A data de hoje perfaz 130 anos do
falecimento da intelectual NÍSIA FLORESTA BRASILEIRA AUGUSTA. Evocar esse dia é
importante para que todos os brasileiros reconheçam o quanto o legado dessa
notável pensadora foi visionário e que ainda não se encontra ultrapassado.
É muito bom valorizarmos a luta de
Nísia Floresta em prol da cidadania e da civilidade, mas ao mesmo tempo é
fundamental analisarmos o sentido prático de suas ideias.
Quando olhamos o passado, percebemos
claramente as contribuições deixadas por essa brasileira de caráter e
personalidade marcantes, entretanto, é importante entendermos que, apesar
desses 130 anos, nem todos os objetivos das suas lutas foram atingidos
plenamente.
Ela foi abolicionista muito antes da
Princesa Isabel nascer, mas vejamos que o preconceito racial ainda não acabou. E Preconceito é um instrumento que alimenta outros tipos de escravidão. Há também o tráfico de mulheres, que alimenta a escravidão sexual e assim sucessivamente.
Muitas de nossas comunidades
indígenas permanecem vitimadas por toda espécie de injustiça. E lembre-se que
há 166 anos Nísia Floresta clamava pela demarcação das terras indígenas e pelo
respeito às suas culturas. Vejam quanta atualidade, pois até hoje o assunto é um dilema (A Câmara Federal que o diga!). Ainda temos brasileiros, em pleno século XXI, que veem as comunidades indígenas como bichos.
Ela também lutou em prol da
liberdade de culto, justamente por entender que os caminhos para o entendimento da fé devem ser livres, e ninguém deve determinar o que está certo ou errado nesses termos.
E a liberdade de expressão tão pontuada por ela? Temos liberdade de expressão verdadeiramente? Claro que não! Prova disso é esse texto que você está lendo. Muitos pensam exatamente igual a mim (graças a Deus!), mas não têm coragem de escrever, pois temem até serem emboscados por aí. E há uma parcela que abomina esses escritos, pois favorecem a imprensa marrom, para, por míseros trocados, para elogiar e tapar o sol com a peneira. Nísia Floresta explicava esse seu espírito libertário como quem estivesse “cumprindo uma missão”. Creio que falta a muitos brasileiros, especialmente aos nisiaflorestenses se identificarem com essa missão e lutarem pela independência plena de seus municípios.
É lastimável assistirmos os nossos jovens com medo, receio e desconfiança de se impor (não me refiro a vândalos). Mas, lastimavelmente, isso se explica: muitos deles foram e são educados para andar em cima dos muros. E com vendas nos olhos. O que esperar?
E a liberdade de expressão tão pontuada por ela? Temos liberdade de expressão verdadeiramente? Claro que não! Prova disso é esse texto que você está lendo. Muitos pensam exatamente igual a mim (graças a Deus!), mas não têm coragem de escrever, pois temem até serem emboscados por aí. E há uma parcela que abomina esses escritos, pois favorecem a imprensa marrom, para, por míseros trocados, para elogiar e tapar o sol com a peneira. Nísia Floresta explicava esse seu espírito libertário como quem estivesse “cumprindo uma missão”. Creio que falta a muitos brasileiros, especialmente aos nisiaflorestenses se identificarem com essa missão e lutarem pela independência plena de seus municípios.
É lastimável assistirmos os nossos jovens com medo, receio e desconfiança de se impor (não me refiro a vândalos). Mas, lastimavelmente, isso se explica: muitos deles foram e são educados para andar em cima dos muros. E com vendas nos olhos. O que esperar?
Nísia Floresta não tinha ‘papa na língua’. Não tinha medo de ninguém. Lançava o
seu grito de liberdade convicta de que somente gritando a verdade seria possível protagonizar uma reforma no
país. Falta esse grito a muitos nisiaflorestenses. A muitos brasileiros.
Nísia Floresta deve continuar inspirando muitos brasileiros. Isso deve ser algo quase que sagrado. E nenhum lugar do Mundo tem mais autoridade para se sentir identificado com esse projeto que o município de Nísia Floresta. Justamente por ser o berço do nascimento de quem pensou a frente do tempo.
Nísia Floresta deve continuar inspirando muitos brasileiros. Isso deve ser algo quase que sagrado. E nenhum lugar do Mundo tem mais autoridade para se sentir identificado com esse projeto que o município de Nísia Floresta. Justamente por ser o berço do nascimento de quem pensou a frente do tempo.
Perquirindo as obras dessa insigne
escritora, cabe a todos – em especial aos nisiaflorestenses – analisar o que
deixou de ser teoria e tornou realidade. Ele clamou por cidadania e
civilidade. Isso existe em Nísia Floresta de maneira plena?
O município de Nísia Floresta, hoje, possui uma gestora.
Essa conquista se deve, inclusive a Nísia Floresta. Mas essa gestão obedece ao modelo conclamado pela intelectual Nísia Floresta, ou obedece a um modelo de administração no qual pais, tios, enfim familiares são os reais gestores?
A gestora do município de Nísia
Floresta é uma mulher culta, visionária, politizada ou uma administradora medíocre, representante de um vergonhoso sistema falido, resquício da velha monarquia,
por sua vez repaginada de coronelismo e ditadura?
O modelo de administração nisiaflorestense é democrático ou pautado por rédeas? (Para responder que é democrático, o primeiro passo é afirmar que tem ocorrido sucessivos concursos públicos no município). Isso é real?
O modelo de administração nisiaflorestense é democrático ou pautado por rédeas? (Para responder que é democrático, o primeiro passo é afirmar que tem ocorrido sucessivos concursos públicos no município). Isso é real?
É vergonhoso para um município – principalmente onde nasceu uma mulher que deixou ideias avançadas para o Mundo – resistir práticas tão ultrapassadas e vergonhosas.
Não soa legal dar a essa data um cunho meramente comemorativo. Isso é coisa da velha História. Urge olharmos para o
dia 24 de abril com a criticidade, construindo com a nova geração ideais de justiça, cidadania e civilidade.
Hoje, dia 24 – longe de
comemorar a sua morte – é dia de evocar a suas ideias e cobrar a prática, afinal passaram-se muitos anos. Ela deixou um legado. Esse legado é uma análise social. É uma
tese altruísta. Precisa sair do
papel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário