Pois que assim sempre me fui
só de pensar quando encontrava um La
Fontaine pelos adiantes.
As brincadeiras que falo por
hora
Eram de brincar de qualquer
coisa
Que desse para brincamento,
Brincar de correr atrás
do vento,
Brincar de guerra de torrão de
barro,
Brincar de voar no mato,
Brincar de correr de a
cavalo...
Só quem possuía um quintal
cheio de ermos e confins
Têm poderes para entender o Daktari que tínhamos.
Minha mãe alertava:
- Não passe da cruz da
Cidinha!
Mas, aqui para nós,
Esticávamos a cruz até a
Pioneira
Às vezes o elástico dava no
Uerê.
Adonde os índios poemavam
Uerê! Uerê! Uerê! Uerê!Uerê! Uerê!Uerê! Uerê!Uerê! Uerê!
Eu sabia que quanto mais estrada
passasse por debaixo dos pés
Mais poderia aparecer onça
tocaiando.
O mais que vi além dos
tamanduás
Foram obstáculos de
sucuris.
A cabeça ficava de um lado da
estrada,
A bunda ficava do outro,
O meio ficava no meio da
estrada.
Era só pular,
Elas nem viam.
Quando o elástico dava sinal
de descangotar
Eu voava para casa.
- Que demora foi essa? Parece que estava no Rio Pardo!
Respondo:
- Não, mãe, eu não passei da cruz da Cidinha!
Ela não conseguia ver os
épicos que trazíamos na memória.
Assim acreditávamos.
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