Como sabemos, não somos um país beligerante. Guerreamos contra o Paraguai, mas é uma história tão triste que é melhor ficarmos quietos. A nossa participação na Itália - como Força Expedicionária Brasileira - foi uma guerra em que fomos tomados emprestados para brigar pelos outros. E ainda bem que os nossos soldados foram vitoriosos, peças importantes para a vitória. Essa história precisa ser contada nas escolas, pois temos os herois.
Lucramos a Usina Nuclear no Rio de Janeiro, prédios, veículos, maquinários e equipamentos em Natal e Parnamirim, Rio Grande do Norte, influências culturais e, para muitos, foi bom enquanto durou. A presença dos Estados Unidos também aconteceu no Pará não se limitava a um único local. Havia uma rede de bases militares e instalações aéreas espalhadas pela região, incluindo Belém e outras cidades. Mas vamos ao que importa...
Durante a Segunda Guerra Mundial, o treinamento dos pilotos brasileiros foi uma jornada que combinou experiências no Brasil e nos Estados Unidos. Eles aprenderam a pilotar aviões como o Curtiss P-40 e o P-47 Thunderbolt, além de terem acesso a técnicas modernas de instrução. A Força Aérea Brasileira (FAB) formou 558 oficiais aviadores no Brasil e também promoveu a formação de mais de 281 oficiais da reserva nos Estados Unidos.
O início do treinamento aconteceu no Brasil, onde os pilotos começaram pilotando aviões de caça Curtiss P-40. Além disso, a Aviação de Patrulha também teve seu papel, operando aviões como o PBY-5 "Catalinas" e o A-28 "Hudsons". Para fortalecer a força, a FAB criou diversas esquadrilhas, como o 1º Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), fundado em 1943 para atuar na Itália.
Depois, os pilotos brasileiros tiveram a oportunidade de fazer um treinamento mais avançado, com acesso a sistemas e técnicas modernas, muitas vezes separados dos grupos americanos para um preparo mais específico. O foco em aviões de caça, especialmente o P-47 Thunderbolt, foi fundamental para prepará-los para as missões de combate na Itália. Além disso, houve um intercâmbio de experiências, onde os pilotos brasileiros aprenderam técnicas de sobrevivência na selva e participaram de voos de combate, fortalecendo suas habilidades e conhecimentos.
O 1º GAVCA destacou-se na campanha na Itália, realizando 682 missões de guerra e ajudando a coordenar o tiro de artilharia da FEB. Esses pilotos participaram ativamente dos combates, enfrentando perigos e, infelizmente, alguns foram abatidos pela artilharia inimiga. Um exemplo de coragem é o tenente Danilo Moura, que, após seu avião ser abatido, caminhou impressionantes 386 km.
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