ANTES DE LER É BOM SABER...

CONTATO: (Whatsapp) 84.99903.6081 - e-mail: luiscarlosfreire.freire@yahoo.com. Este blog - criado em 2008 - não é jornalístico. Fruto de um hobby, é uma compilação de escritos diversos, um trabalho intelectual de cunho etnográfico, etnológico e filológico, estudos lexicográficos e históricos de propriedade exclusiva do autor Luís Carlos Freire. Os conteúdos são protegidos. Não autorizo a veiculação desses conteúdos sem o contato prévio, sem a devida concordância. Desautorizo a transcrição literal e parcial, exceto breves trechos isolados, desde que mencionada a fonte, pois pretendo transformar tais estudos em publicações físicas. A quebra da segurança e plágio de conteúdos implicarão penalidade referentes às leis de Direitos Autorais. Luís Carlos Freire descende do mesmo tronco genealógico da escritora Nísia Floresta. O parentesco ocorre pelas raízes de sua mãe, Maria José Gomes Peixoto Freire, neta de Maria Clara de Magalhães Fontoura, trineta de Maria Jucunda de Magalhães Fontoura, descendente do Capitão-Mor Bento Freire do Revoredo e Mônica da Rocha Bezerra, dos quais descende a mãe de Nísia Floresta, Antonia Clara Freire. Fonte: "Os Troncos de Goianinha", de Ormuz Barbalho, diretor do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, um dos maiores genealogistas potiguares. O livro pode ser pesquisado no Museu Nísia Floresta, no centro da cidade de nome homônimo. Luís Carlos Freire é estudioso da obra de Nísia Floresta, membro da Comissão Norte-Riograndense de Folclore, sócio da Sociedade Científica de Estudos da Arte e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Possui trabalhos científicos sobre a intelectual Nísia Floresta Brasileira Augusta, publicados nos anais da SBPC, Semana de Humanidade, Congressos etc. 'A linguagem Regionalista no Rio Grande do Norte', publicados neste blog, dentre inúmeros trabalhos na área de história, lendas, costumes, tradições etc. Uma pequena parte das referidas obras ainda não está concluída, inclusive várias são inéditas, mas o autor entendeu ser útil disponibilizá-las, visando contribuir com o conhecimento, pois certos assuntos não são encontrados em livros ou na internet. Algumas pesquisas são fruto de longos estudos, alguns até extensos e aprofundados, arquivos de Natal, Recife, Salvador e na Biblioteca Nacional no RJ, bem como o A Linguagem Regional no Rio Grande do Norte, fruto de 20 anos de estudos em muitas cidades do RN, predominantemente em Nísia Floresta. O autor estuda a história e a cultura popular da Região Metropolitana do Natal. Há muita informação sobre a intelectual Nísia Floresta Brasileira Augusta, o município homônimo, situado na Região Metropolitana de Natal/RN, lendas, crônicas, artigos, fotos, poesias, etc. OBS. Só publico e respondo comentários que contenham nome completo, e-mail e telefone.

quarta-feira, 24 de maio de 2023

Algumas mulheres e suas histórias...


ADEMILDE FONSECA – CANTORA POTIGUAR -  Ademilde Fonseca Delfino nasceu em Pirituba, São Gonçalo do Amarante, em 4 de março de 1921. Tudo começou quando Ademilde foi fazer um teste com o Renato Murce na Rádio Clube do Brasil. Cantou o samba Batucada em Mangueira, do repertório da Odete Amaral, acompanhada pelo Benedito Lacerda, e passou; desde então eles ficaram amigos, e passaram a cantar juntos em clubes e festas particulares.


Ademilde é uma cantora brasileira. Suas interpretações a consagraram como a maior intérprete do choro cantado, sendo considerada a "Rainha do choro". Ademilde nasceu na localidade de Pirituba, no município de Macaíba, no estado do Rio Grande do Norte. Aos quatro anos de idade, foi viver com a família em Natal (RN) onde morou até o início da década de 1940. Desde criança gostava de cantar. Ainda na adolescência, começou a se interessar pelas serestas e travou conhecimento com músicos locais. Pouco mais tarde se casou com um desses seresteiros, Naldimar Gedeão Delfino. Com ele se mudou para o Rio de Janeiro em 1941. Seu nome oficial mudou sofreu duas alterações ao longo da vida. Foi registrada como Ademilde Ferreira da Fonseca. Ao casar com o violonista Naldimar Gideão Delfino mudou o nome para Ademilde Fonseca Delfino.


Ao separar-se de Naldimar, adotou o nome artístico de Ademilde Fonseca como seu nome documental. Recebeu do instrumentista Benedito Lacerda o título de "Rainha do chorinho". Ademilde trabalhou por mais de dez anos na TV Tupi e seus discos renderam mais de meio milhão de cópias. Além de fazer sucesso em terras nacionais, regravou grandes sucessos internacionais e se apresentou em outros países. Ademilde continua na ativa, fazendo shows, criadora do choro cantado também foi a primeira cantora nordestina a encantar o país com esse gênero gracioso, brejeiro e bastante difícil de ser cantado. Ademilde Fonseca tirou de letra aqueles intervalos criados normalmente para serem executados por instrumentos, que não têm as limitações da escala vocal. Com um aparelho vocal para lá de privilegiado, ela ainda conseguiu manter uma dicção impecável e clara em suas interpretações.  Rainha do Choro com toda justiça, Ademilde completou este ano 88 anos muito bem vividos. Em 2001 Ademilde, por conta de seu aniversário, foi recebida na Rua do Choro, com direito a um recital dos chorões locais. E em Pirituba, lugarejo próximo a Natal (RN), onde nasceu, uma praça foi batizada com seu nome. Ela aproveitou a viagem a sua terra e abriu o Projeto Seis e Meia em Natal, no Teatro Alberto Maranhão. Em 1942, quando tinha 21 anos de idade, Ademilde, que já morava no Rio, decidiu cantar durante uma festa, acompanhada por Benedito Lacerda e seu regional, uma música que conhecia desde criança: o choro Tico-Tico no Fubá, de Zequinha de Abreu.


Acabou sendo levada aos estúdios de gravação para registrar a tal façanha. Sucesso total. A partir daí, vieram outros lançamentos imortais, como Apanhei-te Cavaquinho, Urubu Malandro (com letra), Rato, Rato, Teco-Teco, Pedacinhos do Céu, Acariciando, além de Brasileirinho e do baião Delicado. Essas duas últimas acabaram rodando o mundo em sucessivas regravações internacionais. Ademilde teve algumas chances de se apresentar fora do país. Em 52, cantou em Paris, numa festa dada por Assis Chateaubriand aos vips locais, e, em 84, abriu o carnaval brasileiro de Nova York. Ela ainda atuou muitos anos nas rádios Tupi e Nacional até o fechamento dessa última, em 1964.  Depois, chegou a defender um belo choro de Pixinguinha e Hermínio Bello de Carvalho (Fala Baixinho) no II Festival Internacional da Canção da TV Globo, em 1967, e teve um expressivo revival nos anos 70 com apresentações concorridas no Teatro Opinião, gravando dois novos discos. Chegou a pensar em se aposentar, mas nunca a deixaram abandonar a música. ela é única no estilo que consagrou. E que só recentemente se deu conta de seu valor e de que ninguém jamais cantou choro como ela. Ao mesmo tempo, a cantora não estranha as novas tendências musicais como o funk e o rap. Acha tudo muito natural, parte das mudanças que a música veio sofrendo ao longo dos tempos.



ALZIRA SORIANO – PRIMEIRA MULHER ELEITA PREFEITA NUM MUNICÍPIO DA AMÉRICA LATINA -  Luiza Alzira Teixeira Soriano (Jardim de Angicos/RN,, 29 de abril de 1897 — Natal, 28 de maio de 1963). Filha mais velha de um influente líder político regional, Alzira nasceu e cresceu em Jardim de Angicos, um distrito de Lajes, no Rio Grande do Norte. Aos 17 anos de idade, casou-se com um promotor pernambucano, com quem teve três filhas. Ficou viúva aos 22 anos quando seu esposo morreu vítima da Gripe Espanhola.

Alzira voltou a morar com seus pais em uma fazenda, ficando conhecida por comandar com pulso firme a casa e as atividades da propriedade. Enquanto participava das reuniões promovidas pelo pai, chamou a atenção da líder feminista Bertha Lutz e do político Juvenal Lamartine de Faria, que a convenceram a disputar a prefeitura de Lajes. Durante a campanha eleitoral de 1928, Alzira foi atacada com ofensas misóginas. Entretanto, foi eleita prefeita com mais de 60% dos votos, assumindo o cargo em 1929. Permaneceu no executivo municipal até o advento da Revolução de 1930 e só voltou a ocupar um cargo público, o de vereadora, em 1947. Após sua morte, recebeu diversas homenagens, incluindo o Diploma Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós, outorgado pela Câmara dos Deputados, e um feriado municipal em sua cidade natal. No início de 1928, durante uma reunião política ocorrida na Fazenda Primavera com a presença do governador Juvenal Lamartini, a bióloga e líder feminista Bertha Lutz ficou impressionada com as habilidades de Alzira.  Bertha Lutz estava no estado para discutir com Lamartini a apresentação de uma candidatura feminina nas eleições municipais daquele ano.  Na época, não havia sufrágio feminino no Brasil, mas o Rio Grande do Norte foi pioneiro ao dispor em 1926, em sua Lei Eleitoral, que "poderão votar e ser votados, sem distinção de sexos, todos os cidadãos que reunirem as condições exigidas por lei." No ano seguinte, a potiguar Celina Guimarães Viana se tornou a primeira eleitora do país e, em abril de 1928, a primeira mulher a votar. Contando com o apoio do pai, de Lamartini e de Lutz, Alzira aceitou disputar a prefeitura de Lajes e foi escolhida a candidata do Partido Republicano. A subsequente campanha eleitoral presenciou ofensas misóginas contra ela. As insinuações incluíam que a candidata tinha um caso com o governador e que, sendo uma "mulher pública", era prostituta. Em setembro, venceu a eleição com 60% dos votos válidos, convertendo-se na primeira prefeita mulher não só do Brasil como também da América Latina. Seu adversário eleitoral, um major, deixou o estado por sentir-se humilhado pela derrota. Alzira compôs um gabinete formado apenas por homens. Como prefeita, foi responsável pela construção de estradas, mercados públicos e melhorias na iluminação pública da cidade. De acordo com a publicação Afinal, o que as mulheres querem?, durante seu governo "consta a construção de novas estradas, como aquela que liga Cachoeira do Sapo a Jardim de Angicos, além de ter construído escolas e ter implantado a iluminação pública a vapor." Na eleição presidencial de 1930, Alzira apoiou o paulista Júlio Prestes. Com a Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas à presidência, os prefeitos de todo o país passaram a ser substituídos por interventores. Apesar de ser convidada a permanecer governando a cidade, Alzira não aceitou o cargo de interventora municipal.  Antes de deixar a chefia do município, Alzira visitou seus eleitores para agradecer o apoio recebido. Quando Miguel Moreira da Silveira, um de seus opositores, a avistou, passou a cantar versos contra ela. Neste momento, segundo Souza 1993, p. 33-34, Alzira "deu-lhe tanto na cara que acabou quebrando os óculos dele [...] impassível, retomou as filhas pela mão e continuou a fazer as visitas programadas. Mais tarde já em casa confessou à família: 'só tive essa reação por que disse que fazia e não quis bancar a covarde'."  Em 1932, Alzira se mudou para Natal, capital do estado, visando oferecer para suas filhas melhores opções de ensino. Permaneceu em Natal até quando sua última filha se casou, em 1939, voltando a morar na Fazenda Primavera; ali reconstruiu sua atividade política. Com a morte de seu pai, Miguel, Alzira assumiu com os demais irmãos a gestão da fazenda. Em 1947, Alzira foi eleita vereadora de Lajes pela União Democrática Nacional (UDN). Nesta mesma época enfrentou opositores políticos até em sua família, incluindo o irmão caçula, Paulo, que foi eleito prefeito. Consoante Schuma Schumaher e Erico Vital Brazil, "embora as divergências provocassem acaloradas discussões — em boa medida, em função do temperamento autoritário de Alzira —, os laços de solidariedade dentro da família, o socorro mútuo nos momentos difíceis eram cultivados." 

Alzira foi reeleita vereadora de Lajes por mais dois mandatos e escolhida por seus pares para presidir a Câmara Municipal. No final de 1961, descobriu ter câncer de útero e foi até o Rio de Janeiro para receber tratamento médico. No entanto, a doença estava em estado avançado e Alzira optou por falecer em seu estado. Ela morreu em Natal, em 28 de maio de 1963, aos 66 anos de idade.



AMÉLIA DUARTE MACHADO – “VIÚVA MACHADO” – PRIMEIRA EMPRESÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE - nasceu em Natal em 1881; faleceu em 1981, aos cem anos de idade. Era casada com Manoel Machado. O casal era dono de muitas empresas, doca, engenhos e fazendas nos arredores de Natal, Macaíba, São Gonçalo do Amarante e Parnamirim. Na década de 20, eles doaram uma vasta extensão de terra para a construção do “Campo de Aviação de Parnamirim”, hoje “Aeroporto Augusto Severo” e Base Aérea de Parnamirim. Para termos ideia da riqueza dessa família, depois eles doaram toda a área onde se ergueu o município de Parnamirim.  Amélia Duarte era uma dona de casa, embora alfabetizada e apreciadora de livros. Enquanto o marido se dedicava aos empreendimentos, inclusive era um grande importador de produtos europeus, Amélia se comportava como anfitriã, organizando jantares e festas para empresários potiguares e de outros estados e países. Muito polida, passava longe do estilo Nair de Teffé. Não roubava a cena, mas acompanhada do marido, que era alegre e extrovertido, desfilava naturalmente na passarela da riqueza natalense.  Manoel Machado morreu na meia idade e Amélia foi impelida a assumir os negócios. Essa condição era incomum a uma mulher, principalmente na Natal provinciana e conservadora. Não se viam mulheres adiante de empresas. “Lugar de mulher era na cozinha e cuidando da casa”, no entendimento social. Negócios “eram coisa de homem”. Para surpresa de todos, Amélia se revelou "Catarina, a Grande" nos negócios milionários, caídos em seu colo da noite para o dia. Empresários se aproximaram dela vislumbrando algum deslize e falta de experiência para comprar o seu patrimônio a preço de banana, mas ela surpreendeu, tornando-se tão competente quanto qualquer homem na arte da administração. Logo passaram a apontá-la como uma mulher má, autoritária, mandona, que judiava dos empregados etc. (tipo a Ana Jansen lá do Maranhão). As acusações partiam de homens de negócio de Natal, frustrados por não conseguirem ‘pô-la no bolso’. Houve pretendentes querendo dar o golpe do baú, mas a viúva foi indiferente aos galanteios. Ela surpreendeu Natal e se tornou uma notável mulher de negócios. Seu extinto empreendedor, adormecido, acordou. A viuvez e o fato de viver cercada de homens de negócios, já que não existiam mulheres empresárias, aumentou a distorção de sua imagem. Amélia, que sempre foi discreta, tornou-se a própria cena natalense. Ela geria o patrimônio familiar em sua casa, delegando tarefas aos parentes de confiança, esquadrinhando documentos e conferindo papeladas incontinenti. Trouxe um sobrinho do Ceará e o colocou como gerente das propriedades rurais, exigindo prestação de contas semanais. O palácio de Amélia Machado tornou-se o escritório das empresas "Manoel Machado". Ela visitava as empresas, as fazendas e o engenho de surpresa. De fato isso devia ser estranhíssimo para uma sociedade que enxergava a mulher como frágil e inferior. Para aumentar os comentários maldosos, ela nunca teve filhos e fez alguns abortos involuntários. Passaram a dizer que ela detestava crianças. - O magnífico palacete da “Viúva Machado”, construído em 1910, resiste intacto na Cidade Alta. Possui gradil e estátuas provenientes da França em estilo “Art Nouveau”. Foi construído quando Natal se inspirava na arquitetura e na arte francesa. Amélia Machado foi acometida por uma doença rara. Seu crânio experimentou lentamente uma sutil deformação e consequentemente as orelhas se tornaram maiores. É possível que ela tenha sofrido de "Síndrome de Treacher Collins", distúrbio genético deformador da caixa óssea, inferindo na aparência das orelhas. Assim como reconhecemos com facilidade a síndrome de Down, ocorre o mesmo com tal síndrome. Há um padrão na aparência de quem a desenvolve. Especialistas explicam que a doença deforma as orelhas, pálpebras, as maçãs do rosto, maxilar inferior e superior, sem danos para a mente. Idosa, Amélia Machado se enclausurou, lúcida e sabedora das histórias horríveis que criavam. Não aparecia na janela e nunca mais pisou na igreja que amava e ficava a dez passos de seu portão. Alguns empregados vazavam detalhes sobre seus hábitos reclusos e a aparência deformada. Bastou para ampliar mexericos. Amélia Machado faleceu na década de 1981, aos cem anos de idade. A lenda permaneceu intensa até a década de 90. Natal deve pedir desculpas à dona Amélia Duarte Machado. Eis um nome instigante para estar na boca de palestrantes e "coachs", como símbolo da inteligência empresarial e argúcia feminina no meado do século XX. Amélia Machado é o maior exemplo, em Natal, sobre o que o machismo – associado à ignorância – pode fazer à imagem de uma mulher para destruí-la.



AMELIA EARHART – PRIMEIRA MULHER A VOAR - ESTEVE EM PARNAMIRIM  NA DÉCADA DE 20 - nasceu a 24 de Julho de 1897 em Atchison (Kansas),no coração dos Estados Unidos da América. Desde pequena que revelou ter uma personalidade aventureira e independente e demonstrou grande interesse por actividades tradicionalmente masculinas. Em 1920, após a sua primeira experiência de voo – uma ascensão de dez minutos com o piloto Frank Hawks em Long Beach, na Califórnia –, decidiu aprender a pilotar. Teve a sua primeira aula no dia 3 de Janeiro de 1921 e, dois anos mais tarde, obteve a licença de voo. Nas décadas de 1920 e 1930, Earhart alcançou vários recordes, nomeadamente por ter sido a mulher a voar a maior altitude e a maior velocidade. Acima de tudo, porém, foi a primeira mulher a atravessar o Atlântico e a primeira pessoa a empreender um voo solitário entre Honolulu e Oakland, ou entre Los Angeles e a Cidade do México.  . Amelia Earhart era uma celebridade, quando, em 1937, decidiu ser a primeira mulher a dar a volta ao mundo. A sua viagem não seria a primeira travessia aérea à volta do mundo – feito realizado por uma equipa norte-americana em 1924 –, mas a mais longa: uma extenuante rota de 47.000 quilómetros, nas proximidades do equador. A primeira tentativa viu-se frustrada por um acidente que danificou seriamente o seu equipamento. Amelia Earhart era loura, muito elegante e media um pouco mais de 1,70 metros. A imprensa baptizou-a de Lady Lindy, de- vido à sua parecença física com outro aviador famoso, Charles Lindbergh. Aos 33 anos casou-se com o editor George Putnam, que a pediu seis vezes em casamento até ela, finalmente, aceitar, com a condição de ambos conservarem liberdade total. Cruz de voo concedida a Earhart pelo congresso dos Estados Unidos da América. A 1 de Junho, uma vez reparado o avião – um Lockheed Modoo 10 Electra–, Earhart e o seu navegador, Fred Noonan, um piloto com muita experiência de voo no Pacífico, empreenderam a sua viagem para leste a partir de Miami. Após várias escalas, chegaram a Lae, na costa oriental da Papua Nova-Guiné. A 2 de Julho de 1937, Earhart e Noonan partiram para o destino seguinte: Howland, uma ilha de coral plana, com apenas 2,4 quilómetros de comprimento, perdida no Pacífico, a meio caminho entre a Austrália e o Hawai. Ali estava estacionado o navio USCGC Itasca, cuja missão era manter contacto com os pilotos via rádio e guiá-los até ao local. A ilha situava-se a cerca de 4.100 quilómetros de distância e a quantidade de combustível era suficiente para lá chegar em condições normais, embora os depósitos, com uma capacidade de 1.1 0 galões, não estivessem completamente cheios, a fim de reduzir o peso do avião. No entanto, os aviadores nunca chegaram ao seu destino. Após várias horas de voo, a aproximação final à ilha Howland, através de radionavegação, foi desesperadamente ineficaz. O Itasca recebeu sinais do avião, mas as comunicações em sentido contrário foram quase inexistente. Earhart e Noonan avançaram sem rumo, sobre nuvens dispersas, cujas sombras em forma de ilhas poderiam tê-los desorientado. Numa das suas últimas chamadas, alertaram: “Itasca, devemos estar em cima de vocês porque não vos vemos. Temos pouca gasolina. Não conseguimos localizá-los por rádio. Estamos voando a 1.000 pés [304 metros] de altura.” O contacto rapidamente se perdeu e o avião foi dado como desaparecido. Uma missão de resgate que mobilizou 66 aviões e nove navios para rastrear 250.000 milhas quadradas de oceano chegou ao fim sem resultados. Em 5 de Janeiro de 1939, a aviadora era declarada legalmente morta. O desaparecimento de uma pessoa tão intrépida e admirada como Amelia Earhart suscitou de imediato todo o tipo de especulações.



ANA CLÁUDIA TRIGUEIRO – ESCRITORA NORTE RIO-GRANDENSE DE LITERATURA INFANTO JUVENIL - Ana Cláudia Trigueiro, natalense de 49 anos, é escritora e psicóloga. Começou escrevendo histórias infantis, que lia para os filhos pequenos antes deles dormirem. À medida que foram crescendo, ampliou sua produção para contos, crônicas e romances. Tem alguns prêmios literários em seu currículo e seis livros publicados. Todos retratam histórias e lugares da nossa terra potiguar em contos e romances: Em busca do bem: aventuras de um adolescente cristão (infanto juvenil, 2013); Em um outubro rosa (relato de uma experiência com o câncer de mama, 2014); Francisca (romance de época), O Mistério do Verde Nasce (romance de época, 2018); João e Maria do engenho (infantil, 2018) e A ira de Judas – contos assombrados (coletânea de contos, 2018). É considerada pela crítica como uma das grandes escritoras potiguares.

 

ANDRESSA CARLA BARBOSA DOS SANTOS AMARO - PRIMEIRA COORDENADORA DE DANÇA DA FUNDAÇÃO PARNAMIRIM DE CULTURA NO TEATRO MUNICIPAL PAULO BARBOSA DA SILVA - nasceu em Natal/RN, no dia 16 de agosto de 1981, filha de Francisca Nunes dos Santos Santino e David Barbosa de Souza. É casada com José Neilson Amaro. Tem duas filhas, Letícia Vitória Barbosa Amaro, de 17 anos, e Cecília Vitória Barbosa Amaro, de 10 anos. Reside atualmente em Águeda, freguesia de Aveiro, Portugal, para onde emigrou em janeiro de 2019.


Andressa formou-se em Balé Clássico no ano de 1999, na Escola de Dança do Teatro Alberto Maranhão, em Natal. Também é formada em Pedagogia pela UFRN. Em 2009 passou a trabalhar na Fundação Parnamirim de Cultura - FUNPAC, exercendo a função de professora de balé clássico. Andressa é uma das pioneiras de Dança em Parnamirim. Ela foi a primeira professora de balé e primeira coordenadora de Dança do Teatro Municipal Vereador Paulo Barbosa da Silva. Em 2011 assumiu a Coordenação de Dança da Fundação Parnamirim de Cultura, função que exerceu até 2019, quando migrou com a família para Portugal. Naquele país ela exerceu inicialmente a função de professora de balé, contemporâneo e dança criativa em Aveiro, Portugal, mas atualmente exerce função fora da área da Arte.


Entrevistada em 2018, ela disse que foi muito difícil chegar aonde chegou justamente pelas dificuldades financeiras da família, portanto elegeu como meta ajudar aqueles que, iguais a ela, tem esse sonho e não tem condições financeiras. Segundo ela, "O balé clássico é um sonho muitas vezes impossível para muitos, pois os figurinos são caros, a própria farda, os acessórios, as viagens; às vezes a própria locomoção dos alunos é inviável para o orçamento das famílias. Muitos desistem, por isso pretendo ajudar aqueles que sustentam esse sonho. Tenho certeza que é possível fazer diferente". 


As palavras acima não se perderam ao vento, mas sempre se tornaram reais. Como coordenadora de dança, Andressa sempre fez tudo o que estava à sua altura para ajudar suas alunas a participarem de eventos de Dança no estado e fora dele. Ela recolhia os fardamentos das crianças, conforme iam crescendo, e repassava para crianças mais humildes. Ajudava as famílias dos alunos a organizarem bazar, fazer lanches, brigadeiro e bolos para venda, rifas, livro ouro e outras formas de arrecadação de recursos. “No final todos ficavam felizes. Participar de eventos fora da FUNPAC ajuda muito na experiência e no amadurecimento do aluno, seja na dança, na formação pessoal”, explica ela. Além de coordenadora de Dança, Andressa dirigia, coordenava coreografias, sonorização, adaptação de texto, músicas etc. Fazia tudo durante as mostras. Andressa viveu momentos históricos no atual Teatro, pois o primeiro espetáculo exibido aqui, denominado “Parnamirim Dança a Sua História”, passou por suas mãos.

 

Como todos têm a sua história, Andressa marcou época. Foi uma professora e coordenadora muito querida e respeitada pelos alunos, pais e a instituição. Tendo se desligado da Fundação Parnamirim de Cultura, hoje Secretaria Municipal de Cultura, em 2019, houve muita comoção em sua saída, mas é assim. Ela buscou o melhor para a sua família.



ANGÉLICA VITALINO – CORDENADORA DO PROJETO “RIO DE LEITURA - Angélica Fernandes de Oliveira Vitalino nasceu em Parnamirim/RN, no dia 10 de fevereiro de 1974. É formada em Letras e Teologia, professora, psicopedagoga e membro da Igreja Cristã Eterna Aliança em Parnamirim/RN. Atualmente está cursando a graduação em Biblioteconomia. Atua como assessora técnica para a Secretaria Municipal de Educação de Parnamirim, de onde coordena as ações do Projeto “Rio de Leitura”, uma pérola de Parnamirim.  O projeto Rio de Leitura, desde sua implantação em 2010 junto à SEMEC e em parceria com o Instituto de Desenvolvimento da Educação (IDE), desenvolve um calendário anual de ações para fomentar políticas de incentivo às bibliotecas escolares e aos mediadores de leitura. Durante esse período de mais de duas décadas, o projeto fomentou, instigou e tocou as mais variadas pessoas, sobre a importância da leitura na formação de uma sociedade mais lúcida sobre os seus direitos e deveres. Um exemplo extraordinário, que repercutiu nacionalmente, no programa Fantástico, da Rede Globo, foi o da recicladora de lixo, Srª Lindiana, cuja filha Maria Clara Silva de Oliveira, participante do projeto Rio de Leitura, tornou-se uma “devoradora de livros” e o hábito foi repassado à mãe. A recicladora passou a recolher os livros que achava na rua, montou uma biblioteca pública em sua casa, a seu modo, e logo aprendeu a ler, fez curso no EJA e se organiza para fazer o curso superior. Conhecedores que somos de que o Projeto Rio de Leitura é protagonizado por um grupo de educadores, não é demérito aos demais enaltecer a sua coordenadora Angélica Vitalino por diversos fatores. O seu incansável entusiasmo e encantamento com o louvável empreendimento – por exemplo –, driblando com maestria os obstáculos que surgem. É importante reconhecermos a sua condição de se colocar sempre na dianteira, abrindo caminhos, se articulando, defendendo e encorajando o projeto e os cidadãos e cidadãs nele envolvidos. O Projeto Rio de Leitura, aparentemente invisível, tem o mesmo poder benéfico do fogo. A fogueira, ao encerrar o lenho, não anuncia o fim. Sob as cinzas aparentemente vencidas, o braseiro arde num queimor superior ao amálgama do vulcão. A pequenos raminhos de entusiasmo, ela explode raios extraordinários de fogo e luz, iluminando como facho incandescente, excelso, luminoso e faiscante, tal qual a Fênix. Assim são as pessoas entusiasmadas com a nobre missão de despertar leitores. Assim são as pessoas merecedoras da gratidão de todos, a exemplo da professora Angélica Vitalino que, inclusive se tornou avó a poucos dias. Que dádiva para esse anjo ser acolhido por uma avó, cujos braços se confundem com um livro aberto. Quisera, na inauguração da vida, todos serem acolhidos pela sabedoria. Prêmios: Dentre as diversas honrarias que esse projeto ao longo dos anos vale destacar as seguintes: O Rio de Leitura foi ao Rio de Janeiro e lá recebeu o prêmio de segundo melhor projeto de incentivo à leitura junto a crianças e jovens de todo o país, oferecido pela Fundação Nacional do Livro Infanto e Juvenil (FNLIJ). (2018) Possui o Selo “o Brasil que Lê”, que contemplou o Projeto Rio que Flui para o Mar da Leitura entre mais de mil projetos participantes. (2020-2021). O projeto "Parnamirim, um rio que flui para o mar da leitura", da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEMEC), que incentiva a leitura e o desenvolvimento das bibliotecas escolares no município, é um dos dez melhores em todo o país, de acordo com o Instituto Nacional Pró-Livro (IPL). (2017). O projeto "Parnamirim, um rio que flui para o mar da leitura", da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEMEC), foi finalista na segunda edição do Prêmio Instituto Pró-Livro "Retratos da Leitura". (2017) Recebeu a premiação de segundo melhor projeto de incentivo à leitura do país no 23º Salão da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), 2018. (Adaptação: L.C.F.)



CELINA GUIMARÃES – PRIMEIRA ELEITORA DO BRASIL - Celina Guimarães Viana nasceu em Natal, no dia  15 de novembro de 1890 e faleceu em Belo Horizonte, no dia 11 de julho de 1972. Foi uma professora brasileira e primeira eleitora de que se tem registro oficial e inequívoco, no Brasil ,  ao votar em 5 de abril de 1928 na cidade de Mossoró, no interior do Rio Grande do Norte. 

Era filha de José Eustáquio de Amorim Guimarães e Eliza de Amorim Guimarães. Estudou na Escola Normal de Natal, onde concluiu o curso de formação de professores. Foi nessa mesma escola que conheceu Elyseu de Oliveira Viana, um jovem estudante vindo de Pirpirituba, com quem se casou em dezembro de 1911 e seria seu companheiro para toda a vida. Em 1912, foi para Acari, e em 13 de janeiro de 1914 mudou-se para Mossoró, onde aceitou o convite do diretor de Instrução Pública do Estado para assumir a cadeira infantil do Grupo Escolar 30 de Setembro. 

Com o advento da Lei nº 660, de 25 de outubro de 1927, o Rio Grande do Norte foi o primeiro Estado que, ao regular o "Serviço Eleitoral no Estado", estabeleceu que não haveria mais "distinção de sexo" para o exercício do sufrágio. O despacho original do juiz Israel Ferreira Nunes, contendo o nome de Celina escrito com bico de pena sobre papel almaço, encontra-se no acervo do Museu Histórico Lauro da Escóssia, em avançado estado de desgaste. Esse é o documento que comprova o pioneirismo de Mossoró em relação ao voto das mulheres no Brasil. 

Aprovada a Lei, várias mulheres requereram suas inscrições e a 25 de novembro de 1927. As eleitoras compareceram às eleições de 5 de abril de 1928, mas seus votos foram anulados pela Comissão de Poderes do Senado. Somente com o Código Eleitoral de 1932, é que "o cidadão maior de 21 anos, sem distinção de sexo…" poderia votar efetivamente. 

No que concerne ao fato de ter se tornado notória pelo feito, Celina afirmou: 

“Eu não fiz nada! Tudo foi obra de meu marido, que empolgou-se na campanha de participação da mulher na política brasileira e, para ser coerente, começou com a dele, levando meu nome de roldão. Jamais pude pensar que, assinando aquela inscrição eleitoral, o meu nome entraria para a história. E aí estão os livros e os jornais exaltando a minha atitude. O livro de João Batista Cascudo Rodrigues - A Mulher Brasileira - Direitos Políticos e Civis - colocou-me nas alturas. Até o cartório de Mossoró, onde me alistei, botou uma placa rememorando o acontecimento. Sou grata a tudo isso que devo exclusivamente ao meu saudoso marido”.

  — Celina Guimarães Viana


JOANA D’ARC SERAFIM DE MEDEIROS – “TIA CHINHA” - ORGANIZADORA DE ARRAIÁ E QUADRILHA NO BAIRRO SANTOS REIS – nascida em Parnamirim no dia 7 de março de 1968, conhecida como “Tia Chinha” em decorrência do arraiá e quadrilha que organiza e que tem esse nome.

Ela reside na rua Manoel Cirilo, 417, em Santos Reis. Tem cinquenta e cinco anos de idade. Esse seu amor pelas coisas juninas é uma herança paterna, pois seu pai, Sebastião Paulino de Medeiros (in memorian), conhecido como “Tio Bastos”, nunca deixou de fazer brincadeiras juninas em sua rua, nem que fosse acendendo uma simples fogueira e jamais esquecendo das comidas de milho (canjica, pamonha e bolo de milho).

“Criada dessa forma, eu jamais poderia ser diferente... sempre dei valor às coisas juninas. Papai morreu e eu continuei animando a rua com a Quadrilha e o “Arraiá Tia Chinha”, mas devido às dificuldades financeiras da maioria dos brincantes, eu resolvi deixar de lado a quadrilha e seguir apenas com o arraiá. Os figurinos juninos são muito caros”, explica tia Chinha.

Em 2019 ela explica que fez o último arraiá. Na verdade estava ela convicta de que o faria em 2020, mas a Pandemia do Novo Coronavírus (Covid19), abortou o projeto. “Estou muito ansiosa para fazer o nosso arraiá esse ano... não vejo a hora, estou animada. Toda a vizinhança fica perguntando”.

Para ela é uma realização pessoal ver a festa acontecer. Ela acredita que a atividade fortalece as amizades entre os moradores do bairro e acolhe os visitantes. Também é o momento de o vendedor informal ganhar um dinheirinho. “Eles vivem me cobrando o arraiá, não tem nem como eu esquecer”. 

Tia Chinha vê as festas juninas como das mais lindas dentre as outras datas comemorativas do ano, e entende que o poder público deve sempre apoiar os animadores e brincantes dos bairros, seja nos eventos juninos e outras datas marcantes. É uma forma de ajudar a perpetuá-la.

Ela também entende que o próprio povo tem parte da responsabilidade na existência ou fracasso das tradições populares: “eu acho que as novidades que vão aparecendo, os aparelhos celulares consomem as crianças e os adultos. Muitas pessoas passam grande parte da vida entretidas, paradas, vendo as redes sociais”. Tia Chinha entende que os parnamirinenses deveriam usar esse tempo em ações que resgatassem e revitalizassem a cultura de modo geral.

“Eu acho que nós, nordestinos, temos uma responsabilidade muito grande na manutenção das tradições, sejam quais forem. As festas juninas começaram no Nordeste, quando chegaram de Portugal. Não podemos ficar presos às coisas fúteis e passageiras, somos nordestinos, não podemos trocar as coisas do Nordeste por coisas de outros lugares. É necessário que a gente sinta orgulho na nossa cultura”, finaliza tia Chinha.



CLARA CAMARÃO (c. 1648 - c. 1715) foi uma índia potiguar que se destacou como guerreira na luta contra os invasores holandeses que ocuparam o nordeste brasileiro no século XVII. Ela ficou conhecida por sua bravura e habilidade militar, sendo considerada uma das grandes heroínas da resistência indígena na região.

Segundo relatos históricos, Clara Camarão era filha do chefe indígena Felipe Camarão, que liderou a resistência contra os holandeses na região do Rio Grande do Norte. Desde jovem, ela aprendeu a lutar e a manejar armas, participando ativamente das batalhas contra os invasores.

Durante a Guerra dos Mascates (1710-1711), Clara Camarão liderou um grupo de indígenas na luta contra os portugueses e seus aliados, que tentavam tomar a cidade de Natal. Ela teria sido fundamental na defesa da cidade, contribuindo para a vitória dos potiguares e dos colonos que se uniram contra os invasores.

Apesar de sua importância histórica, pouco se sabe sobre a vida de Clara Camarão após a guerra. Alguns registros apontam que ela teria vivido até os 67 anos e que teria se casado e tido filhos, mas não há informações precisas sobre sua morte ou sobre seus descendentes. Sua memória, no entanto, é lembrada como símbolo da resistência indígena e da luta por liberdade e autonomia no Brasil colonial.


MARIA GIZÉLIA ARAÚJO CARVALHO - “TIA LELA” - ORGANIZADORA DE ARRAIÁS, QUADRILHA JUNINA, COSTUREIRA E FIGURINISTA DE DANÇA NOS PRIMEIROS ESPETÁCULOS DA FUNPAC - nasceu  em Parnamirim no dia 27 de maio de 1960, casada com o sr. Nerival de Carvalho. Tem dois filhos e seis netos. Reside à rua Dom Leme, 17, no centro de Parnamirim. Ao longo de sua vida organizou muitas quadrilhas juninas, por exemplo “Arraiá Independente” e “Sorriso Junino”, e que tais títulos também batizavam o arraiá que acontecia na rua. “A gente entrava em contato com as autoridades e conseguia fechar toda a rua… era uma festa linda, muito familiar, dávamos valor às bandas que tocavam o forró com letras bonitas e saudáveis”, nas palavras dela. 


Essas atividades lhe renderam o tratamento de “Tia Lela”, pelos integrantes.. Já trabalhou com teatro e balé. No momento se dedica à confecção de costuras e artesanato. Foi funcionária da Fundação Parnamirim de Cultura no período de 2006 a 2012, onde exerceu atividades como figurinista e costureira, responsável pela confecção das vestimentas de todos os bailarinos do clássico e popular. Era responsável pelo acervo de figurinos no aspecto de reformar, zelar e emprestar para pessoas interessadas.


Ela conta um episódio bastante curioso sobre sua relação com a cultura. “O primeiro figurino que fiz para a Fundação Parnamirim de Cultura eu nem era funcionária de lá, e nem máquina tinha. Quando recebi o convite para fazer os figurinos do espetáculo “Paixão de Cristo”, eu sabia costurar, então tomei emprestada uma máquina de costura e Carmelita (funcionária da Fundação) conseguiu outra máquina. Deu tudo certo. Ficou lindo!”.


“Fiz os figurinos do “Asas da História”, “Cidade Iluminada”, “Oratório de Nossa Senhora de Fátima", "Paixão de Cristo” e outros. Trabalhei boa parte desse período com Vandilma e um curto período com Haroldo. Foi uma das épocas mais felizes da minha vida, pois sou apaixonada pela cultura”.


“Quando o prefeito Agnelo viu os figurinos, ficou encantado e perguntou quem fez e onde foi feito. Ao ser informado, por Vandilma, presidente da Fundação, que havia sido eu, e que tudo foi emprestado, ele ficou em silêncio. Pouco tempo depois, sem que eu soubesse, ele mandou que me convidasse a trabalhar na Fundação. Certo dia apareceram lá três máquinas, sendo uma overloque, uma de costura reta e outra que faz ziguezague. É outra página linda que trago de Agnelo. Ele marcou época”. 


Eis um capítulo da  história da “Tia Lela”. É um, dentre tantos, mas essa síntese nos permite visualizar uma mulher versátil, que ama o que faz, e com certeza ajudou a colocar um tijolinho na construção da História da Cultura em Parnamirim.



DELMIRA DALVA SILVA SANTIAGO - nasceu em Natal, no dia 07 de janeiro de 1957. Residiu parte da infância em Santana do Matos, município situado na Mesorregião Central Potiguar, Microrregião da Serra de Santana. Iniciou a sua história com Parnamirim/RN em 1969, quando veio residir nesse município. Chegou ainda criança, acompanhada da família. Começou a vida acadêmica no Colégio Comercial Cenecista Augusto Severo, instituição de ensino de referência, o qual teve grande influência na sua vida pessoal e profissional. 


Continuando a vida acadêmica, formou-se em Letras e especializou-se em Psicopedagogia Clinica e Institucional. Tendo feito do magistério um ofício e mesmo transitando por outros trabalhos e funções ela entende que a educação é o seu maior legado. Aos 22 anos de idade, iniciou a sua história em educação como professora do Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL. 


No decorrer da sua trajetória profissional, teve a oportunidade de assumir cargos como: Secretária Executiva da Câmara Municipal de Parnamirim durante quatro anos, Diretora e Vice-Diretora de várias escolas municipais e estaduais, Supervisora Pedagógica, Diretora Pedagógica da Secretaria de Educação Municipal, Secretária Municipal de Educação e Cultura, no período de 2001 à 2008; Presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação – UNDIME/RN, Presidente do Conselho Municipal de Educação, Presidente do Conselho da Criança e do Adolescente e Presidente do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério - FUNDEF. Desempenhou a função de Consultora da Empresa JIVA Consultoria de Serviços Educacionais, atuou como psicopedagoga do Centro Avançado de Saúde Escolar CASE e da Clínica Médico Odontológica de Parnamirim - CLIMOPAR. 


São quarenta e dois anos de atuação educacional, na qual sempre foi referenciada pelos relevantes serviços prestados a educação do município de Parnamirim e ao estado. Em suas palavras: “Não foram poucos os desafios enfrentados com destemor. Assumi o convite feito pelo prefeito Agnelo Alves (in memorian) para o cargo de Secretária de Educação com o fito de reescrever uma nova história na educação”. 


Reconhecendo na professora Delmira Dalva um potencial de excelência capaz de trazer grandes contribuições à educação do Município de Parnamirim, o prefeito Agnelo Alves confiou-lhe a missão, dando-lhe plenos poderes para a missão. Atualmente, Delmira Dalva Silva Santiago ocupa a função de Secretária Adjunta de Educação, conforme portaria nº 0019-04/01/2021.


GEORGIA REGINA DE MEDEIROS CAMPELO - CRIADORA DO “PROJETO DAS ARTES” NO BAIRRO PARQUE INDUSTRIAL - nasceu no dia 29 de maio de 1981, em Currais Novos. Casada com o inspetor da PRF, com quem tem 4 filhos, mora na cidade de Parnamirim há 25 anos. Foi assessora parlamentar na Câmara Municipal de Parnamirim. Vindo de uma família de 7 irmãos, filha do casal Francisca Enir de Medeiros Campelo e José Galdino Campelo. 


Georgia sempre estudou em escola pública, onde, na infância e adolescência, participou de grupos de dança e quadrilhas juninas estilizadas. Aos 9 anos de idade, teve a graça de começar a fazer parte da vida da irmã Ananilia Gomes, uma freira O. Que tinha o sonho de montar uma casa de acolhimento para acolher necessitados  e assim nasceu a casa de Irmã Ananilia Gomes. Ali Georgia passou a viveciar de perto o movimento sociocultural.


Trabalhou na SEMAS, lotada no CRAS do Parque Industrial. Ali esteve à frente do grupo de Idosos “Girassóis” e de um grupo de crianças e adolescentes. No início de 2012, no bairro Jardim Aeroporto, passou a fomentar um grupo de artesãs. Em 2017, com o apoio de amigos, transformou esse grupo no “Projeto das Artes”, cujo caráter é fomentar  a arte, a cultura, o empreendedorismo e o meio ambiente. Esse projeto prioriza aos moradores do Jardim Aeroporto e adjacências a colocar  principalmente as mulheres como protagonistas. 


Para Georgia é muito importante apresentar à sociedade a qualidade da produção cultural e artística, tendo as mulheres na dianteira, mostrando-lhes que além de dona de casa há outros horizontes e até mesmo uma profissão. Georgia visualiza essa experiência como uma riqueza, pois lhe permitiu compartilhar inúmeros conhecimentos e experiências com artistas maravilhosos que existem no bairro, mas não eram conhecidos no próprio local. 


Como vemos, Georgia é uma mulher que faz as coisas acontecerem e se preocupa com os seus derredores e  vizinhança, visualizando oportunidades para mulheres que nem sempre sabem os caminhos a trilhar. A instituição se tornou como uma família e atualmente é uma das referências nesse bairro que ainda é carente de muitas outras iniciativas.


GERALDA MARIA DOS SANTOS - ORGANIZADORA DE ARRAIÁS E QUADRILHA JUNINA NO BAIRRO DE BELA PARNAMIRIM -  nasceu no dia 15 de novembro de 1955, em São José de Mipibu, viúva do sr. Irineu Martins de Lima. Chegou à Parnamirim em 1969. Tem nove filhos, sendo seis homens e três mulheres. Durante muitos anos animou o seu bairro, organizando o “Arraiá Arrasta Pé da Geralda”. Dona Geralda é uma pessoa muito doce e querida, mas inquieta. É daquelas pessoas que, em casa, não consegue ficar parada, desse modo, além de nunca deixar a época junina sem comemorações, é artesã; faz colchas de retalhos, costura, faz remendo em roupas para sua casa em casa e para os vizinhos e adora cozinhar. “Gosto de comida de panela, comida com sustança, como buchada, sarapatel, feijoada, picada de porco, galinha caipira torrada, arroz, feijão verde, macarrão. Minha felicidade aumenta quando meus filhos  e netos estão todos em casa, me 'rodeando'".


Nessa inquietude, dona Geralda também organizou vários “piqueniques”, que são viagens de ônibus para locais com água: lagoas, rios, fontes e balneários. Ela conta assim: “Eu acerto com o dono do ônibus, arrumo o povo e a gente vai tudo junto, cada um paga a sua parte… é uma delícia, passamos o dia inteiro nas lagoas, a gente leva comida feita, é bom demais… já fomos para Barra de Maxaranguape, lagoa Carcará, lagoa do Bonfim, (Nísia Floresta), lagoa de Alcaçuz (Parnamirim), balneário de Pedro Velho, a Fonte de Pureza… é tanto lugar que nem me lembro mais… o povo adora… nunca teve briga nem pneu furou ou o ônibus deu prego, tivemos essa sorte. Também não aceito cabra véi bebendo cachaça… quer beber, fique em casa ou no mato!”. 


Dona Geralda é uma alegria. Diz sempre que adora a época junina “para mim é a melhor época, não sei porquê, mas eu adoro tudo dessa época, parece que as coisas são mais alegres, adoro ver as quadrilhas juninas, o povo se embolando, cantando… acho lindo um arraiá, gosto de fazer isso para o povo de casa e para o povo do bairro… é a alegria de pobre… aqui não tem nada, ninguém faz nada pra gente, a gente vive esquecido, nossas festas é a gente que faz, nós mesmos”, diz ela.


Hoje, aos 67 anos de idade, tendo vivido trancada durante a pandemia do novo coronavírus, dona Geralda se aquietou, diz que deu uma enferrujada. “Agora é que estou pensando o que fazer da vida, essa doença amoleceu o povo, ninguém era doido de sair para morrer, mas hoje está melhor, já tomei todas as vacinas e tomo as que aparecer… pra piorar, andei um tempo de cadeira de rodas, tenho artrose… pois é, estou vendo o que a gente vai fazer agora para o São João, com as graças de Deus”.


No meio da conversa, dona Geralda diz que já foi feirante, “Eu vendia picado de porco na feira e tinha bazar de roupas usadas”. Ela também fez algumas festinhas para as crianças no dia 27 de outubro, dia de São Cosme e Damião. “Como eu não sei escrever, conversei lá com um rapaz da Cultura, ele fez um ofício para um vereador e ganhei um saco com 40 quilos de bala, meus filhos compraram as pipocas, a prefeitura me deu um resto daquelas bonecas que dão no dia das crianças… foi a maior alegria que o meu bairro já viu.. fiz kissuki e entreguei para quem chegava, essas coisas me deixa mais feliz do que quem recebe.


Pois bem, essa é apenas uma página da história dessa mulher simples, mas cheia de vida e vontade de servir o próximo. Quisera que todas as pessoas tivessem a visão de dona Geralda.



GLORINHA OLIVEIRA - O ROUXINOL POTIGUAR – Nasceu no dia 27 de novembro de 1925, em Natal, precisamente no bairro das Rocas, uma menina que viria a ser batizada com o nome Maria da Glória Mendes de oliveira, porém por um lapso da parte de seu pai, a mesma foi registrada sem o nome Glória, o que não impediu de ser sempre chamada de Glorinha pelos seus familiares e amigos. Ainda pequena estudando no Grupo Izabel Gondim, Glorinha de destacava com as suas tendências artísticas, se apresentando em eventos e festinhas do colégio, participando de peças de teatro e cantando. Quando a mesma ainda pequena com apenas 10 anos, foi morar no Recife, esta se apresentou num programa de calouros na Rádio Clube de Pernambuco, onde ganhou um relógio de ouro por ser escolhida a cantora mirim na ocasião. Glorinha teve o privilégio de participar da inauguração da 1ª Rádio do RN –REN – RÁDIO EDUCADORA DE NATAL, que depois veio a se chamar RÀDIO POTI. Na década de 50 viajou por quase todo esse Brasil para representar nosso Estado nas inaugurações das emissoras de rádio dos DIÁRIOS E RÀDIOS ASSOCIADOS, participando ainda das festas de 1º Aniversário das TVS TUPI do Rio e São Paulo, a qual teve matéria de destaque na Revista O CRUZEIRO. Grandes figuras do cenário artístico brasileiro dividiram o palco com Glorinha, destacando nomes como Ademilde Fonseca, Cauby, Ângela Maria, Carlos Galhardo, as Irmãs Baptistas, Moacyr Franco, Leni Andrade, Miltinho, Sílvio Caldas, Orlando Silva, Ataulfo Alves, Lúcio Alves, Dick Farney e tantos outros. No Rádio Glorinha fez de tudo; rádio novela, programa de humor, e foi locutora e chegou até escrever minis novelas, seu maoir destaque foi seu Programa das quintas feiras “A ESTRELA CANTA”. Glorinha, garante ter público eclético, em termos de idade, já gravou dois LPS(vinil), o primeiro em 1988, com o nome “Glorinha Oliveira”, e o segundo em 1993, intitulado “50 ANOS DE GLÓRIA”, que teve tiragem de oito mil cópias, um número espetacular para Cidade do Natal. Em 1999, foi ao Rio de Janeiro gravar seu primeiro CD que teve o nome de “MEU TEMPO”, que teve participação de músicos de primeira grandeza, como Sérgio Cleto(arranjador), Victor Biglione, Mingo, Altamiro Carilho, Milton Guedes, Aécio(filho) e outros não menos importantes. Em 2001 gravou o CD “ENTRE AMIGOS”, homenageando os compositores da terra, além de várias participações de cantores colegas como Liz Nôga, Tarcísio Flor e outros. Vale salientar que Glorinha participou de Programas importantes da TV, fora de Natal, FESTA BAILE -1981 – Agnaldo Rayol e Lolita Rodrigues (TV RECORD), SEM CENSURA em 1988 (TV EDUCATIVA). * Apesar de estar longe no dia de hoje, mas minhas homenagens a esta jovem senhora que a cada ano que passa a voz fica melhor, parece vinho!!!, meus votos de muitos anos de vida com Saúde e Paz!!! e que possa continuar a encantar com sua voz os corações apaixonados!!!, e para os eternos fãs... aguardem vem aí um cd com músicas com de sucessos antigos e novas. Glorinha faleceu aos 95 anos de idade, em Natal, no dia 24 de fevereiro de 2021.


IRMÃ LUZIA – FDC – DIRETORA DO PRIMEIRO “ASAS DA HISTÓRIA – ABNEGADA PELA CULTURA LOCAL - Maria Luzia da Conceição, é freira da Congregação do Amor Divino,  nasceu em São José de Mipibu- RN em 22 de outubro de 1957. Fez o ensino básico e fundamental no Grupo Escolar Barão de Mipibu e Ginásio Estadual de São José de Mipibu, respectivamente, e o ensino médio parte no Instituto Pio XII, também em São José de Mipibu, Transferiu-se para Natal. Trabalhou no SESC como telefonista - Indo estudar no SENAC e em seguida Atheneu Norte Rio-grandense, Passando para o Escola estadual Presidente Kennedy pro curso de Magistério. 11/02/1979  – Entrou na Congregação das Filhas do Amo Divino, Província Nossa Senhora das Neves, Emaús –Parnamirim/RN 1980- Quando no estágio Canônico, em Santa Terezinha na Paraíba faz o primeiro “grande”. Espetáculo de Rua: A cabeça do Homem que disse não (vida de João Batista). No mesmo ano fez o nascimento de Jesus só com crianças (Convento).   1981 – Primeira transferência para o Colégio N. Senhora das Neves. Volta ao Instituto Presidente Kennedy para terminar o curso de magistério. 1982 – Professa os primeiros votos de Castidade, Pobreza e obediência e transferida para a Escola Cônego Monte. Cursou Educação Religiosa no Instituto de Teologia Pastoral de Natal. 1984 – Transferida para a cidade de Nova Cruz para a Comunidade Mãe Três Vezes Admirável. Lecionou na Escola Estadual Rosa Pignataro. 1985 – Casa Santa Zita em Natal - Alfabetizou adultos, em Fortaleza-CE no Colégio Stela Maris. Trabalhava nas Escolas estaduais noturnas de Natal na socialização das Empregadas Domésticas junto à casa Santa Zita e na reivindicação de seus direitos. Teve assento no Conselho da Mulher em Natal. Fez pré-vestibular no Colégio São Luiz. Conclui o curso de Educação Religiosa. 1987 -  Transferida para o Educandário Nossa Senhora dos Navegantes – Areia Branca/RN. 1989 – Transferida para Escola Cônego Monte- Natal/RN. Ano em que fez votos perpétuos em 1990 - Transferida para o internato masculino - Patronato de Ponta Negra. Crianças e adolescente de 07 a 16 anos. Iniciou o Cursou Teologia no Seminário de São Pedro em Natal E  paralelo fez um curso de extensão (de férias), de meios de comunicação social na faculdade de São Francisco. Pelas Edições Paulinas – São Paulo/SP . Conclui o curso de Teologia no Seminário São Pedro. 1999 - realiza a Encenação do Natal no Convento, com jovens da Comunidade de Emaús.  2000 – Transferida para Emaús vem trabalhar na Escola Estadual Profº  Arnaldo de  Arsênio de Azevedo (CAIC). Primeira Encenação da paixão de Cristo em Emaús. Inicio do curso de Pedagogia. 2001 - 2° ano da encenação da paixão de Cristo em Emaús.- 3º ano ainda mais envolvimento da comunidade. - 4º ano em Emaús. 2003 - Transferida para a Comunidade N.Senhora de Fátima - Parnamirim/RN -  Inicio a encenação com a 2ª DIRED - 2004_ A Paróquia N. Senhora de Fátima também colaborou em seguida a prefeitura, o comércio, o povo  e  as escolas. Neste ano realizamos outro espetáculo através do Teatro  Alberto Maranhão: Apresentamos. Em São Gonçalo do Amarante. No TAM, CAIC e em Escolas. 2005 _ Já trabalhando na Dired.  Fundação da ACDONIMO. Encenação da Paixão de Cristo. 2006 _ Transferida pra casa Provincial- Emaús. A Encenação da  Paixão  de Cristo continuou na Fundação Parnamirim de Cultura. lá criou o Projeto: Cultura em Trânsito. Nas asas da História. 2007 – Trabalhou na Biblioteca da Escola Estadual Roberto Krause. _ Encenou a 1ª vez a história de Santa Luzia. Ainda teve 03 edições com nome de: A luz do Primeiro Amor . 2009 _ Trabalhando na Biblioteca da Escola Estadual Maria Cristina. Iniciou o curso de formação de mediadores de leitura. Pelo IDE/C e A.  Fundou a 1ª Biblioteca Comunitária no Parque Industrial. Hoje está em Rosa dos Ventos. 2010 _Trabalhou na Escola de Campo de Santana em Nizia Floresta. (aposentou-se do Estado em 2013). 2014 _Convidada para levar a sede da Associação Cultural Dom Nivaldo Monte para Emaús, criou-se outra biblioteca Comunitária.


IRENE COSTA MIRANDA – UMA DAS PRIMEIRAS MORADORAS DE PARNAMIRIM - nascida no dia 1º de abril de 1938, na cidade de Parelhas/RN, filha de Euclides Costa Medeiros e de Luiza Carlos Damião. Atualmente com 85 anos de idade, reside no centro de Parnamirim, esquina da Caixa Econômica federal. Em 1953, ainda solteira, veio morar em Parnamirim com seu tio-avô, Lucas Evangelista de Lima (conhecido carinhosamente por “Tiluca” na cidade), foi funcionário da Base Aérea, residia na “Rua Fabrício Pedrosa” (atualmente, Avenida Brigadeiro Everaldo Breves).

Em 1954 ela conheceu Antonio Miranda, que viria a ser o seu marido, natural do distrito de Arenã, em São José de Mipibu; ele estava instalado na então “Vila de Parnamirim”, desde 1952, ocasião em que já era funcionário civil da Base Aérea e também bombeiro hidráulico nas horas vagas. Foi o primeiro encanador do Parnamirim, profissão esta continuada até os dias atuais pela maioria dos filhos homens. Irene, com apenas 15 (quinze) anos casou-se com ele no dia 15 de novembro de 1954 na cidade de Monte Alegre/RN. Morou de aluguel por 6 (seis) meses em “Água Vermelha”, bairro de Parnamirim, na época. Algum tempo depois foi morar em casa própria, localizada na Rua Sargento Norberto Marques (vizinho a atual Escola Municipal Costa e Silva), onde nasceram a maioria dos seus 12 (doze) filhos.

O primeiro deles nasceu em 1954. No ano de 1977 ele vendeu a casa onde morava e comprou outra na Avenida Brigadeiro Everaldo Breves, no centro, onde mora até o presente dia, somando-se 41 anos, nesta residência. Para criar os doze filhos, nos anos 70 e 80, comprou um espaço no mercado público, no centro (hoje conhecido como mercado velho). Apesar da doação aos doze filhos, teve tempo para concluir a 4ª série primária, tendo sido comerciante e feirante por mais de 15 anos. Em 1979 viveu um drama na família, ocasião em que faleceu Aluísio, um dos filhos, num acidente de trabalho. Era Cabo no Corpo de Bombeiros da Base Área. Em 1998, após 19 anos, aconteceu outro drama, tendo falecido o seu marido. Abalada, teve que assumir as responsabilidades familiares, conduzindo os filhos, ensinando-lhes respeito e orientando-os a serem pessoas trabalhadoras.

Hoje, aos 79 anos, com 22 netos e 06 bisnetos, ela se recorda, saudosa, de alguns colegas comerciantes, alguns vivos, como “Maria de José de Aprígio”, “Seu Elias”, “Seu Djalma”, “Seu Paulo, da mercearia”, “Dona ‘duVigem’”, “Dona Eridan”, “Francisca de Teixeira”, “Wellington da verdura” e “Fernando do caldo de cana”, e outros já falecidos, como: “Manoel Delfino”, “Afraudiso”, “Seu Nael”, “Seu Bubu”, “João Paisinho”,  “Chico do Ferro Velho”, “João Sabino”, “Seu Boa Vista”, “Seu Olegário”, “Zaú da carne”, “Seu Pedro de Finha”, dentre vários. Pessoas queridas que, iguais a ela, aqui se instalaram cheias de esperança, num tempo difícil, mas cheio de sonhos e vontade de vencer e acreditar num futuro melhor.

Reside em Parnamirim há 67 anos. É muito conhecida na cidade por sua solidariedade, acolhimento sem distinção a quem chega em sua residência, seja na prática da caridade ou simples e sadia conversa. Chamada carinhosamente por “Vó Irene”, por vários comerciantes e trabalhadores do centro de Parnamirim, tem fama de conselheira. Muitos a procuram por suas opiniões justas e corretas, sem perder o bom humor nem abrir mãos das inúmeras piadas. Dona Irene, ao contar episódios do passado, costuma dizer: “Prefiro lembrar das coisas boas. As ruins são passado”. Lema que prova todos os dias com sua própria vida. Suas “marcas”, como pessoa são a irreverência, alegria, acolhimento e otimismo. É considerada por todos que a conhecem como um exemplo de doação, coragem, força e fé.



KÁTIA CARVALHO DE LIMA, mais conhecida como KÁTIA PIRES, atualmente é Vice-Prefeita de Parnamirim, tendo exercido cinco mandatos como vereadora. É servidora pública, aposentada, da Câmara Municipal de Natal, Advogada, pós-graduanda em Direito Público pela Escola de Assembleia Legislativa e Doutoranda em Direito da Família na Facultad de Derecho da Argentina.


NOME: KÁTIA CARVALHO DE LIMA

NOME POLÍTICO: KÁTIA PIRES


Escolaridade: Cursou o ensino médio em escola pública na escola estadual Floriano Peixoto, cursou Administração de Empresas e Direito na Facex, servidora pública aposentada do Município de Natal, Advogada, especialidade em Direito Civil, pós-graduanda em Direito Público pela Escola de Assembleia Legislativa e Doutoranda em Direito da Família na Facultad de Derecho da Argentina.


Mãe de quatro filhos, Thiago, Carol, João Gabriel (In memorian) e Joselma Torres (filha do coração). Avó de 4 lindos netos: Luís Felipe, Arthur, Maria Fernanda e Maria Helena. Natural de Natal, cristã, tem mais de 35 anos de militância política. Sua atuação legislativa foi desenvolvida ao longo de 5 mandatos parlamentares pelo União Brasil (antigo Democratas) como vereadora de Parnamirim, tendo participado da composição da mesa diretora como vice-presidente, 1ª secretaria e 2ª secretaria. Atualmente exerce o mandato de vice-prefeita e Secretária Municipal de Cultura, abraçando diversas causas sociais assim como fez ao longo de sua carreira política.


Como vereadora, foi destacada a frente do parlamentar da mulher, da criança e do adolescente, colocando Parnamirim sempre em destaque na conquista do Selo Unicef. Foi autora do projeto de prevenção ao Câncer de Mama, e tendo como exemplo promover a vinda do caminhão “Amigo do Peito” com o mamógrafo a todos os bairros da cidade. Foi defensora da ampliação das políticas públicas para as mulheres. Ainda como legisladora, criou a escola do legislativo Eva Lúcia, que qualifica os servidores e comunidade local com cursos diversos, bem como pós-graduação em convênio com outras instituições.


Sua atuação como Secretária de Cultura vem se destacando pelo incentivo à Cultura, promovendo no ano de 2022 mais de 95 arraiás de rua por toda cidade, além de levar oficinas de Balé, Dança contemporânea, Dança Popular, Jazz, Capoeira, Danças Urbanas, Dança MIX e Canto para um público aproximado de mais 1.000 (Um mil) alunos de diversas faixas etárias. Ainda no ano 2022 promoveu o retorno da “Festa do Sabugo”, recebendo em dois dias de festa um público de mais de 10 mil pessoas. Em conjunto com diversas secretarias do município, criou o projeto “Família no Parque e na Praça”, estimulando a população a usufruir do Parque Aluísio Alves. Promoveu o retorno do espetáculo “Nas Asas da História”, que estava sem acontecer há vários anos, e uma programação natalina muito especial, nunca visto antes em Parnamirim. A previsão para o ano de 2023 é expandir os projetos iniciados, e trazer ainda mais cultura para o nosso município.


LINDIANA MARIA DA SILVA: CATADORA DE RECICLÁVEIS E BIBLIOTECÁRIA AUTODIDATA – SUA HISTÓRIA FOI PARAR NO PROGRAMA “FANTÁSTICO” – REDE GLOBO. Nasceu no dia 3 de janeiro de 1972, em Parelhas, RN. Tem quatro filhos, inclusive é Maria Clara Silva de Oliveira, participante do Projeto “Rio de Leitura”. Lindiana é dona de uma história digna de livro. Aliás, livro sempre fez parte da sua vida. Em 1998 veio morar em Parnamirim, instalando-se no bairro de Parque Industrial, Conjunto de Agnelo, próximo à linha ferroviária, na residência de sua mãe, onde ela trazia a sua filha para fazer tratamento médico, pois ela tem problemas físicos e mentais. Reside no mesmo local há 18 anos. Como deve acontecer com quem está desempregada, ela não ficou esperando que nada caísse do Céu. Assim que chegou saiu pelas ruas catando materiais recicláveis para vendê-los e obter alguma renda. E como só acontece às almas nobres, todo livro que ela encontrava, trazia para casa, e essas obras recebiam um lugar especial, conservados em prateleiras. Lindiana nunca conseguiu entender o motivo de alguém jogar livros fora, pois diz que eles têm informações preciosas à espera de um leitor. A esses livros elas estabeleceu uma política de leitura exemplar. Ela empresta a quem tem interesse e doa também. Inclusive contou que mandou vários livros para um rapaz de Parelhas, que está se preparando para um cargo jurídico e não tem condições financeiras para arcar com os custos bibliográficos. Depois que sua história foi contada no programa Fantástico, da rede Globo, ela passou a receber muitas doações. Lindiana lê desde os cinco anos de idade, mas nunca teve a oportunidade de dar vazão aos seus sonhos maiores. “São as coisas da vida, mas isso ainda vai acontecer, eu ainda terei o curso superior”. Ela se sente realizada na missão. Diz que não é um trabalho, mas um “lazer prazeroso”, inclusive visita escolas para contar histórias e a sua experiência de vida. Em 2019 foi convidada para dar o seu testemunho em São Paulo, no programa Rodrigo Faro. Lindiane é autora do projeto denominado “A Catadora de Sonhos”, que é uma biblioteca móvel a ser oficialmente inaugurada na Escola Manoel Machado, onde a sua filha estudou um período. Como foi dito anteriormente, desde os cinco anos de idade ela demonstra amor pelos livros e pela leitura. Quando chegou a Parnamirim, sua filha foi enfronhada no projeto denominado “Parnamirim: Um Rio Que Flui Para o Mar da Leitura”, que vigora em todas as escolas parnamirinenses, incentivando o amor à leitura e aos livros através de mediadores de leitura. Já foi premiado em nível nacional como um dos melhores do Brasil, tendo em vista que quem bebe nessa fonte se torna um leitor voraz e dissimina a literatura. A própria filha de Lindiana, apesar de ainda criança, se tornou mediadora de leitura em sua escola. Quando Lindiana conheceu o projeto, viu ampliar os seus horizontes, principalmente quando encontrou Angélica Vitalino (Coordenadora do referido projeto e também homenageada nesta exposição), a qual sempre a apoiou muito, assim como outros professores. A história da Srª Lindiana é uma das mais nobres e belas que se tem notícia ocorridas em Parnamirim. Atualmente ela tem se dedicado a outras atividades, mas segue o seu projeto de leitura, assim como segue o seu ofício de catadora de recicláveis... ou melhor, “catadora de livros”...

ALGUMAS FRASES DA SRª LIDIANE: “Todo dia saio para o meu garimpo. O diamante do meu garimpo são os livros!”  - “A minha biblioteca é na rua, onde acho os livros” -  “Quando acho um livro mexo nele inteiro, para ver o que ele tem, para dar o destino certo a quem procura algo” – “Quando criança eu achava que ia ser professora, mas eu não tive condições de estudar, ir até o final, então todos aqueles livros que eu sonhei em ter e encher a estante inteira, agora eu posso fazer tudo isso. Por isso que eu amo eles, e tenho certeza que mesmo sem eles falarem, como a gente fala, eles também dizem que me amam. Porque eles estão lá me esperando passar, esperando a minha hora para se entregarem para mim”.



LYUDMILLA MIKHAILOVNA PAVLICHENKO - SNIPER nasceu em Bila Tserkva, 12 de julho de 1916 — Moscou. Foi uma franco-atiradora durante a II Guerra Mundial. A ela foi creditada a morte de 309 soldados nazistas (possivelmente mais de 500), sendo ainda hoje considerada a franco-atiradora mais bem sucedida na história. 

Lyudmila nasceu em Bila Tserkva, cerca de 80km ao sul de Kiev, na Ucrânia em 12 de julho de 1916. Aos 14 anos mudou-se para Kiev com a família. Nesta época, associou-se a um clube de tiro local, vindo a tornar-se uma exímia atiradora. Trabalhou em uma fábrica de armamentos em Kiev, até sua entrada na universidade em 1937. Como aluna da Universidade de Kiev, defendeu em seu mestrado a vida de Bohdan Khmelnytsky. 

Em junho de 1941, aos 24 anos de idade, Lyudmila já estava em seu quarto ano de história na Universidade de Kiev, quando a Alemanha Nazista começou a invasão da União Soviética Lyudmila estava entre os primeiros da lista de voluntários para recrutamento. Onde foi selecionada para participar da infantaria e posteriormente, ela foi designada para o 25º Exército Vermelho - Divisão de Infantaria. Pavlichenko tinha então a opção de se tornar uma enfermeira, mas recusou, sua intenção era participar ativamente dos combates. Desta forma se tornou uma das duas mil atiradoras de elite do sexo feminino no Exército Vermelho, das quais somente cerca de 500 sobreviveriam à guerra. 

Como atiradora furtiva, fez sua primeira vítima nas proximidades de Belyayevka, usando um rifle de ferrolho Mosin-Nagant, com luneta. Tipo de rifle comum entre os atiradores russos, como Roza Shanina e Vassili Zaitsev. 

Pavlichenko lutou por mais ou menos dois meses e meio em Odessa, onde contabilizaria 187 mortes. Quando os alemães tomaram o controle de Odessa, sua unidade foi evacuada através do Mar Negro até o porto de Sebastopol na Península da Crimeia. Em maio de 1942, já então Tenente, foi condecorada por ter matado 257 soldados alemães. Seu número total de mortes durante a Segunda Guerra seria de 309, incluindo 36 snipers e pelo menos 100 oficiais. Normalmente costumava trabalhar com um observador a uns 200-300m à frente de sua unidade, muitas vezes ficando imóvel por 18 horas seguidas. 

Em junho de 1942, Pavlichenko foi atingida por um morteiro e foi retirada da batalha por quase um mês, até sua recuperação. Após a recuperação ela foi enviada para o Canadá e para os Estados Unidos, para uma visita pública e se tornou o primeiro cidadão soviético a ser recebido pelo presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt, que a recebeu na Casa Branca. Depois, ela foi convidada por Eleanor Roosevelt a fazer um tour pelos Estados Unidos relatando suas experiências em combate. Como presente ganhou uma pistola Colt semi-automática, e no Canadá foi presenteada com um rifle Winchester, que atualmente está no Museu das Forças Armadas de Moscou. 

Promovida a major, nunca mais voltou ao combate mas se tornou instrutora e treinou vários snipers soviéticos até a guerra terminar. Em 1943, ela recebeu a Estrela de Ouro de Herói da União Soviética, fato que rendeu sua imagem num selo comemorativo. Seu rifle preferido era um Rifle Tokarev SVT-40, semi-automático. 

Depois da guerra, ela terminou seus estudos na Universidade de Kiev e começou uma carreira como historiadora. De 1945 a 1953, foi assistente de pesquisas do Chefe do Quartel-General da Marinha Soviética. Em 1976, foi novamente lembrada em outra edição dos selos comemorativos. Sendo depois integrada ao Comitê Soviético de Veteranos da Guerra. Lyudmila morreu dia 10 de outubro de 1974, aos 58 anos, em  Moscou devido a um AVC, e foi enterrada no Cemitério Novodevichy em Moscou. Dois anos depois um navio cargueiro ucraniano seria batizado com seu nome.



MALALA YOUSAFZAI – A MAIS JOVEM PESSOA A RECEBER O PRÊMIO NOBEL DA PAZ – DEFENSORA DO DIREITO DAS CRIANÇAS – DEFENDIA O DIREITO DE AS MENINAS PODEREM ESTUDAR, POIS AS MENINAS NÃO PODEM ESTUDAR EM SEU PAÍS - nasceu no dia 12 de julho de 1997, no Pakistão. Foi vítima de um atentado por suas ideias feministas. Com 17 anos, foi a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz. Malala Yousafzai nasceu no Vale do Swat, no norte do Pakistão. Filha de Ziauddin Yousafzai e de Tor Pekai Yousafzai, ao nascer, nenhum vizinho foi dar parabéns aos seus pais. Em regiões do Paquistão, como no Vale do Swat, só o nascimento de meninos é celebrado. As meninas são obrigadas a se casar cedo, têm filhos aos 14 anos, porém “Malala”, que significa “tomada pela tristeza”, escapou desse destino graças à sua família que sempre apoiou sua vontade de estudar.

Sua mãe vivia na cozinha, e seu pai, um professor e dono de escola, viu em Malala uma aluna perfeita e, contrariando os hábitos locais, depois de colocar os dois filhos para dormir, estimulava a filha a gostar de física, literatura, história e política e a se indignar com as injustiças do mundo. Quando tinha 10 anos, Malala viu o Talibã fazer do Vale do Swat seu território. Sob o governo paralelo da milícia fundamentalista, as escolas foram obrigadas a fechar as portas – as que desobedeceram foram dinamitadas. Nessa época, Malala estudava na escola da qual seu pai era dono e que, como as demais, teve que ser fechada.

Em 2008, com 11 anos, Malala já defendia em seu blog o direito das meninas de frequentar a escola. Com 12 anos, para continuar indo à escola, escondia o uniforme dentro da mochila para não ser atacada e espancada no caminho.  Nessa época, foi registrado em um documentário feito pelo New York Time, em que Malala afirmava que queria ser médica e, para isso iria continuar estudando em qualquer outro lugar.

Em 2010, embora o governo tivesse anunciado a expulsão do Talibã da região do Vale do Swat, no Paquistão, a milícia continuava rondando a área. Malala que já era conhecida por defender em entrevistas e palestras o direito das meninas à educação, passou a receber ameaças de morte. No dia 9 de outubro de 2012, com 15 anos, Malala que estudava na província de Khyber Pakhtunkhwa, enquanto voltava para casa, seu ônibus escolar foi parado por membros do Talibã, que subiram a bordo e perguntaram: “Quem é Malala?”. Ninguém respondeu, mas um dos terroristas a reconheceu e disparou três tiros em sua cabeça.

Malala foi socorrida e levada para um hospital, onde permaneceu em estado grave. Quando apresentou alguma melhora, foi levada para Birmingham, na Inglaterra, para ser tratada em um hospital especializado no atendimento aos feridos de guerra.

Malala sobreviveu ao atentado, recuperou-se e não recuou de suas convicções. Tornou-se porta voz de uma causa – o direito à educação. Sua família mudou-se para Birmingham, onde vive exilada. Ela permanece percorrendo o munco, levando a sua mensagem. Leia mais sobre ela na internet...



MARIA DO CÉU FERNANDES – PRIMEIRA DEPUTADA ESTADUAL ELEITA NO BRASIL - Maria do Céu Pereira de Araújo Fernandes nasceu em Currais Novos/RN, 6 de outubro de 1910 e faleceu no  Rio de Janeiro, 9 de maio de 2001. Foi a primeira mulher a ocupar o cargo de deputada na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, e por extensão, também a primeira deputada estadual mulher no Brasil. Eleita com 12.058 votos, teve seu mandato cassado em 1937, por discordância das ideias getulistas durante o Estado Novo. Era casada com Aristófanes Fernandes, que foi prefeito de Santana do Matos, deputado estadual e deputado federal pelo Rio Grande do Norte. Era irmã de José Cortez Pereira de Araújo, que posteriormente governou o Rio Grande do Norte entre 1971 a 1975.



MARIE CURI - Marie Skłodowska-Curie, nascida Maria Salomea Skłodowska, nasceu em Varsóvia, 7aos  de novembro de 1867; faleceu em  Passy, aos 4 de julho de 1934. Fi uma física e química polonesa naturalizada francesa, que descobriu a radioatividade. Ela foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel, sendo também a primeira pessoa e a única mulher a ganhá-lo duas vezes, além de ser a única pessoa a ser premiada em dois campos científicos diferentes. Ela teve papel fundamental no legado da família Curie, de cinco prêmios Nobel. Ela também foi a primeira mulher a se tornar professora na Universidade de Paris e, em 1995, se tornou a primeira mulher a ser sepultada por seus próprios méritos no Panteão de Paris. Nascida em Varsóvia, no que era então o Reino da Polônia, parte do Império Russo, ela estudou na clandestina Universidade Volante de Varsóvia e iniciou seu treinamento científico prático na mesma cidade. Em 1891, aos 24 anos, seguiu sua irmã mais velha, Bronisława, para estudar em Paris, onde obteve seus diplomas superiores e conduziu seus trabalhos científicos subsequentes. Ela compartilhou o Prêmio Nobel de Física de 1903 com seu marido, Pierre Curie, e com o físico Henri Becquerel. Ela também ganhou o Prêmio Nobel de Química de 1911. Suas realizações incluem o desenvolvimento da teoria da "radioatividade" (um termo que ela cunhou), técnicas para isolar isótopos radioativos e a descoberta de dois elementos químicos, o polônio e o rádio. Sob sua direção, foram conduzidos os primeiros estudos para o tratamento de neoplasias usando isótopos radioativos. Ela fundou o Instituto Curie em Paris e sua contraparte em Varsóvia, que continuam sendo grandes centros de pesquisa médica. Durante a Primeira Guerra Mundial, ela desenvolveu unidades de radiografia móvel para fornecer serviços de raio-X a hospitais de campanha. Apesar de ter-se tornado uma cidadã francesa, Marie Skłodowska-Curie, que usava os dois sobrenomes, nunca perdeu o senso de identidade polonesa. Ela ensinou às filhas a língua polonesa e as levava em visitas à Polônia. Ela nomeou o primeiro elemento químico que descobriu, o polônio, em homenagem ao seu país natal. Marie Curie morreu em 1934, aos 66 anos, em um sanatório em Sancellemoz (Alta Saboia), na França, de anemia aplástica, causada por exposição à radiação durante sua pesquisa científica e seu trabalho radiológico em hospitais de campanha durante a Primeira Guerra Mundial.



MILITANA SALUSTINO – A MAIOR ROMANCEIRA DO BRASIL - Militana Salustino do Nascimento, mais conhecida como Dona Militana, nasceu no sítio Oiteiros, na comunidade de Santo Antônio dos Barreiros – São Gonçalo do Amarante-RN, em 19 de março de 1925, sendo filha do Mestre do Fandango, Sr. Atanásio Salustino do Nascimento e de Maria Militana do Nascimento. Foi uma cantora de versos brasileira, considerada por muitos a maior romanceira do Brasil.

Aos sete anos já trabalhava na roça, plantando mandioca e feijão. Apesar de analfabeta e de ser proibida de cantar pelo seu pai, foi na lida do campo que memorizou os romances, sendo considerado por muitos, como a maior romanceira do Brasil.

O dom do canto ela herdou do pai, Atanásio Salustino do Nascimento, uma figura folclórica de São Gonçalo. Sua memória guardava, por tradição oral, um considerável acervo, o que fez dela uma enciclopédia viva da cultura popular. Eram romances originários de uma cultura medieval e ibérica, que narravam os feitos de bravos guerreiros e contam histórias de reis, princesas, duques e duquesas. Além de romances, Militana cantava modinhas, coco, xácaras, moirão, toadas de boi, aboios e fandangos.

Cantava seus romanceiros numa cadência que lembrava o cantochão, com ritmo baseado na acentuação e nas divisões do fraseado. Na maioria das vezes, as narrativas cantadas eram histórias trágicas, como a do “Conde de Amarante”, em que a esposa chora a ausência do marido, enquanto dá ao filho “o leite da amargura” e se despede da vida. Outros romances, como “Nau Catarineta”, traziam poesias de terras distantes, desconhecidas, lugares por onde Militana navegava com a memória e a imaginação.

Na década de 1990, o folclorista Deífilo Gurgel conheceu os cantos de Dona Militana e permitiu que o país inteiro conhecesse o talento dela. A romanceira chegou a gravar um CD triplo intitulado “Cantares”, lançado em São Paulo e Rio de Janeiro. Críticos e jornalistas de grandes jornais brasileiros se renderam aos encantos e a peculiaridade da voz de Dona Militana. Em setembro de 2005, ela recebeu das mãos do presidente Lula a Comenda Máxima da Cultura Popular, em Brasília.

Mas o reconhecimento financeiro para esta festejada romanceira só veio em 2009 com o Projeto de Lei Complementar encaminhado pelo prefeito de São Gonçalo, Jaime Calado, e aprovado pela Câmara Municipal do município que concedeu uma pensão vitalícia.

“LÁ NOS BARREIROS ONDE EU NASCI,

EM SÃO GONÇALO ONDE EU ME CRIEI,

EU VOU VOLTAR PRA MEU SÍTIO OITEIRO,

ADEUS RIO DE JANEIRO, ADEUS.”

(versos cantados por Dona Militana numa apresentação no Teatro João Caetano, Rio de Janeiro, durante participação especial no espetáculo “Lunário Perpétuo”, ao lado do brincante pernambucano Antônio Nóbrega).



NÍSIA FLORESTA BRASILEIRA AUGUSTA – Feminista, abolicionista, indianista, indigenista educadora, republicana, escritora.  Nasceu aos 12 de outubro de 1810, em Papari, Rio Grande do Norte, e faleceu em Rouen, França, aos 24 de abril de 1885. Intelectual reconhecida internacionalmente pelo seu legado, considerando as suas ideias visionárias. É um dos nomes mais pesquisados na internet, estudados em universidades brasileiras e fora do país. Tema de inúmeros trabalhos acadêmicos, como TCC’s e monografias. Nísia Floresta foi a primeira feminista da América Latina, tendo reivindicado, em 1832, em seu livro “Direito das Mulheres e Injustiça dos Homens”, o direito de a mulher governar o país, votar, ser votada e frequentar escolas. Ela foi a primeira abolicionista do Brasil, tendo escrito contra a escravidão vinte e nove anos antes de a Princesa Isabel nascer.  

Em 1837, quando as escolas para o sexo feminino ensinavam apenas noções de Matemática e Português, predominando prendas domésticas, Nísia Floresta causou escândalo no Rio de Janeiro ao abrir uma escola para meninas ensinandoas disciplinas de Cosmologia, Física, Química, Latim, Grego, Francês, Matemática, Língua Portuguesa, Educação Física etc.  Valorizava muito a Cultura. Também foi a primeira indianista e indigenista brasileira. Esse livro causou escândalo por suas propostas futuristas. Nísia Floresta fundou escolas em Recife, Porto Alegre (RS) e no Rio de Janeiro. Morou muito tempo em Paris e Portugal.  Residiu temporariamente na Alemanha, Grécia, Inglaterra e Itália, inclusive conheceu pessoalmente o Papa.  Nísia Floresta tinha uma mente fervilhante, inclusive lutou pelas causas republicanas. Na europa, conheceu grandes filósofos, escritores e intelectuais, como Victor Hugo, Alexandre Herculano, Castilho, Duvernoy, Augusto Comte e outros. Seus escritos eram notícia em jornais europeus. Chegou a ser elogiada pelo importante jornal New World, de Nova Iorque.  Um de seus livros foi adotado numa escola italiana. 

Deixou 15 livros escritos em francês, inglês, italiano e português, além de textos em jornais brasileiros e europeus. Nísia floresta faleceu no dia 24 de abril de 1885. Muito tempo depois, as feministas de destaque no Brasil, foram conhecer a história de Nísia Floresta e se encantaram. Dentre elas estava a renomada intelectual Bertha Lutz, residente no Rio de Janeiro, então capital do Brasil. Ela conheceu o deputado federal potiguar Juvenal Lamartine de Faria e conseguiu sensibilizá-lo, e ele se tornou simpatizante da causa feminista.  Em 1927, Juvenal Lamartine elaborou uma lei, então aprovada, dando às mulheres o direito de votar. O Rio Grande do Norte é o primeiro estado do Brasil a eleger uma mulher prefeita e ter eleitoras mulheres, além de ser um dos primeiros estados do Brasil a ter uma deputada estadual. Como vemos, Nísia Floresta veio na frente, abrindo caminhos, ela inspirou e inspira muitas mulheres até o presente. Em 1955 seus restos mortais foram devolvidos à cidade onde ela nasceu, a qual havia recebido o seu nome em 1941



NÚBIA LAFAYETTE – Nascida no dia 21 de janeiro de 1937, em Assu, interior do Rio Grande do Norte, Idenilde Araújo Alves da Costa é o nome de batismo dessa reconhecida cantora portiguar, conhecida em todo o Brasil pelo nome artístico de Núbia Lafayette.

Núbia residiu em sua cidade natal até os três anos, idade que tinha quando a família se mudou para o Rio de Janeiro. Desde tenra idade demonstrou talento para a música apresentando-se em programas infantis desde os 8 anos de idade. A carreira de Idenilde teve início no final da década de 1950, com o nome artístico de Nilde Araújo. Nessa época, trabalhava como vendedora nas Lojas Pernambucanas do Rio de Janeiro, quando resolveu participar no programa de calouros "A Voz de Ouro", da TV Tupi, interpretando canções da época. Foi crooner da boate Cave do Rio e estreou cantando Dalva de Oliveira. 

O nome artístico definitivo de Núbia Lafayette foi adaptado em 1960 por sugestão do compositor Adelino Moreira. Foi este compositor que a levou à gravadora RCA, com o apoio de Nelson Gonçalves. Foi nesse ano que gravou o seu primeiro disco, que contava com o samba-canção "Devolvi", de Adelino Moreira. Este trabalho projetou-a definitivamente como cantora romântica e popular. 

Núbia continuou a participar em programas especiais e apresentações esporádicas até ao fim da sua vida. Morava em Maricá, no litoral do Rio de Janeiro. As interpretações de Núbia Lafayette encantam até hoje. Sua voz trazia uma doçura que a tornava incomparável. Não é à toa que ela segue como uma das cantoras mais ouvidas no Brasil, apesar de nã estar mais entre nós.

Núbia sofreu um AVC hemorrágico no dia 10 de março de 2007, tendo ficado internada por dez dias. No dia 25 de maio do mesmo ano, voltou a ser internada no Hospital de Clínicas Niterói devido a complicações. Faleceu no dia 18 de junho de 2007, aos 70 anos de idade.  Eis, abaixo, a discografia de Núbia Lafayette:

Solidão (1960) - pela gravadora RCA Camden

Devolvi (1961) - Compacto pela gravadora RCA Camden

Devoção (1961) - pela gravadora RCA Camden

Diferente (1962)- Pela gravadora RCA Camden

Eu, Núbia Lafayette (1963) - pela gravadora RCA Camden

Triste Madrugada (1964) - pela gravadora RCA Victor

Noites sem fim (1965) - pela gravadora RCA Camden

Nem Eu, nem Tu, Ninguém (1970) - pela gravadora Philips

Núbia Lafayette (1971) - pela gravadora CBS

Casa e Comida (1972) - pela gravadora CBS

De quem eu gosto (1973) - Compacto pela gravadora CBS

Núbia Lafayette (1974) - pela gravadora CBS

Abandono Cruel (1975) - pela gravadora CBS

Núbia Lafayette (1976) - pela gravadora CBS

Migalhas (1977) - pela gravadora CBS

Núbia Lafayette (1978) - pela gravadora CBS

Núbia Lafayette (1980) - pela gravadora CBS

Os vinte anos artísticos de Núbia Lafayette (1981) - pela gravadora CBS



RÁRIKA BASTOS - nasceu no dia 22 de dezembro de 1981. Mulher Cisgênero, Negra, Mãe, Cria da Periferia, Ativista Ambiental, Filosofa Social e Mestre em Estudos Urbanos, possui uma trajetória de conquistas que reafirma a resiliência da mulher em posições de poder.

Atua há 15 anos com projetos culturais na cidade de Parnamirim, em destaque ao fomento a grupos de cultura e ao desenvolvimento de ações e atividades no Coletivo Social Sementinha de Esperança, como o Arraiá de Nova Esperança.

Dona de um currículo vasto Rárika Bastos é Doutoranda, Mestre em Estudos Urbanos e Regionais, Bacharel em Políticas Públicas, Especialista em Educação Pobreza e Desigualdade Social, exerce o cargo de Secretária Adjunta de Serviços Urbanos de Parnamirim, Diretora de Projetos no Coletivo Social Sementinha de Esperança, conselheira, mentora e consultora. Especialista em gerenciamento de resíduos sólidos, realizou capacitações internacionais na Itália, Portugal, Espanha e Marrocos. Primeira suplente de vereadora em Parnamirim com 1035 votos, recebeu o prêmio nacional de fomento às lideranças negras nacional no eixo: Política Institucional - ativista atuante na defesa de direitos e de valores democráticos.

Rárika de Araújo Bastos é natural de Natal, de uma família tradicional do bairro das Rocas e teve sua ligação com a cidade de Parnamirim desde a infância através de seu avô Juvino que dirigiu o Papa-fila durante muitos anos a serviço da Base Aérea. Oriunda dos movimentos estudantis e das atividades culturais de comunidade ingressou na academia e compôs os movimentos estudantis e de decisões relevantes quanto à acessibilidade, cotas e espaços comuns.

Ainda jovem, decidiu viver a vida ao lado de seu companheiro, pai de seus dois filhos, na esperança de ter a tão sonhada família e por 10 anos sofreu diversos tipos de violência, dentre elas física e psicológica. No ano de 2008 em meio a um cenário de extermínio da juventude negra e pobre, após o assassinato do seu companheiro no bairro de Emaús, chegou a Nova Esperança bairro da cidade de Parnamirim, que a acolheu e se tornou o lugar do recomeço, de mais uma mulher solo em meio às estatísticas com filhos órfãos do extermínio e uma carga histórica de violência e discriminação. Mas, como criar duas crianças em uma comunidade periférica que sofria com todas às lacunas estruturais e sociais do território? O que esperar do futuro, já que: - filhos de médicos em sua maioria são médicos, e os seus seriam o que seriam? Então, Rárika Bastos buscou na própria comunidade às ferramentas de inserção e participação, para que pudesse transformar o raio onde morava e gerar um espaço de vida para criar meus filhos. Foi aí que nasceu em 2009 o Sementinha de Esperança um projeto social que trabalhava com crianças, jovens e adultos devastados pela droga e pela discriminação. Até hoje o Sementinha é um lugar de acolhimento e construção, onde a comunidade por meio da educação, cultura e lazer se reconhece e inicia sua nova identidade. E talvez a sua história responda o porquê, de sua luta ser tão solitária, como a de tantas outras mulheres. Por que, Ela é do tamanho da sua FORÇA.


ROSA MARIA VIEIRA GARCIA COSTA - BAILARINA PROFISSIONAL E PROFESSORA DE BALÉ CLÁSSICO NA SEMEC - nasceu no dia 5 de junho de 1966, é casada com Domingos Sávio de Medeiros, também bailarino de carreira internacional. Tem um casal de filhos, Beatriz Garcia Costa, que mora fora do Brasil, e Lucas Garcia Costa que reside com eles. Reside na rua Américo Soares Wanderley, bairro Capim Macio, em Natal. Tem 56 anos de idade. Formou-se em Balé Clássico em Predislava  Voronoff Goulenko, Alemanha, onde participou do Grupo Cultural de Dança Ilha. 

É Técnica em Dança pela Escola Estadual de Danças Maria Olenewa no Rio de Janeiro e Bacharel em Relações Públicas pela Escola Superior de Relações Públicas-ESURP, estado de Pernambuco. É Bacharela em Administração com ênfase em Recursos Humanos pela Universidade Potiguar-UNP/RN. No período de 1984 a 1989 foi professora de Dança no Grupo Cultura de Dança Ilha-RJ, onde também foi bailarina, estagiária e bailarina de corpo de baile no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. No período de 1986 a1989 atuou como bailarina no Ballet do III Mundo, sob direção de Ciro Barcelos. Entre  1989 a 1992 foi professora de Dança e Coreógrafa no Carol Lemos Dançarte, participando da montagem do “Ballet La Fille Mal Gardee”. 

Em    1993 fez parte do Corpo Vivo Cia de Dança-RN, na função de Maitre de Dança durante a Montagem Ballet Don Quixote. Em 1994- exerceu o cargo de Bailarina e  Professora de DançaGeorgia/USA, INDANCO, Paralax, Emory University e Georgia State University. Ainda em   1994/2003, na Alemanha, exerceu a funão de Bailarina estatutária do Governo Alemão (Stadttheater Bremerhaven – Direção Ricardo Fernando, Theater Weimar – Direção Ismael Ivo, Schalpielhaus Leipzig – Direção Irina Pauls, Staatstheater Oldenburg – Direção Irina Pauls e Theater Nordhausen – Direção Birgit Relitzki. Em  2004/2005 foi Maitre e Ensaiadora no Domínio Cia de Dança Studio Corpo de Baile- Anna Thereza Miranda. Em 2009/2011 atuou na Ativa, pela Fundação Cultural Capitania das Artes. Na Escola Municipal de Ballet Professor Roosevelt Pimenta foi Professora de Dança e Coordenadora Pedagógica, participando da Montagem Ballet Don Quixote e na Montagem Ballet O Quebra Nozes. 

Entre 2011/ 2014 trabalhou na Escola de Ballet Maria Cardoso como Coordendora Administrativa. Em 2014 fez parte do juri para Seleção do Rei e Rainha do Carnaval em Natal RN, pela FUNCARTE- Capitania das Artes. Entre 2015 e 2016 novamente integrou o juri para Seleção de Rei e Rainha do Carnaval de Parnamirim RN, através da Fundação Parnamirim de Cultura-RN. No período de   2016/2019 – 1º, 2º,  3º e 4º, juntamente com o seu marido, que também é bailarino clássico com carreira profissional, realizaram o Tanz Festival de Dança, no Teatro Municipal de Parnamirim. Nele, Rosa Costa é Co fundadora e Diretora Artistica. Em 2020  foi professora Credenciada na American Academy Ballet Performance Awards. Em   2021 foi Diretora Artística e Curadora do “For All Festival de Dança  Online”. Em  2022  foi jurada e professora do iDance Festival de Dança Online. Atualmente, incentivada por admiradores, inscreveu-se no Edital de Monitores de Dança da antiga Fundação Parnamirim de Cultura, em 2021, e foi aprovada como professora de balé. Rosa, apesar de carregar uma simplicidade natural, que parece ofuscar o seu extraordinário currículo, é símbolo de expressividade, amável, dotada de uma alegria contagiante. Sua voz canglorosa e espontânea sinaliza onde ela se encontra. Não há como não localizá-la onde ela esteja, pois a SEMEC se torna um campanário. Na verdade faz parte daquele tipo de professor que, como um motor trifásico, gera uma carga eletrizante de energia durante as aulas de balé, tornando a sua aula um acontecimento. Muito observadora, ao longo de sua convivência na antiga FUNPAC, tem feito leituras extremamente importantes sobre os eventos ali realizados, colaborando em sua qualidade. Rosa é um porto seguro nesse aspecto. Eis mais uma mulher notável e que enche essa galeria de movimento e luz.


 

TEREZINHA MARTINS DA SILVA - AUTORA DO HINO DE PARNAMIRIM - Nasceu em Recife, Pernambuco no dia 28 de março de 1944. Em 1981, juntamente com sua irmã, Maria de Fátima, fundou o Jardim Escola Chapeuzinho Vermelho. Bacharel licenciada em Ciências Sociais pela Universidade Católica de Pernambuco, tendo especialização em Antropologia Cultural pela UFPE e pela UFRN. Mestra em Educação pela UFRN. Professora aposentada da UFRN, tendo ministrado aulas nas disciplinas Métodos e Técnicas de Pesquisa Social I e II, Introdução ao Estudo da Cultura e Antropologia. É proprietária do Colégio Ícaro, uma das instituições particulares de ensino mais antigas e respeitadas de Parnamirim. Ali ela foi professora diretora e atualmente, nas mãos de familiares, usufrui de sua aposentadoria, mas sempre dedicada à instituição.

 


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