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terça-feira, 11 de julho de 2017

YAYÁ PAIVA, A FREIRA QUE NÃO CONHECEU O CONVENTO


Antonia Emília de Paiva é o nome de batismo de “Yayá Paiva”, nascida aos 13 de junho de 1883, e falecida aos 11 de agosto de 1970, aos 87 anos no Engenho Descanso, onde passou toda a sua vida. O nome Yayá é uma corruptela de “sinhá”, como eram chamadas as moças de família, também denominadas “sinhazinhas”. Falava-se também “nhá”, depois passou a ser somente “Yayá”. Interessante é que mesmo idosa ela conservou a denominação “Yayá”, e isso se explica pelo fato de ter se conservado virgem e solteira até sua morte.
Caminho percorrido por Yayá Paiva em sua época - A mata ao lado era o sítio onde moravam suas primas (hoje é o "Camarão do Olavo"). A casa adiante - hoje demolida - era de uma senhora conhecida como "Liquinha Parteira"
 
As pessoas que conversei, contemporâneas de Yayá Paiva,
contaram-me que desde pequena ela acalentava o sonho de ser freira. O casarão centenário do engenho Descanso é imponente, cuja arquitetura causa admiração. Ali ela passou a vida, cercada por uma grande família, agregados e funcionários de seu pai.  Educada num lar católico, sempre demonstrou ser uma criança muito dedicada às coisas de sua igreja. Costumava se debruçar horas a fio na capela do engenho. O cômodo ficava ao lado da sala, onde havia um oratório de tamanho descomunal feito de madeira de lei. O recinto era permeado de imagens sacras de madeira, folheada a ouro, cuidadosamente zelado por sua mãe e tias. Nesse espaço sagrado ela passava horas limpando os móveis, perfumando-o, colocando flores e entoando cânticos católicos com devoção surpreendente para uma criança.
Ainda adolescente revelou ao pai o seu desejo de entrar numa ordem religiosa, e pediu que ele a enviasse para um convento. Ela guardava a convicção de ter nascido apenas para servir a igreja católica como freira. Mas, para a sua decepção, o pai negou-lhe o pedido, alegando que assim que ela se tornasse moça adulta deveria se casar e ter filhos como todas as outras.
Aspecto da Praça de Nísia Floresta no tempo de Yayá Paiva
 
Segundo narrou-me a Sra. Yolanda, sua prima, de 90 anos, Yayá Paiva tinha uma dimensão de fé tão admirável que, embora tenha se chocado com o posicionamento do pai, não se ofendeu, nem externou insatisfação. Seu espírito era tão elevado que não quis ser autora de discórdias no lar. 
Mas esse silêncio não foi um silêncio como os outros.  Ela prometeu a si que enquanto tivesse vida, se dedicaria totalmente às coisas de sua igreja. Entendo que ela escolheu ser freira por dentro, pois sentia possuir uma missão desde a infância. A partir de então deixou de usar roupas estampadas, com babados e rendas, comportamento típico às moças de sua idade. Naquele tempo todas as moças aprendiam a costurar. Era parte da educação feminina o domínio de prendas domésticas. Não havia moça que não soubesse fazer deliciosas e fartas compotas, bolos maravilhosos, almoços fartos de se lamber os beiços. Moças boas de se casar - que era o caso de Yayá Paiva - dominavam agulha, sabiam bordar, coser, alinhavar, cingir, engomar roupas com fécula de macaxeira, enfim. E nesses conformes, ela passou a costurar os seus próprios vestidos. Escolheu o tom azul claro e criou um figurino, cujo modelo usaria até a morte. Era um vestido liso, de mangas compridas e comprimento até o tornozelo, sem qualquer ornamento. O único enfeite, se assim podemos dizer, era uma gola arredondada, dividida ao meio. Usava cabelo em coque, sapato preto, baixo, um terço e crucifixo de madeira que trazia no corpo.
 
Aspecto do Paço Municipal de Nísia Floresta no tempo de Yayá Paiva
 
A julgar pelas vestes, era mais freira que muitas freiras modernas, que usam roupas comuns, não diferindo de qualquer pessoa. Sua imagem impactava. Era inconfundível. Havia uma santidade a julgar pelo porte, pela "indumentária", o olhar, a polidez e os modos como se relacionava com as pessoas. Dona Yolanda, sua prima narrou-me que no seu entendimento, pessoas religiosas devem usar hábito, pois a roupa é parte da missão de uma religiosa. "Sem o hábito o respeito não é o mesmo", disse.
Yayá Paiva não teve uma biografia extensa nem tampouco divulgada, a ponto de ser mencionada em livro ou de outra forma – pelo menos até o momento. É a primeira vez que alguém publica algo sobre ela na internet. Era uma dona de casa comum, mas nem por isso deixou de ser uma mulher extraordinária, como veremos adiante.
O que chama a atenção sobre essa mulher é a dimensão do seu amor às coisas da igreja, revelada intensamente na sua relação com a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Ó, padroeira do município de Nísia Floresta, estado do Rio Grande do Norte.
Todos os dias, de domingo a domingo, Yayá Paiva deixava o engenho Descanso - propriedade rural, situada a 1 km do centro da cidade - aos primeiros raios de sol. Passava o dia na igreja matriz. Assim que chegava, se debruçava em orações. O resto do dia gastava zelando de tudo, seja com chuva ou sol. Ela trazia comida, e muitas vezes retornava à noite para casa. Como era moça de posses, pagava vários consertos necessários à igreja: imagens, bancos, janelas, sino, portas, enfim tudo o que cerecesse de reforma/reparo. Quando a obra era cara, ela buscava apoio de famílias ricas de Natal, angariando fundos para arcar com as despesas.
Casarão onde moravam parentes de Yayá Paiva (era uma granja cujo quintal era permeado de árvores frutíferas e flores de todos os tipos) 
Contou-me a senhora Maria do Carmo, esposa do Sr. Bambão, que por diversas vezes trancaram-na na Matriz, imaginando que ela não estivesse mais ali. Por sorte ela andava com a cópia da chave, e parecia de uma hora para outra abrindo o templo de dentro para fora, surpreendendo a todos. Não imaginavam que ela havia se demorado tanto. Certa vez ela se desequilibrou da escadaria da torre e caiu, assustando a todos, mas levantou-se intacta, surpreendendo quem presenciou. Isso me foi narrado pela senhora Maria do Carmo Bezerra Dias, em 1994.
Alguns fiéis a ajudavam nos afazeres da igreja, mas ninguém se demorava tanto no local quanto ela. Ela passava mais tempo na igreja de que em sua casa, onde praticamente ia apenas para dormir. Muitas vezes passava um dia inteiro nos andares do altar-mor. Passava pano úmido para tirar a poeira, colocava água nos vasos e enchia de flores naturais, trazidas das do engenho Descanso e da residência de seus familiares, no centro da cidade, onde morava sua irmã Roseira. 
Sua abnegação era tão singular que toda vez que ia a Natal comprava essências perfumadas, misturando-as à água dos vasos de flores para perfumar o altar-mor. Para ela o espaço onde se encontrava o Santíssimo era ambiente santo, divinizado, portanto tudo deveria ser feito para embelezá-lo, dando-lhe vida. Era freguesa fiel dos empórios e armazéns da Ribeira, cujos donos confiavam em seus bilhetes levados por seu “Bambão”, de 74 anos, o qual era rapaz na época, e prestou muito serviço para a dedicada beata: "É favor entregar ao portador, duas peças de linho branco e um frasco de alfazema".
Padre Rui Miranda conviveu toda a sua gestão auxiliado por Yayá Paiva (fotografia feita em 2006, ocasião em que o entrevistei, poucos anos de ele falecer. Foi ele que celebrou a missa de corpo presente da intelectual Nísia Floresta, em 1954. Ainda tive a sorte de conversar com ele e fazer um arsenal de perguntas, inclusive tirar muitas dúvidas oriundas de boatos). 
 
Yayá Paiva embalava centenárias porcelanas e peças de prata da igreja e levava ao engenho Descanso para limpá-las. “As peças voltavam tão brilhantes que pareciam novas”, contou-me o senhor Bambão. Contam que em sua época não existia poeira nem nos mais remotos cantos da igreja matriz, pois nem o sótão escapava dos seus cuidados. Era ela que providenciava toalhas de linho, peças de renda portuguesa e renda de labirinto e todos os panos usados na matriz.
Câmara Cascudo escreveu que "entrar na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Ó era como entrar no céu”. Acredita-se que essas palavras se devem ao fato de ele ter testemunhado, em suas pesquisas na igreja, o zelo de Yayá Paiva. 
Todos os padres que assumiam a paróquia tinham por ela respeito desmedido, pois viam a dimensão da sua fé e seu amor ao templo. Ela era diferente, não arrastava para si o ranço típico das beatas que impõem o seu bel querer aos sacerdotes e maltratam outros fiéis. As celebrações e os eventos da igreja, sejam quais fossem, tinham a suas mãos como orientadora, ajudante ou a própria executante, sempre de forma serena. Essa aura de respeitabilidade fazia com que muitos sacerdotes vissem-na como conselheira, e jamais tomavam certas iniciativas sem ouvi-la. A Paróquia de Nísia Floresta passou vários momentos sem padre oficial. Era socorrida eventualmente por padres de São José de Mipibu, mas muitas vezes passavam um mês sem uma missa. No tempo de Yayá Paiva a igreja vivia aberta e viva. Ela assumia algumas celebrações que competiam a leigos, além de fazer encomendação de corpo, rezar terços e outras demandas mais simples. Dizia que igreja deve estar de portas abertas para acolher sempre.
Contou-me dona Yolanda, sua prima, de 90 anos, falecida em 2010, que nenhum padre visitava a cidade de Nísia Floresta sem antes passar pelo engenho Descanso e prestigiar Yayá Paiva. Essa tradição era antiga, pois a família deu alguns sacerdotes ao Rio Grande do Norte, tios de Yayá Paiva. Nessas visitas eram servidas nababescas refeições. "Ninguém visitava o Engenho Descanso sem sair de bucho cheio", diziam à época. O imaginário popular diz que padres adoram descumprir o mandamento da gula. Porteira errada era o Descanso! Mas a amizade de Yayá Paiva com religiosos era de berço, a ponto de o Arcebispo da Paraiba, D. Adaucto Aurélio de Miranda Henriques visitá-la eventualmente, inclusive ele mantinha correspondência com ela, conforme postado aqui. Muitas vezes enviava altas somas em dinheiro, sem que ela pedisse, pois sabia que o destino era a Matriz de Nossa Senhora do Ó. Vejam que aula temos no nobre gesto dessa mulher.

Cartão escrito por Dom Adaucto A. de Miranda Henriques, Arcebispo de João Pessoa, dirigido a Yayá Paiva em 1931

Cartão escrito por Dom Adaucto Aurélio de Miranda Henriques, Arcebispo de João Pessoa, dirigido a Yayá Paiva em 1931 
 
Muitos religiosos serviam-se dos aposentos do Engenho Descanso quando vinham para eventos na Matriz. Quando o famoso D. Perdigão visitou Papari, ali ficou hospedado.
A imponente casa do engenho Descanso, onde vivia a sua família, possuía tamanho incomum, arquitetura singular, avarandada, alicerces altos com escadarias em meia-lua, dezenas de janelas e portas de cedro. Piso de ladrilho-hidráulico, raro para a época. Seu espaço interno era luxuoso comparado as demais residências locais. Havia mobílias de jacarandá, cedro e outras madeiras de lei, elegantemente entalhadas.
D. Adaucto Aurélio de Miranda Henriques  (1855-1935 -  Arcebispo da Paraíba)
 
As salas, amplas, eram decoradas com tapetes finos, consoles, namoradeiras, sofás, vasos de porcelana e quadros com retratos de familiares e santos. A cozinha, de tamanho surpreendente, era espaço onde se preparavam as mais deliciosas comidas, bolos, pães, licores, sucos e doces da culinária local. Até mesmo a comida dos funcionários do engenho era preparada ali. O fogão ardia o dia inteiro.Nenhum visitante deixava o local sem receber exemplares das iguarias ali preparadas pela mãe, pelas tias e irmãs de Yayá Paiva, as quais eram mulheres prendadas, educadas nos moldes tradicionais como bem nos conta Gilberto Freyre. "Elas bordavam e costuravam divinamente" - contou-me d. Yolanda.

Aspecto do centro da cidade de Nísia Floresta no tempo de Yayá Paiva, destacando-se um belo exemplar de Baobá.
 
Yayá Paiva tinha voz mansa, falava baixo e jamais proferia palavras torpes, nem costumava ofender ninguém, mesmo as que a desagradavam. Sua morte deu-se por causas naturais. Foi sepultada no cemitério local e depois de algum tempo seus restos mortais foram trasladados para a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Ó, onde encontram-se sepultados. Ela simplesmente foi devolvida ao local onde viveu a maior parte de sua vida. Tudo ali estava impregnado dela.
Os anos se passaram e a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Ó nunca mais teve uma beata que zelasse daquele templo com tamanha doação. Era literalmente beata, guia dos padres, metódica, polida, mulher cristã, referência em fé. 
A história de Yayá Paiva é um exemplo de amor. 
 É interessante refletirmos sobre a sua decisão de ser freira. O pai a proibiu de realizar o sonho, mas o seu altruísmo e espírito cristão autênticos fê-la agir com admirável sabedoria. Ela não demonstrou revolta, não se indispôs com o pai, não externou a mais sutil insistência. Sabia que acaso se rebelasse, criaria problemas maiores no ambiente familiar.
 
 Escola Municipal Yayá Paiva em 1997, vendo-se num dos quadros a fotografia da referida beata. Em vida ela só teve dois registros de sua imagem. O segundo foi providenciado por mim, mas ainda não estava na parede nesse período. A outra imagem é da intelectual Nísia Floresta Brasileira Augusta, cujo seu busto é visível sobre o móvel. Mandei fazer essa obra em 1997 por "Ìndio", respeitável artista nisiaflorestense.

A solução foi a obediência. E essa obediência não foi mais que uma sábia estratégia. Se refletirmos adequadamente, ela era freira por dentro, e mesmo contrária à vontade do seu pai, tornou-se freira por fora a partir do momento que abraçou sua missão de ser útil. E talvez foi muito mais, pois freiras não podem morar dentro de uma igreja. E ela praticamente morava dentro da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Ó. Era a sua casa. Era onde ela se sentia tão bem que ali estava de domingo a domingo, do amanhecer ao anoitecer.  Para coroar de êxito a sua vontade de ser freira, escolheu uma indumentária que em nada diferia de uma freira tradicional. Em outras palavras: ela sempre foi freira. Obviamente o pai percebeu tudo aquilo e recuou em silêncio. Pelo menos isso.
Supõe-se que Yayá Paiva tenha sido uma mulher muito infeliz – a julgar pela proibição de ser freira – mas se refletirmos bem creio que ocorreu o contrário: ela foi muito feliz. Talvez uma das pessoas mais felizes que poderíamos conhecer, pois dedicou toda a sua vida ao que mais gostava, e a quem mais amava. Essa foi a sua única vontade. Escolheu recolher-se como virgem e permanecer solteira até o dia de sua morte. Inegável que havia uma santidade nessa mulher.
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Por Luís Carlos Freire (este texto foi construído entre 1992 a 2004, graças a ajuda da senhora Yolanda, uma prima de Yayá Paiva que morava no Abrigo Anízia Pessoa, em São José de Mipibu/RN, oriunda de Belém, no Pará; Sr. "Bambão", sua esposa Maria do Carmo, Lorica, Professor Jorge Januário de Carvalho e da Srª Maria do Carmo Bezerra Dias.) Também encontrei algum material de acervo e somei o texto.
                                            

6 comentários:

  1. Parabéns por contar tão bem a história dessa mulher, serva de Deus, exemplo de abnegação, trabalho e fé.

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  2. Boa tarde. Sou professora do Yayá Paiva e nova na região. Este ano a escola completa 50 anos. Gostaria de homenagear Yayá com uma peça teatral, porém precisaria obter mais informações. Como conseguiria estas informações?

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    1. Boa noite!Desculpe, mas o seu comentário caiu no SPAM. Vi somente hoje. Meu e-mail é luiscarlosfreire.freire@yahoo.com.br Acaso tenha interesse, já que esse ano foi o "Ano da Pandemia", entre em contato que terei o maior prazer em ajudá-la. Um abraço!

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  3. Ótimo texto. A sublimação desta jovem foi além do sacrifício pessoal, o qual se transformou na aura da sua felicidade.No texto tem um possível engano nas datas do nascimento e da morte do Bispo da Paraiba: Acredito que tem um pequeno milagre nesta estória: O Dom Adaucto ganhou quarenta anos de vida a mais.. Está no texto!

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  4. Ótima busca e pesquisa.
    A única que achei.
    Ela era Sinhá.
    Ela tinha escravizados?
    No engenho descanso tinham escravizados indígenas?

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    1. Sim. Acredito, pois quando escrevi, o fiz através de entrevistas. Não encontrei nada sobre ela em termos de livros ou algo impresso. Sobre a sua pergunta, ela não viveu a época da escravidão. Não acredito que havia escravos indígenas no Engenho Descanso, pois isso tentou ser construído, mas na época do descobrimento do Brasil. Povos originários não permitiram ser escravizados. Pode ter existido, sim, escravos de descendência africana no no referido engenho, mas até agora não encontrei registros.

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