ANTES DE LER É BOM SABER...

CONTATO: (Whatsapp) 84.99903.6081 - e-mail: luiscarlosfreire.freire@yahoo.com. Este blog - criado em 2008 - não é jornalístico. Fruto de um hobby, é uma compilação de escritos diversos, um trabalho intelectual de cunho etnográfico, etnológico e filológico, estudos lexicográficos e históricos de propriedade exclusiva do autor Luís Carlos Freire. Os conteúdos são protegidos. Não autorizo a veiculação desses conteúdos sem o contato prévio, sem a devida concordância. Desautorizo a transcrição literal e parcial, exceto breves trechos isolados, desde que mencionada a fonte, pois pretendo transformar tais estudos em publicações físicas. A quebra da segurança e plágio de conteúdos implicarão penalidade referentes às leis de Direitos Autorais. Luís Carlos Freire descende do mesmo tronco genealógico da escritora Nísia Floresta. O parentesco ocorre pelas raízes de sua mãe, Maria José Gomes Peixoto Freire, neta de Maria Clara de Magalhães Fontoura, trineta de Maria Jucunda de Magalhães Fontoura, descendente do Capitão-Mor Bento Freire do Revoredo e Mônica da Rocha Bezerra, dos quais descende a mãe de Nísia Floresta, Antonia Clara Freire. Fonte: "Os Troncos de Goianinha", de Ormuz Barbalho, diretor do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, um dos maiores genealogistas potiguares. O livro pode ser pesquisado no Museu Nísia Floresta, no centro da cidade de nome homônimo. Luís Carlos Freire é estudioso da obra de Nísia Floresta, membro da Comissão Norte-Riograndense de Folclore, sócio da Sociedade Científica de Estudos da Arte e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Possui trabalhos científicos sobre a intelectual Nísia Floresta Brasileira Augusta, publicados nos anais da SBPC, Semana de Humanidade, Congressos etc. 'A linguagem Regionalista no Rio Grande do Norte', publicados neste blog, dentre inúmeros trabalhos na área de história, lendas, costumes, tradições etc. Uma pequena parte das referidas obras ainda não está concluída, inclusive várias são inéditas, mas o autor entendeu ser útil disponibilizá-las, visando contribuir com o conhecimento, pois certos assuntos não são encontrados em livros ou na internet. Algumas pesquisas são fruto de longos estudos, alguns até extensos e aprofundados, arquivos de Natal, Recife, Salvador e na Biblioteca Nacional no RJ, bem como o A Linguagem Regional no Rio Grande do Norte, fruto de 20 anos de estudos em muitas cidades do RN, predominantemente em Nísia Floresta. O autor estuda a história e a cultura popular da Região Metropolitana do Natal. Há muita informação sobre a intelectual Nísia Floresta Brasileira Augusta, o município homônimo, situado na Região Metropolitana de Natal/RN, lendas, crônicas, artigos, fotos, poesias, etc. OBS. Só publico e respondo comentários que contenham nome completo, e-mail e telefone.

segunda-feira, 28 de junho de 2021

O fim de Lázaro revela os subterrâneos humanos e sociais...


O FIM DE LÁZARO REVELA OS SUBTERR NEOS HUMANOS E SOCIAIS…
 
Para o Cristianismo - diferente do que ensinava o Velho Testamento, do "Olho Por olho e dente por dente" - o cristão ferido deve oferecer o outro lado da face quando esbofeteado. Isso é amargo e dificílimo de fazer, mas foi Jesus Cristo que orientou. (Jesus Cristo é o Professor Perfeito de Política e Humanismo). Esse ensinamento cristão é um exercício difícil, confesso, mas tento praticá-lo sempre.
Desde o meu nascimento - a partir de quando comecei a entender-me como gente - nunca vi o Brasil do jeito que ele se encontra. As redes sociais, maravilhosas e importantes - tem também um lado sombrio que pouco deve à Deep Web. É um caos humano. Laboratório digno de estudos sociológico e psiquiátrico. Todos os dias assistimos a uma arena de horrores. As pessoas - salvas as devidas exceções - debocham de coisas que jamais deveriam. São sarcásticas, intolerantes, crucificadoras, sentenciantes, piadistas, enfim externam ódio gratuito tão grande que me assombro quando descubro que elas se proclamam seguidoras do Cristianismo. Fico perguntando “e se elas não fossem cristãs, o que seriam capazes de fazer com o semelhante?” Confesso que muitos desses seres humanos “cristãos” dão pistas substanciais dos Lázaros que trazem incubados dentro de si.
 
Durante esses vinte dias da odisseia envolvendo esse psicopata, acompanhei eventualmente os fatos. Torci para que ele fosse pego com vida. Digo isso porque esse monstro - por mais doloroso que seja dizer - é um objeto de estudo para os psiquiatras e profissionais das áreas de criminologia. Quem já assistiu a série “Mindhunter” sabe muito bem porque afirmo isso. A série retrata histórias reais de diversos criminosos norte-americanos perigosíssimos, como Charlie Manson. Eles são entrevistados por professores estudiosos do comportamento criminoso com conotação sexual, e através desses estudos os professores e estudantes universitários das áreas de Criminologia e Psiquiatria tem material precioso para estudar, fato que ajuda grandemente a serem profissionais eficazes, proativos, com argúcia e eficácia de raciocínio lógico nesse universo horroroso dos sociopatas.
 
A partir das entrevistas com esses monstros, os profissionais dessa área tornão-se capazes de ler a mente dos psicopatas e pessoas com outras doenças parecidas. Eles leem os rastos, as entrelinhas, enfim tudo que o monstro diz (e não diz). Esses profissionais são capazes de criar um contexto tão ardiloso que os psicopatas findam revelando nuanças diversas de seus crimes. Mas isso só acontece porque são profissionais impecáveis e fazem um serviço de excelência, há toda uma história de estudo, de pesquisa, de análise, de comparação etc. O estudo deles é capaz de ajudar famílias a detectar comportamentos psicopáticos em seus filhos. Importante lembrar que qualquer um de nós pode ser pai de um psicopata.
 
Mas como eu dizia, considerando que o nosso país é muito atrasado e está caminhando para o barbarismo, parece que está-se construindo nas pessoas a ideia de comemorar espetaculosamente a morte, ao invés da simples postura profissional e ética de cumprir o trabalho puro e simples. Quem não se lembra do ex-governador Witzel que saltou de um helicóptero como macaco numa loja de louças, comemorando o assassinato de um bandido no Rio de Janeiro? Quantas crianças inocentes vinham morrendo durante a sua gestão porque ele ordenou que a polícia mandasse bala sem se preocupar com consequência. Isso é bárbaro. É um monstro no poder. O poder deve ser ocupado por profissionais éticos e preparados. Gente com inteligência emocional.
 
Pessoas equivocadas, que leem e não entendem, poderão dizer que estou postulando que alisem bandidos, que passem a mão na cabeça etc, mas longe de mim essa insensatez, pois a dor que ele provocou não atinge somente quem ele matou, mas a todos nós. O próprio Lázaro poderia ter matado a minha ou a sua família. Ele ainda levou a mulher para o mato, a estuprou e a matou. O ponto principal dessa reflexão é esperar da polícia a devida imagem profissional. As polícias devem se valer sempre do profissionalismo e da ética necessários, pois promover espetáculos e comemorar a morte de quem quer que seja não é cristão, não é humano e, pior, não é profissional.
 

 
O feito de Lázaro foi bárbaro, e também foi anômalo e bizarro. Mas as polícias, que deveriam fazer diferente e dar exemplo para as crianças e jovens, enfim para a sociedade, também agiram com bizarrice a anomalia ao comemorar, numa dimensão e significados diferentes, a morte desse monstro. Dar exemplo não é sinônimo de matar e execrar. Isso significa se igualar ao mal. Fiquei impactado quando recebi um vídeo, enviado por um amigo da Polícia Militar, sem cortes, do momento exato de quando as polícias trouxeram o psicopata com um fio de vida, cuja a sua última palavra foi “aaaaaaiiiiii”. É claramente audível isso. Para a sociedade e para a Ciência era muito mais inteligente e importante terem capturado o indivíduo vivo. Não precisava ser um ‘sniper’ (franco atirador) para acertar um tiro numa parte não letal e imobilizar o indivíduo, acaso ele estivesse armado. Faltou às polícias pouparem a sua vida a bem de inúmeros benefícios que a Ciências e a própria sociedade teriam. Qualquer PM é capaz disso.
 
Eu não tenho pena de Lázaro, pois ele não teve pena da família linda que matou. Quanta tristeza ele trouxe para os parentes! Na verdade, tenho compaixão deste psicopata enquanto um ser humano que se perdeu. Minha pena maior é da sociedade que fabrica Lázaros diversos na política, nas polícias, no funcionalismo público, em muitos filhinhos de papai que queimam índios vivos, nas milícias e tribunais do crime que queimam pessoas vivas dentro de pneus etc. Tenham certeza que em breve aparecerão outros Lázaros, pois os exemplos e as barbáries vêm aos montes - e das autoridades - salvas as devidas exceções. Está na “moda” a estupidez, o culto à ignorância, o ataque às mulheres, a deturpação dos movimentos das minorias, a generalização de equívocos isolados cometidos por artistas, a truculência, a censura, a mentira e todas as mazelas que vinham sendo vencidas por um sistema mais civilizado. A indústria de Fake News age desenfreadamente sobre todos os assuntos, deseducando as nossas crianças e jovens, fazendo-nos temer sobre o que nos espera no futuro. Que gerações serão formadas por essa geração vazia, fútil, cujos exemplos vêm de cima?
 
Enxergo a morte desse psicopata como fruto de um profundo sentimento de vingança das polícias, ultrajadas pela vergonha que passaram durante vinte dias. Foram quatro semanas de um psicopata colocando no bolso as polícias mais sofisticadas do Brasil. Goiás e Brasília viveram dias e noites de terror. As famílias não dormiam. Para uma polícia que elegeu a vingança como meta - e não o profissionalismo, a inteligência emocional e isenção necessárias - fazer de Lázaro uma peneira humana com 120 tiros tornaria-se júbilo, troféu. Alimentaria o coliseu. Também devemos refletir sobre o despreparo das polícias salvo raras exceções - fato que não é culpa deles, mas de um sistema problemático (se entrarmos a fundo nesse assunto caímos na questão da Educação escolar/universitária/técnica/ militar, afinal todo bom profissional estuda muito e sabe o que fazer e como fazer. E isso não aconteceu.
 
Também há um capítulo escabroso nessa história - espécie de queima de arquivo - pois, se capturado vivo, Lázaro revelaria todo o seu itinerário e onde foram os seus esconderijos (OU O ESCONDERIJO). Isso poderia ser mais humilhante para quem o perseguiu durante vinte dias. Alegam que os policiais eram mais urbanos, que não conheciam a mata. Mas e as estratégias e técnicas? Não aprenderam? Não, pois quem os profissionaliza peca. Há também uma história anterior a toda essa odisseia de Lázaro, a qual revela uma espécie de vida de “capitão do mato” que ele exercia nas redondezas em benefício de desalmados fazendeiros da região. Pode ter tanta coisa escusa por detrás dessa morte que podemos também supor ter sido uma morte deliberada com participação civil desse tipo de gente. Quando os donos de uma fazenda morrem, os latifundiários ampliam os seus espaços geográficos e de poder coronelista e capanguista.
 
Reitero aqui - para os equivocados - que leem e não entendem - que não estou sugerindo que Lázaro devesse ser tratado a pão de ló pelas polícias, mas que tivesse sido capturado vivo para ser estudado pelas melhores instituições de criminologia do Brasil. Dizem que “na porta de um doido, um doido e meio”. A polícia não pode e nem deve ser macia com bandido desse tipo, mas ser bárbara e promover um espetáculo de horror para a sociedade assistir por vaidade e prazer, é revelar subterrâneos humanos que findam arrastando para eles uma gama de itens que o próprio Lázaro trazia em si. Não podemos ficar parecidos com o mau. Não podemos nos igualar ao mau.
 

 
Assisti, horrorizado, postagens de pessoas cristãs comemorando a morte diante de um resto humano sendo arrastado de um veículo policial, creio que já sem vida, como um boneco descangotado, desnudado, peneirado de balas, numa execração que envergonha a verdadeira moral, exercendo o oposto de tudo o que Jesus ensinou. GRATUITAMENTE E SEM NECESSIDADE, pois era um corpo inerte. Mesmo a possível prisão de Lázaro vivo não merecia comemoração, muito menos de Lázaro morto. Seria meramente a polícia cumprindo a sua obrigação com ética e profissionalismo. Ao matarem Lázaro as polícias prestaram um serviço e um desserviço à sociedade, pois deixaram de oportunizar à Ciência Criminalística um material precioso de estudo que seria de grande utilidade à sociedade. Há de se reconhecer o cansaço dos policiais diante da hostilidade das matas, mas o profissionalismo existe justamente para que as polícias estejam preparadas para todas as situações. Lembro também que tenho amigos policiais, e sei que alguns buscam o profissionalismo e a ética sempre, mas infelizmente não parece comum, e não há investimento adequado.
 
O episódio da execração de Lázaro, numa espécie mambembe de malhação de judas moderno, lembrou-me as histórias que cansei de ver no Mato Grosso do Sul, quando fazendeiros paulistas atravessavam para a nossa região para algazarras terríveis pelos rios e matas, cumprindo matar onças e tirar fotografias, exibindo-as como troféus. Depois levavam para São Paulo apenas o couro para mostrar e contar para o povo, como se o feito bizarro e monstruoso fosse uma qualidade e não os subterrâneos humanos. Mas quem eram esses fazendeiros? Eram homens toscos, prepotentes, terríveis, e sem estudo algum. O psicopata Lázaro me lembrou esse couro...


terça-feira, 22 de junho de 2021

Psicopatas quase invisíveis entre nós, é importante nos precavermos...

Personagem Norman Bates (Psicose)

PSICOPATAS QUASE INVISÍVEIS ENTRE NÓS - É IMPORTANTE NOS PRECAVERMOS...
 
Com o episódio desse rapaz psicopata fazendo estragos - brincando com a polícia de Brasília e Goiás - permitindo que o Brasil assista de camarote ao despreparo das polícias - lembrei-me de um livro que li há uns dez anos, intitulado “Mentes Perigosas”, de Ana Beatriz Barbosa da Silva. A obra esclarece que, diferente do que eu pensava até àquela ocasião, há muitos tipos de psicopatas. Há os que matam e os que prejudicam drasticamente outras pessoas, imputando-lhes marcas indeléveis.
Como uma das características desses doentes é a total indiferença aos sentimentos alheios, quando não matam, eles produzem estragos irreparáveis sem qualquer piedade ou compaixão. É muito importante tentar identificar um psicopata, pois em o identificando, você se precave. Nem todos são perigosos iguais a Lázaro, mas incomodam muito.
 
Segundo a especialista, os psicopatas também se encaixam no perfil de pessoas com histórico de enganadores, usurpadores, corruptos e outros submundos humanos. Gente que pede um cartão de crédito emprestado, faz uma compra do tamanho do mundo e desaparece, deixando o prejuízo. Gente que cria situações de piedade e compaixão para consigo, visando se beneficiar materialmente e até a ‘tripa gaiteira’ do próximo sem externar qualquer pista de sua trama. Gente que cria uma cadeia de estratégias, coloca todos contra todos e simula também ser uma vítima, sendo beneficiada por alguma razão. Gente que constrói um namoro de internet, com impressão 100% de idoneidade, e à primeira oportunidade saqueia tudo o que o (a) outro (a) tem. babões e puxa-sacos são exímios psicopatas, pois eles são capazes de tudo para tirar de seu caminho quem ameaça o seu trono perante os chefes. A maioria das pessoas corruptas são psicopatas. É muito grande o rastro de destruição e danos causados por psicopatas, de acordo com os estudiosos.
 
Engana-se quem pensa que psicopatas são única e exclusivamente assassinos como Lázaro. Psicopatas/sociopatas também são aqueles que compram o corpo alheio para sevícias, que oferecem dinheiro e emprego a troco de sexo, que compram pessoas diante de sua incapacidade de conquista por intermédio da beleza, da palavra, do charme etc. Outros psicopatas amam fazer o outro sofrer, amam machucar psicologicamente, pois isso o alimenta. E cumprem esse papel com maestria, pois é sua especialidade. 
 
A psicopatia, segundo a estudiosa acima, obedece a níveis. Uns são elevados, outros médios, outros mais fracos, portanto, dependendo da ação do psicopata, constata-se tais níveis. O psicopata que não mata, tende a levar outros à depressão, ao suicídio, à loucura, ao sentimento de inferioridade ou subserviência. Alguns atingem uma capacidade tão inusitada de persuasão, que tornam outras pessoas uma espécie de escravos e serviçais, cuja vítima não se dá conta. Ele jamais entra numa situação se não preparar muito bem o terreno para que a sua investida seja certeira. Sua tendência é dizimar, destruir, prejudicar, usar o próximo e seguir a vida como se nada tivesse feito, sempre atrás de nova vítima. Por psicopata entendam - obviamente - que me refiro a homens e mulheres.
 
Você talvez estranhe, mas uma parcela de políticos brasileiros, pessoas poderosas, autoridades com cargos de chefia são psicopatas/sociopatas de carteirinha e transitam bem na fita sem que seu intento seja notado com a notoriedade que deveria. Falta a muitos desses senhores o senso de responsabilidade moral ou consciência. Eles normalmente chegam ao poder às custas de tramas, por ter passado alguém para trás sem que isso tenha sido percebido, pois muitos são doces e aparentemente gentlemanes. Eles são especialistas em puxar tapetes, tirar pessoas (obstáculos) do caminho, babar alguém etc. No caso dos políticos, eles prometem que, eleitos, mudarão a vida do bairro, da vila, da cidade, mas quando eleitos, desaparecem e se associam ao poder podre, pois o seu objetivo camuflado sempre foi esse. No caso dos políticos, eles mudam de cidade ou correm para um condomínio para se afastar dos que o elegeram e, com certeza, o incomodariam muito.
 

 
Enquanto o político sério, exposto ao povo, se dedica a criar políticas públicas que tragam cidadania ao seu povo, o político psicopata/sociopata cria blindagens para que o povo não chegue a ele, tudo isso às custas de uma rede de babões. Tais indivíduos são meticulosos em arquitetar situações para sempre dar a entender que não tiveram culpa, que são inocentes, que houve engano diante de qualquer indício, enfim sempre saem bem na fita. Uma mente sã, por mais inteligente que seja, não reúne condições dessas artimanhas, dessas coisas ladinas, dessas argúcias, pois a mente sã não tem o desvio psicopático.
Psicopatas são muito inteligentes, boa parte é extremamente vaidosa (entendam por vaidade uma gama de coisas, nem sempre a aparência física). Eles têm uma inteligência especial, mesmo dentro de suas limitações e até mesmo na sua falta de limites. Por inteligente não entenda apenas um intelectual, um erudito, mas quem reúne, dentro de suas limitações, esperteza, visão, lógica, malícia etc. E tais características não tem sexo, cor, condição social etc. O psicopata tem espírito de liderança, ele convence facilmente, pois normalmente é muito articulado, possui bom vocabulário, aparenta ser muito humano etc, pois são tais características que atrairão vítimas. O psicopata só tende a matar - ou desaparecer de cena - quando a casa cai, quando é encurralado, daí ele vai aos extremos. Ele é 8 ou 80. Mas mesmo assim, é sereno para tentar ter o comando da situação. Ele não perde o controle. Aliás, estar no controle é a sua busca constante.
 
Psicopatas costumam arrastar para o seu lado pessoas que de fato são respeitáveis, pois isso agrega valor à sua pessoa e aos seus intentos. Psicopatas costumam arrastar instituições para o seu lado, é por isso que vimos tantos escândalos envolvendo igrejas, agremiações esportivas, Ong’s, etc. É exatamente por reunir tais artimanhas que muitos sociopatas chegam facilmente ao poder como vereadores, prefeitos, deputados, senadores e até mesmo presidente (como o atual exemplo).
 
Dia desses eu conversava com uma historiadora entristecida pela decadência dos festejos juninos de sua cidade. Ela dizia - nostalgicamente - que a festa junina do lugar onde nascera tinha se transformado numa “coisa”. O evento é religioso, pois Santo Antônio é o padroeiro do município. Ela contou que antes havia fogueiras durante todo o mês de junho, pau de sebo, brincantes de quadrilhas que dançavam todas as noites, brincadeiras juninas diversas, fogos de artifício, leilões, todo o tipo de gastronomia feita à base de milho, grupos de cantores etc. Mas a essência da festa tinha morrido. O evento, agora, era comandado pelas grandes marcas de cervejas e outras bebidas alcoólicas, shows gigantescos com bandas de outros estados tomaram o espaço dos artistas da terra, a cidade ficou pequena para tanto carro estacionado nas calçadas, cujos jovens amanheciam o dia bêbados pelas proximidades, vomitando, dormindo nas calçadas, fazendo sexo praticamente explicito debaixo das marquises etc.
 
Eu usei o mesmo raciocínio aplicado aos psicopatas;sociopatas para explicar para essa amiga o que causava aquilo. Disse-lhe mais ou menos assim “minha querida, eu também sinto muito, mas tudo isso é uma soma de culpas. Na realidade os maiores culpados são as autoridades, a começar pelos próprios padres que cedem ao clamor do capitalismo, dos modismos, do marketing. Esses sacerdotes, assim como os psicopatas, estão interessados num bem maior, e no caso dos padres, esse bem é o dinheiro (quanto mais, melhor). Eles fingem não perceber o estrago que fazem. São indiferentes, pois são sociopatas/psicopatas.
 
Por que eles não se empenham em fazer o diferencial? Por que não chamam o povo e perguntam “como era antes?”, “vamos resgatar essas tradições?”, “vamos reunir as autoridades, os comerciantes, os fiéis e resgatar essa festa com as características de antes?” etc. E os vereadores da cidade? Com certeza eles tem conhecimento dessa perda da identidade da festa. Por que eles não se empenham em resgatá-la nos conformes tradicionais? Ninguém está falando de congelar/engessar o passado, mas de preservar um patrimônio. Isso é eterno.
 
Se a cultura popular de sua cidade está morrendo, há uma gama de sociopatas/psicopatas culpados. Eles são indiferentes à sua nostalgia, assim como o psicopata Lázaro é indiferente a tudo o que faz. E estão preocupados em ganhar o excelente salário no final do mês, e mais nada. As suas lembranças do passado, a sua saudade, a sua vontade de resgatar as fogueiras, o pau de sebo, as quadrilhas etc são preciosas para todo o povo, mas não importam para eles, pois não lhe dizem nada. O foco do psicopata - nesse caso - é o dinheiro oriundo de sua articulação política. Esse mesmo raciocínio é usado para os prefeitos e assim sucessivamente. Eles não querem saber que aquele evento precisa ser restaurado, pois do jeito que está, está bom para ele. Ele ganha dinheiro com isso. Para ele está bom. O seu sentimento não lhe importa.
 
Pois bem, não pense que Lázaro está sozinho nesse universo de psicopatas/sociopatas. Há muitos Lázaro por esse mundo afora executando atrocidades talvez encobertas, talvez em vias de explodir, talvez já explodida e assim por diante. Psicopata também é quem rouba a dignidade dos outros, quem tira a paz do próximo, quem destrói vidas alheias por calúnias e outras injustiças etc. E o pior psicopata é aquele que é capaz de tudo isso sem ser notado. Como já disse acima, há níveis até de sua maldade e artimanha.
 
Os políticos e certos chefes - com as sua devidas exceções - são craques nessas práticas, pois são indiferentes ao posto de saúde sem remédios, à mulher que morreu de parto à míngua, às ruas esburacadas, a falta de emprego, aos jovens que se drogam nas praças, ao aumento de prostituição, o povo com fome etc etc etc. A dor do povo não lhe provoca a mínima piedade e compaixão, pois ele é um psicopata/sociopata. Antes de ter medo dos psicopatas mostrados nos filmes - normalmente ao estilo “mindhunter” - pode existir nesse exato momento um psicopata ao seu lado, em casa, no trabalho, governando a cidade, na polícia, dando aulas, exercendo mandato político, conduzindo um juri, chefiando, sendo chefiado etc etc etc.

domingo, 20 de junho de 2021

Grupo Escolar Barão de Mipibu, Grupo Escolar "Nysia Floresta" - Breves curiosidades...



GRUPO ESCOLAR NÍSIA FLORESTA, GRUPO ESCOLAR BARÃO DE MIPIBÚ  - BREVES  CURIOSIDADES...

O "Grupo Escholar Barão de Mipibu, conforme vocabulário de época, foi Criado oficialmente em 1909, a partir de uma lei promulgada pelo governador Alberto Maranhão, que sucedeu o escritor nisiaflorestense Antonio de Souza, autor da lei de 1908, que mandava criar escolas no estado. O decreto informa que o citado prédio se localiza na "Praça Tavares de Lyra". Não sei se o nome original resiste, mas a  edificação resiste praticamente intacta. Antonio de Souza foi "o governador  da Educação". Sua gestão foi marcada  por criações de escolas e diversas leis pertinentes.  O belo e famoso edifício consiste numa das mais belas obras da arquitetura local. O prédio foi mandado construir pelo famoso "Barão de Mipibu" (Miguel Ribeiro Dantas, seu nome de batismo), o homem nais rico da localidade, residente no Engenho "Lagoa do Fumo". 

 


O Barão inspirou-se num decreto de 1872, que orientava que os Presidentes de Intendências construíssem Casas de Instrução Públicas, portanto adiantou-se bastante. Foi homem de visão. Até hoje o prédio  exerce o papel de educandário. Já o prédio de Papari não conta com o mesmo desvelo, e não tem mais a função de escola. O "Grupo Escholar Nysia Floresta" também foi criado em decorrência da lei assinada por Antonio de Souza, mas em 1910, conforme decreto do governador Alberto Maranhão. A letra Y foi uma viagem mental, pois Nísia sempre escreveu o seu nome com i. Tanto o Grupo Escolar de Mipibu quanto o de Nísia Floresta tiveram os seus Regimentos Escolares tais quais o do famoso "Grupo Escholar Augusto Severo", de Natal, este criado em 1908 pelo governador Antonio de Souza. 

 

Percebe-se na fotografia um letreiro em alvenaria, em alto relevo, informando "Grupo Escholar Nysia Floresta". Acaso o letreiro tivesse sobrevivido, não seria visível haja vista a parede da antiga Câmara (ao lado). Por que teriam escrito de um lado impossível de ver? Porque originalmente o prédio foi erguido numa esquina, mas um prefeito descaracterizou o amplo largo da Matriz, pincelando boa parte desse espaço com comodozinhos de péssimo gosto, destruindo o estilo colonial da cidade. Como sempre digo "ignorância é um câncer". Mas pelo menos conservaram o 'esqueleto' do prédio. A edificação pertenceu ao Coronel José de Araújo,  primeiro presidente da Intendência da então "Vila Imperial de Papari". Originalmente era sua residência. Em 1992 uma antiga moradora de 90 anos de idade, bisneta do "Cavaleiro da Rosa", contou-me que o conheceu pessoalmente, e que ele assistia missa da janela de seu casarão. Era senhor de engenho e integrante da Guarda Nacional. Irmão de Accúrcio Marinho, que também era da Guarda Nacional. Um dos critérios para integrar essa respeitável corporação era justamente ser gente de muitas posses. 

 


Retomando as informações sobre o "Grupo Escholar Barão de Mipibu", julgo conveniente registrar três ex-diretores dessa instituição como meus primos legítimos. MARIA DE LOURDES PEIXOTO, gestora na década de 1940 e também na década seguinte. Contam que era uma educadora na mais pura acepção da palavra. Fazia "milagres" para tornar o ambiente acolhedor e com características mais pedagógicas. Muito rígida. Praticamente morava dentro da escola, pois sua casa ficava atrás do Grupo Escolar. Essa residência ainda existe. Fixa atrás da antiga Apami. Uma tia me contou que ela mandava fazer comida em sua casa e oferecia gratuitamente às crianças humildes, sem fazer disso qualquer alarde. Era devoradora de livros, e tinha coleções de Monteiro Lobato, Teodoro Sampaio, Câmara Cascudo e outros notáveis escritores. Lutou muito para que Mipibu tivesse o curso ginasial, conseguindo sensibilizar  o governador, tornando-se inclusive sua primeira diretora.

 


 Contam que seu sepultamento foi marcado por profunda consternação, pois era muito querida e respeitada. TAMIRES ÍTALO TRIGUEIRO PEIXOTO, gestor na década de 1990. Nada sei sobre sua gestão. Era historiador. Sei mais sobre a pessoa dele, que sobre seu trabalho junto ao Barão de Mipibu. TAMIRES, foi um homem de uma honradez e decência incríveis. Era espírita. Pensava  mais  nos outros do  que  nele. Também foi  gestor da Escola Estadual Francisco Barbosa. Foi um educador muito respeitado. JOÃO MARIA FREIRE, gestor no final da década de 1990. 

 

Também não sei muito sobre sua gestão, mas recordo-me que um dia ele me contou ter conseguido tombar o prédio, em conformidade com as leis de Patrimônio Histórico/IPHAN e teve o cuidado de conseguir contemplar o prédio do Barão de Mipibu num projeto da Telemar, cuja fotografia do mesmo passou a figurar nos antigos cartões telefônicos em todo o Brasil. Ele também foi secretário de educação de Mipibu.

Escola Estadual Nísia Floresta na década de 70







 

 

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Licor de casa vai à praça

                                                     

                                                       Licor de casa vai à praça

 Como já andei discorrendo aqui, minha mãe foi dessas mulheres muito prendadas. Não digo que ainda é porque os seus 89 anos de idade lhe impossibilitam do luxo desses empreendimentos gastronômicos. Hoje vou escrever sobre os seus deliciosos licores. Cresci sentindo o cheiro de suas alquimias, numa cozinha espaçosa onde ela arquitetava pratos doces e salgados, incluindo os seus maravilhosos licores. O preparo dessa iguaria era um verdadeiro ritual.
 

 
Normalmente ela fazia licores de jaboticaba, maracujá e pequi. Ela retirava a polpa do maracujá e deixava um mês curtindo num litro de cachaça da boa. Para a jaboticaba, ela espremia as frutas com as mãos ou uma "mão de pilão" pequeno, machucando-as bem. Os pequis eram mergulhados inteiros na aguardente. Tudo macerado durante um mês ou até mais tempo numa vasilha de plástico guardada no escuro. Ela dizia que usar faca para manipular as frutas mudava o sabor. O sabor do licor tinha compromisso com mãos e escuridão. 
 

 
Após um mês ou mais, ela coava a mistura, que nesse estágio estava colorizada pela fruta. Usava uma peneira. Depois coava três vezes num pano de prato de tecido, em seguida coava em algodão (desses de farmácia), ajeitado num funil improvisado no bico de uma garrafa (é melhor que o funil tradicional, pois permite despejar a maior quantidade do líquido e esperar sem vigília, depois é só despejar mais). Esse estágio demorava bastante, às vezes três a quatro horas, mas retirava as micro partículas, uma espécie de borra. Eu fiz o licor há uma semana, só não passei pelo processo do algodão. Usei um filtro de papel e vi o efeito semelhante, pois ficou a borra preta no fundo (fiz de jaboticaba).
 
 
 
Minha mãe, assim como o meu pai, não bebiam álcool, mas ela gostava de ter licor em casa para oferecer às visitas. Lembro-me que eram dois dedos da iguaria despejados num calicizinho delicado, parecido com uma tacinha. Certa vez um padre italiano, recém-chegado da Itália nos visitou. Ela ofereceu o licor de pequi. O sacerdote ficou impressionado e quis saber que fruta era aquela. Admirada com a admiração do religioso, minha mãe o colocou para experimentar os licores de jaboticaba e maracujá. O padre ficou maravilhado e saiu dali levando uma garrafinha cheia. Minha mãe tinha dessas delicadezas.
Na cidade havia a ordem religiosa das Pobres Servas da Divina Providência com várias freiras e noviças. Elas usavam um hábito religioso beje, cuja saia se estendia abaixo dos joelhos, meia-calça e um sapato preto de salto sutil. Sobre a cabeça carregavam o cornete. A maioria era italiana. 
 
 
Pois bem, passados poucos meses da visita do padre, minha mãe atendeu umas palmas exageradas vindas do portão, era a madre Carmela Perlim, uma italiana conhecidíssima por sua sisudez e hábitos não muito socializáveis. O assunto da visita era sobre o licor. Curiosamente, anos antes, ela havia pedido a possibilidade de a minha mãe ir à casa delas ensiná-las a fazer pão. Não é estranho uma italiana não saber fazer pão? Pois elas não sabiam. Minha mãe foi e tudo deu certo. Qualquer dia conto esse episódio muito curioso, pois fui com a minha mãe, tendo em vista que era doido para ver como era a casa das freiras. Cada um dizia uma coisa e eu queria me certificar. Mas isso é outra história.
 

 
Voltando ao assunto, minha mãe acertou com ela, e na data aprazada iniciou, vamos dizer “a aula”. Inicialmente ela machucou as frutas e deixou-as mergulhadas na cachaça. A Ir. Carmela comprou uns doze litros de cachaça, e disponibilizou bastante jaboticabas, maracujás e pequis, pois queria ter a iguaria em abundância para eventos especiais. Minha mãe passou mais de um mês indo de vez em quando na casa delas, pois era um romance esses seus licores. Parecia mais um ritual. Quase um dogma, e no bojo desse vai-e-vem, ela ficou sabendo que o padre havia comentado com as freiras sobre a experiência da degustação que fez em casa, ficou encantado e para elas o encantamento.
 
Um mês depois (observe como o líquido está quase preto devido ao curtimento)

Pois bem, após um mês de maceração, ou seja, das frutas curtindo na cachaça, minha mãe retornou para dar continuidade. Contarei como é o processo, pois lá em cima apenas iniciei a receita da senhora Maria Freire, e é necessário concluí-la. Minha mãe pegou da peneira e coou cada uma das vasilhas onde as frutas descansavam. Pegou do pano de prato e coou três vezes, depois deixou-os nos funis improvisados para coar em algodão, tipo um relógio do tempo. Como essa etapa é muito demorada, minha mãe pediu que elas fossem despejando o líquido curtido ao longo do dia, conforme fosse descendo e foi para casa. 
 
 
 
No outro dia ela retornou, separou todos os vasilhames com os respectivos líquidos, despejou a quantidade exata de açúcar em cada um, orientou que tudo permanecesse guardado em ambiente escuro durante um mês. E novamente, de vez em quando retornava para conferir e dar uma chacoalhada nos recipientes. Passados os trinta dias, lá vai a minha mãe novamente, pela última vez. O licor estava na consistência ideal. Então ela pegou de um funil comum e transportou o licor para as garrafas de vidro e tampou-as com rolhas, com exceção a uma bela garrafa de vidro muito ornamentada, que ficaria em local especial na sala das freiras, quando visitas especiais chegassem.
 

 
O tempo passou. Certo dia a Ir. Carmela encontrou a minha mãe e disse que havia mandado três garrafas para a Itália, cada uma de um sabor diferente, como havia feito com o couro imenso de uma sucuri que o meu pai havia matado (que também viajou para a terra de Dante Alighieri como curiosidade). Informou que também havia enviado para o padre ainda restara bastante licor nas outras garrafas. Mas elas estavam ansiosas para serem autoras dos futuros licores, os quais se tornariam uma tradição naquele ambiente religioso. Minha mãe só fez uma ressalva a elas “quanto mais velho, mais saboroso”.
 
 
 
Contando essa história, fico imaginando como tudo o que se faz com primor encanta, causa admiração, desperta gosto. Para muitas pessoas, o licor da minha mãe era algo comum. Eu mesmo achei estranho toda aquela novela das freiras e do padre atrás do licor. Mas aquilo tinha explicação. Era o tempo e o capricho. Paladar não é para todos. Saber apreciar não é para muitos. É como o bom vinho e a boa cachaça. Minha mãe fazia aquilo como quem compõe um poema, como quem canta ou confecciona uma colcha de labirinto… sem pressa… Ela não se incomodava se alguém demonstrasse ou não ter gostado. Para ela o licor era para receber bem a visita.
 

 
O filósofo Rubem Alves disse numa palestra que guardava em casa um licor raro e delicioso. Só oferecia para amigos muito especiais. Certa vez recebeu a visita de um amigo especialíssimo e quis oferecer o licor especialíssimo. Para sua surpresa, o amigo engoliu o licor como quem bebeu água com muita sede. Não degustou. Rubem ficou chocado. Ele comparava o bom licor à educação. 
 

 
Pois bem, essa é a história do licor que hoje não é da minha mãe. É meu, pois foi feito por mim. Fotografei até o processo. Para mim isso não tem preço. Fiz exatamente como a minha mãe fazia. Foram dois meses de… vamos dizer… ritual! Sou suspeito de opinar, mas ficou delicioso. Bem dizia Maria Freire que se cozinhá-lo mata o gosto. Cada golinho era como se um misto de álcool e jaboticaba escorressem goela adentro num final adocicado envelhecido… delicioso!
 

 
Fiz só uma garrafa. Deu pouco mais de um litro, mas estará ali para as visitas especiais, como minha mãe fazia… não dizem que costume de casa vai à praça?
 

 
 
 




Nesse estágio o líquido curtido foi coado diversas vezes e recebido o açúcar

Um mês depois, já com a consistência ideal, o licor está pronto e pode ser colocado no recipiente de servir, onde ficará por muito tempo, e quanto mais velho, mais saboroso.
 
 
 
 
...............................
 

 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 ...........................
 
Receita de licor de jaboticaba
receita de licor de pequi
Receita de licor de maracujá
Como fazer licor de jaboticaba
Como fazer licor de pequi
Como fazer li cor de maracujá