Em 1995 o ex-prefeito George Ney procurou-me, interessado
em montar um Museu na Estação Papari. Ele queria saber os caminhos das pedras. Eu
não o conhecia, e achei incrível um gestor ter aquele pensamento. Creio que ele
tenha me abordado pela repercussão das minhas pesquisas iniciadas sobre N. F.
três anos antes, conforme às vezes posto alguma coisa daquela época. Como ele era o gestor do município, fui atrás
de diversas pessoas, como constam no documento postado (eu sempre gostei de
documentos, pois, como diz meu pai “contra fatos não há argumentos). Se alguém
dissimular e contar uma história diferente, você pega o documento e pronto!
(tenho muitos documentos desse tipo: velhos e atuais, e dos mais diversos
assuntos). Pois bem, convidei Hélio de Oliveira, Diva Cunha, Drª Françoise
Valèry (Cônsul Honorária da França), Graça Lucena, e Constância Lima Duarte),consegui
marcar uma reunião na Base de Pesquisa que eu fazia parte, na UFRN e as demais
ocorreram na Fundação José Augusto.
Naquela época organizar um museu não era como hoje, onde as
coisas estão muito próximas das nossas mãos. Tudo é mais acessível, graças à
internet. Pois bem, conseguimos montar uma comissão e as coisas tomaram um rumo
promissor. O projeto que montamos no papel era excepcional, pois foi pensado de
forma coletiva. Houve muita expectativa na sociedade, mas o final foi infeliz.
O Museu, planejado para ocupar todos os cômodos da velha
estação, cujo restaurante ficaria ao lado, de repente, sem deliberação alguma,
recebeu uma tônica diferente, resumido ao micro-espaço da bilheteria.
Impossível!
Pronto! Estava ‘desinaugurado’ o museu.
Seis anos depois, de tanto eu insistir com Lourenço, então
gestor, consegui remontar novo projeto. Dessa vez seria um memorial naquele
espaço apelidado popularmente de “Casa da Dinda”. A equipe que consegui montar
dessa vez era composta por Diógenes da Cunha Lima, Hélio de Oliveira, Jeanni
Nesi, Isaura Rosado Maia, Isabela Camilo, Marilene de Brito, Drª Françoise
Dominique Valéry, Ana Barros (então secretária municipal de educação), Hilneth
Correia, Enélio Petrovich, Zélia Mariz e eu.
Houve todo aquele contexto que não precisamos entrar em
detalhes, mas, o fim... o fim foi o fim. As imagens falam por si.
Pena! O que de positivo vingou foi a experiência e aquela
coisa inexplicável mas boa, que você planta, tal qual semente, e que floresce
dentro das pessoas, despertando-lhes interesse parecido. Essa é a vantagem de
dos pioneiros... abrir caminhos, cortar a mata... inspirar...
Foi assim. E restou eu ainda por aqui para contar o fato.
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