Assisti – perplexo – a liberação da presidiária
Adriana Anselmo (mulher do ex-governador do
Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB), solta
mais uma vez pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo
Tribunal Federal (STF), no âmbito da Operação Calicute, um desdobramento da
Lava Jato no Rio de Janeiro.
Foi esta mesma operação que levou Sergio Cabral à prisão.
Ao analisar o pedido da defesa
de Adriana Ancelmo, Gilmar Mendes argumentou que a prisão de mulheres grávidas
ou com filhos sob os cuidados delas é "absolutamente preocupante".
Por
isso, argumentou o ministro, alternativas à prisão devem ser observadas a ponto
de não haver "punição excessiva" à mulher ou à criança.
"No
presente caso, a condição financeira privilegiada da paciente [Adriana Ancelmo]
não pode ser usada em seu desfavor. Observo que o crime supostamente praticado
pela paciente, muito embora grave, não envolve violência ou grave ameaça à
pessoa. A paciente esteve por meses em prisão domiciliar, sem violar as regras
estabelecidas pelo juízo. A sentença reconheceu a desnecessidade de um regime
mais rigoroso", escreveu o ministro.
Gilmar
Mendes acrescentou, em seguida, que Adriana Ancelmo tem condições de aguardar o
julgamento dela pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em prisão domiciliar, a
menos que haja fatos novos.
Na minha opinião, isso é um
atentando à tão conflitante Justiça Brasileira, pois, que diferença tem Adriana
Ancelmo das outras mães?
As
prisões brasileiras estão cheias de mães nas mesmas condições que ela, mas que
roubaram pão para os filhos comerem. Não defendo o roubo, seja de que montante
for, mas entre soltar uma criminosa que junto com o marido saqueou os cofres
públicos do Rio de Janeiro, e outra que roubou uma galinha para alimentar a sua
família, prefiro soltar a que roubou a galinha. Se o “colocar na balança” for
questões sociais, filiais etc – que soltem a que matou a fome dos filhos, e não
a que viveu nababescamente junto com o seu marido e asseclas, sob a farra
do dinheiro público. É triste o silêncio dos brasileiros diante de tais
barbaridades.
LEIA A
REPORTAGEM ABAIXO E VEJA SE A SITUAÇÃO NÃO É EQUIVOCADA (O LINK ESTÁ LOGO ABAIXO)
A Defensoria Pública de São Paulo acionou o Superior
Tribunal de Justiça (STJ) para pedir a liberdade de uma mãe condenada por
roubar ovos de Páscoa e um quilo de peito de frango, em 2015. Responsável por
três crianças menores de 12 anos, ela vive com o filho mais novo, de 20 dias,
em uma cela superlotada da ala materna da Penitenciária Feminina de Pirajuí.
A pena determinada, de três anos, dois
meses e três dias de regime fechado, supera as sentenças impostas a pelo menos
sete condenados na Operação Lava-Jato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário