Hoje,
12 de outubro, evocamos três signos distintos e especiais no rol das datas
comemorativas: Nossa Senhora Aparecida – Criança - Nísia Floresta Brasileira
Augusta.
Quando
se delibera uma data comemorativa, fica implícita a necessidade de se destacar
algo em favor de deferência. Soam, então, por excelência, questionamentos como:
1)
Quem é a tríade?
2)
Qual a relação dela conosco?
3)
Quais os objetivos concretos quando nos reportamos a alguém, ou a algo, nesse sentido?
Seria
desinteligente a quem escreve responder tais perguntas de bate-pronto.
As
respostas cabem a quem lê. Cabem a todos e a todas. Cabe a você!
Existem
respostas que jamais devem ser feitas em forma de respostas, e sim, de
perguntas. Assim, passam a ter uma carga de significação superior.
Urge,
então, a necessidade natural de se perguntar para as perguntas acima:
1)
Que
razões você nos dá, dona Tríade, para que eu saiba quem é você?
2)
Como
posso me relacionar com você, se você pode ou não ter relação comigo?
3)
Quais
objetivos concretos eu também teria para me reportar a você?
A
confusão está feita!
A
primeira homenageada é NOSSA SENHORA
APARECIDA, um dos nomes de Maria, para os católicos. O que ela tem a ver
comigo?
Maria,
a esposa de José! A Mãe de Jesus?
Ah!
É óbvio! Ela tem tudo a ver com cada cristão. Se somos cristão não podemos
deixar de evocar a Mãe de Jesus, aquela que foi escolhida pela pureza e pela fé
no Pai Celestial. Deixar de lado Maria é ignorar uma parte complementar da
essência do cristianismo.
Se
devo, por alguma razão não evocá-la, devo, no mínimo, respeitar a sua Santa
História. Jamais chutar sua imagem, mesmo que uma simples peça de gesso usada
para recordá-la.
E
aos que respeitam Maria, nesse caso, sob o nome de Nossa Senhora Aparecida
cabem perguntas também: O respeito atribuído a ela é semelhante ao respeito
atribuído ao próximo?
Os
que se autodenominam católicos, que amam Maria, são generosos? São éticos? Vão
a Igreja pela fé? Respeitam a vida alheia? Perseguem? São ateus disfarçados em
busca de conveniências político/eleitoreiras? Cultuam Maria na mais plena
acepção da fé? São verdadeiramente honestos? Desviam verbas públicas e querem
pousar de solenes? Pensam realmente no bem comum? Promovem a justiça e a
caridade? Se doam, na medida do possível, às coisas da Igreja?
Os
que se envolvem com o cotidiano das igrejas, nas condições de autoridades
religiosas, leigos e fiéis – que não precisam ser perfeitos obviamente – mas que
não devem ser hipócritas – ouvem a Palavra de Deus e depois vão se deliciar com
cachaça e música com letras que dizem que toda mulher é p. todo homem é bêbado?
Que
sentido teria participar dos mistérios de Deus, dentro de um Templo Santo,
tendo estado junto ao Santíssimo, tendo recebido a Hóstia Sagrada, e meia hora
depois promovido o alcoolismo (que é caminho para as drogas e a prostituição)
na porta das Igrejas, como ocorre com algumas, em nome de uma incompreendida
tradição?
Vi,
numa cidade que fica aproximadamente há uns 30 km’s daqui, jovens trôpegos, urinando
na porta da Igreja Católica e outros fazendo sexo nos becos durante festa de
padroeiro (a), sem se importar com quem estivesse passando. A tendência dessas
“tradições” é tomar uma dimensão em massa, trazendo muito, muito dinheiro.
Dinheiro da miséria humana. Dinheiro da hipocrisia.
Como
posso me proclamar católico, devoto de algum (a) santo (a) – ou evangélico – se
teatralizo um personagem social – que na calada dos bastidores priziacas – dou vazão à cartilha do
filho de chocadeira?
Nossa
Senhora Aparecida, a qual cultuo e respeito, o que a Senhora pensa sobre isso?
Responda-me!
Retomando
o segundo signo: A CRIANÇA. Adoro as
crianças. Vivi momentos fantásticos junto a elas, enquanto professor e gestor
escolar. É uma das minhas preocupações na condição, não diria meramente de
educador, mas de pessoas humana.
Um
dia uma criança me cutucou e disse, na Augusto Severo: “diretor, a sua meia está furada!” Tenho caixas de cartas que recebi
de crianças dessa escola e da EMYP, me declarando amor e respeito, Acho que é
isso que faz com que os educadores se animem mais na missão de educar.
Uma
cidade só vai para frente através da educação. Nada mais. Ela é o caminho para
tudo. Um profissional que teve educação plena, com certeza será um agente
transformador.
Tudo
começa quando criança – no alicerce – é como uma casa bem feita a partir do baldrame.
Quem fere a moral de uma criança fere a essência do amor e da pureza. Quem alicia
uma criança mata grande parte da energia que elas carregam dentro de si para se
tornarem homens e mulheres de bem. Todos os esforços possíveis e impossíveis
devem ser empreendidos a favor das crianças.
O
último signo: NÍSIA FLORESTA BRASILEIRA
AUGUSTA, sou suspeito de escrever. Costumo dizer que quando a gente passa a
ter domínio sobre um tema, ou forte relação sobre um lugar, isso toma uma
dimensão muito forte e passa a nos guiar.
Exemplo
maior foi ontem, quando a professora a ex-governadora e atual vice-prefeita do
Natal, Wilma de Faria, telefonou para mim e pediu que eu a substituísse num
evento na Câmara Municipal de Nísia Floresta, mediante um imprevisto que ela
teve. Eram 18:30 e tive que dar conta do destino.
Sobre
os questionamentos, urgem as reflexões seguintes: Se Nísia Floresta pregou
durante toda a sua existência nada mais que a justiça, a ética, a honestidade,
a cidadania, o que ela diria, hoje, para aqueles que nasceram ou passaram o
morar na cidade que recebeu o seu nome?
O
que ela teria a dizer sobre a educação, principalmente das crianças?
O
que ela diria sobre as contradições entre o que se prega e se acredita, seja
nas Igrejas ou onde quer seja, e o que se vive concretamente?
Pergunta-se:
Nísia Floresta era a dona da verdade? Quem escreve contra injustiças sociais é
dono – ou dona – da verdade? Os que apelam pela Justiça do Estado, quando lhes
fogem todas as forças que lhe são possíveis, são perigosos?
As
pessoas que lutam a favor de um povo – se boas, calmas e educadas – devem ser
interpretadas como “bois sonsos que
arrombam as cercas” simplesmente por não se silenciarem?
Seria
em vão conhecermos a verdade se ela não fosse o caminho da evolução de uma
sociedade. Não podemos escutar balelas ditas em tom solene, como se elas
(mentirosas) fossem a verdade. Até os próprios se auto-definem como raposas.
Incrível!
Encerrando,
acredito que nesse 12 de outubro, essa tríade aqui tratada, simboliza o caminho
a ser seguido por todos. O caminho que nos leva à verdade das crianças. O
caminho que – numa linguagem figurada – esteja coberto pelo manto de Nossa
Senhora Aparecida Que ela cubra as nações do Mundo com justiça e progresso.
Precisamos
caminhar pela obra de Nísia Floresta para entendermos que ela, que talvez seja
entendida como a dona da verdade, foi somente dona de uma formação educacional
sólida. Nada mais!
Quem
conquista a educação plena conquista a maior das riquezas.
É
por isso que a parcela má e corrupta da sociedade – que não é maioria – não
quer que nossos filhos sejam ricos. É proibido para eles ser rico de educação.
Quem tem essa riqueza corre risco de vida.
Vala-me
Nossa Senhora Aparecida!
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