissões e outras capas sequer são castigadas?
Deus, em sendo amor, por que castiga?
Pode o próprio Amor castigar?
Por que tantos falam na ira de Deus?
Pode Deus sentir ira?
Por que Deus permitiu que matassem todos os bebês de uma cidade inteira quando tentaram matar o Jesus-Bebê?
Por que Deus permitiu que morressem tantos inocentes quando o mar se fechou?
Por que Deus permite tantas mortes e sofrimentos na Ucrânia?
É explicável entender Deus como um Ser que castiga?
Castigo é punição.
Ao que parece, o castigo é uma consequência natural dos atos humanos, e não uma intervenção sobrenatural vingativa, punitiva...
Ao que parece, castigo é uma resposta natural, consequência das ações humanas, e não a ação de Deus.
Deus parece a expressão unicamente do bem.
Deus parece o amor, parece exalar o amor, parece externar o amor...
De Deus parece não se esperar castigo ou atribuir culpa por ações entendidas como castigo, irá, vingança...
Ao que parece, esses entendimentos reflete a tradução literal, tradução mal feita das linguagens antigas.
Ao que parece, essas interpretações são o que chamam de “interpretar ao pé da letra”.
Castigo - no aspecto religioso - é a consequência de atos praticados em desconformidade com os ensinamentos do que chamam de Deus.
É exatamente igual às leis humanas: se matou irá para o presídio e responderá perante a Justiça.
Isso é o castigo que o pecador/errante moveu contra si próprio, pois se tivesse agido conforme os ensinamentos do que falam “de Deus” e da Justiça comum, jamais teria sofrido qualquer castigo divino ou judicial.
A cidade que desapareceu sob a lama de um temporal sofreu a consequência das matas que dali foram derrubadas, das estradas que cortaram os barrancos, do rio que foi desviado, do lixo que entupiu as ‘bocas de lobo’, enfim o castigo não é sobrenatural, mas humano; veio das mãos dos próprios homens.
O homem se castiga a cada minuto.
Se o pai orienta que o filho não deve mexer naquele botão porque provocará curto-circuito e apagará a luz, mas o filho desrespeita e deixa todo mundo no escuro, a reação de sua atitude foi provocada por ele.
Ele será castigado pelo pai.
Ele buscou o castigo.
Mas os outros também devem pagar e sofrer castigos pelos atos/crimes/pecados dos outros?
Por que os outros, que nada de mal fizeram, também ficaram no escuro?
Uma pessoa sozinha pode prejudicar um grupo inteiro quando comete um erro.
No entendimento religioso, Deus mostra os caminhos do bem e do mal.
Deus aponta os rumos a serem seguidos ou desviados. Alerta sobre atalhos que desviam do bem. Deixa clara a estrada que deve ser percorrida para ser feliz.
As leis da Terra (a Justiça) fazem o mesmo.
Se o homem seguir o caminho do erro é óbvio que sofrerá consequências ruins.
Esse é o castigo. E esse castigo não é uma praga, não é maldade causada por Deus nem pela Justiça humana.
Esse castigo é a reação do caminho errado que foi escolhido para ser trilhado.
Ninguém deve culpar Deus. Ninguém deve culpar a Justiça.
Deus não castiga. A justiça não castiga.
O homem busca o castigo…
O homem se castiga.
O homem é o responsável.
Pantanal
PANTANAL
No Pantanal nos confundimos com as águas, com as matas, com os céus, com nossos espectros e sombras...
Somos pássaros, somos voos, somos bichos, somos deslimites, somos homens...
sexta-feira, 18 de março de 2022
Uma guerra de muitas faces e muitos culpados...
terça-feira, 15 de março de 2022
SENTIMENTO POÉTICO...
Quando eu era ainda mais criança,
Praticava os meus pensos tortos que só!
Pensava que poesia só existia agarrada aos livros.
Que poesia legislava estar escrita.
Gastei infância inocentando que poetas eram quais artistas de televisão,
Seres inatingíveis, importantes que estavam com lápis e papel.
Matutava-os ocupados em lugares longínquos e insabidos.
Entortadamente, lesava que eles se resguardavam hibernando inspiração.
Mas o tempo escorreu e resplandeceu-me que poesia mora no mundo,
Que urge sentidos para compô-las.
Se a Philos diz que vemos o que somos, logo sentimos a poesia onde estamos.
Então desapareci na mata que emoldurava a cidade,
Ali pratiquei os meus sentimentos,
Vi um tapete bordado de folhas secas.
Cheirei das flores da ceiba que me levitava,
Degustei o filete de mel que escorria do tronco,
Toquei o azul de uma arara...
Confesso que chorei...
Fiquei todo emocionado de poesia.
Um índigena, agachado que estava junto a ceiba, me perguntou:
Ei, menino, chorando ai no corixo por quê? Você não é chuva para chorar!
Enlouqueci!
Entrei para fora daquilo num raio instante,
Tudo ali brotava poesia.
Voltei pra casa com um cesto cheio,
Descobri que poesia realmente mora no mundo...
segunda-feira, 14 de março de 2022
POEMA AO ANU
Como não carece ornitologia,
mas olhogia para mestrado em pássaros, desperdiço os meus vagos à passarada,
Amo-os como quem ama a mãe.
E digo-vos: jamais passará pássaro
sem que os meus vejos se desvejam deles.
Sem que os meus amores se
desamem deles.
A natureza é antídoto,
livradora dos males todos.
Sou dos que menosprezam
compromissos em entretimento da vida silvestre.
Contemplá-la é reinar-se de
poesia,
Um adentro em poemas.
Dia desses, aos primeiros
fios de sol, acordou-me o zumbido de um sem-fim de abelhas voejando a
pitangueira em buquê.
Gastei ali, abençoando-me
delas uma meia hora... juro!
Hoje, dei-me com uma dúzia de
anus brancos às 7 em ponto.
Mais andavam que voavam.
Mansos como criados na mão.
Íntimos o bastante para
fisgar insetos sob o meu sapato.
Não sei o porquê da
intimidade, mas o bando era amigável e despreocupou-se de mim.
Encanta-me a singularidade
dos anus, plenamente os brancos.
Anoto-os muito simpáticos e
bonitos.
Pássaro grande, exótico, despenteado,
listrado, rabo comprido e olhos grandes da cor de mel.
Nas matas eles praticam
repasto como padres.
São gulosos com pererecas,
pássaros novinhos, lagartos, camundongos e miudezas de rios.
Erradicados nas praças,
merendam frutas, bagas, coquinhos, sementes e insetos.
Contemplo-os sempre banqueteando-se
de um cupinzeiro.
Anus fazem freguezia em olho
de coqueiros e palmeiras, onde espenicam as palhas e devoram rango de insetos
miúdos e até catitas.
Expertos, arquitetam ninhos
em altos três vezes superior que um homem.
Os ovos são verdes,
aclarinhados de azuis com uma camada calcária em relevo branco.
É comum ninhos com duas ou
três anus chocando numa irmandade de comadres íntimas.
Essa é a tradução para suas
anchas mansões dependuradas.
Com certos pássaros maiores
exercem amizade de vizinho.
Tem bom compadrio com bem-te-vi,
anu-preto, sabiá e outros pássaros.
Exímios poliglotas, proseiam
como diplomatas e embaixadores,
Praticam excelentes relações
internacionais com outras espécies.
Essa é a poesia amanhecida de
hoje, sentida e catada na praça.
Mas julgo providencial esclarecer que contemplo
os anus desde a minha verde infância,
Por isso florestou essa
poética divinizada aos anus.
Do contrário passariam anos, e
nada eu saberia sobre os anus.
Por isso é verdade e dou fé.
sábado, 12 de março de 2022
ACTA NOTURNA - PADRE JOÃO MARIA (23.6.1848 + 16.10.1905), OUTRA HISTÓRIA REAL...
sexta-feira, 11 de março de 2022
Uma historieta de Beenthoven
Certa vez Benthoven se apresentaria num dos mais imponentes e sofisticados teatros de Berlin (Alemanha). Então ele recebeu um bilhete em que se lia:
“Toque tal peça. Barão Fulano de Tal (proprietário das maiores plantações de uvas locais, donos de cinco castelos, terras e animais a se perder de vista)”.
Beethoven leu e escreveu n’outro bilhete:
“Não vou tocar.
Ludwig Van Beenthoven (proprietário de um cérebro)”.