Embora o abuso
sexual contra as mulheres dentro de veículos é mais antigo do que pensamos – e não encontra amparo
em pessoas de bem – as músicas da época já o denunciavam. Veja essa canção,
escrita por Eduardo das Neves, há quase cem anos – referindo-se a
tais abusos. Encontrei-a no livro de Càtulo da Paixão Cearense, 1930, pgs. 63/64, editora Quaresma, Rio.
Achei interessante fazer um pequeno texto para servir de mote para debates, até porque é material curioso.
Achei interessante fazer um pequeno texto para servir de mote para debates, até porque é material curioso.
Naquele tempo
davam a essa prática desrespeitosa o nome de “bolinar”. Atualmente usam o
vocábulo “encoxar”.
Anda a gente pelos
bonde
Sem poder nem se
virar,
Porque logo grita
um anjo
Este homem quer
bolinar
II
Pois então, ó
filha minha
Muda já de direção
- Ai, não posso,
que na esquerda
Me bolina o
bilontrão.
III
Aos amantes das
bolinas
Aqui eu venho
saudar!
E que sejam
venturosas
No constante
bolinar
https://www.google.com.br/search?q=homem+ejaculou+em+mulher&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiU7PCK88XXAhVBkpAKHTxgCw4Q_AUICygC&biw=1280&bih=827#imgrc=N7bDs-9qQKpaxM: |
Infelizmente o
espaço absurdamente apertado nos ônibus, trens e metrôs facilita esse tipo de abuso
contra as mulheres. Embora existam estados que criaram espaços exclusivos para
mulheres em metrôs e trens, entendo que isso não é exatamente um avanço. É uma
luz em meio a um povo não civilizado.
O correto é o
respeito. Mas enquanto existem pessoas com problemas psiquiátricos e, entre
elas os aproveitadores, a medida é uma válvula de escape.
Na realidade as
leis não ajudam muito, pois dependem da interpretação dos juízes. E isso é
muito esquisito, pois cada mente entende a mesma coisa de modos diferentes. Eu
defendo que as leis deveriam ser mais claras e não dar brechas para decisões
absurdas.
O juiz que
trabalhou os autos daquele rapaz que ejaculou numa mulher, que foi solto e reincidiu,
é exemplo claro. Ele entendeu que o tarado deveria ser solto porque não houve
estupro.
Quer dizer que
para que o indivíduo fique trancafiado, ele deveria ter se despido, despido a
mulher e a estuprado para haver o entendimento de atentado violento ao pudor?
Que lei louca!
O fato de o
elemento ter retirado o pênis diante da mulher, ter encontrado - inexplicavelmente
- excitação suficiente para - dentro do corredor do ônibus – ejacular sobre ela
já é algo anormalmente afrontoso.
Na realidade isso
não é um estupro, mas não deixa de ser atentado violento ao pudor e à dignidade
da vítima.
O autor desse
crime deveria ter sido preso naquele mesmo dia e ficado trancafiado por um bom
tempo.
Tenho certeza
absoluta que assim que ele for solto o Brasil ainda ouvirá falar dele como
autor de outros casos.
Se isso é um
desvio, que o Estado o trate, mas dentro da cadeia. E isso com certeza servirá
de exemplo para pessoas sem tais patologias, e que se aproveitam dos bondes da
vida.
Seja como for, esse assunto é para ser tratado com seriedade nas mídias, nos programas que formam opinião, bem como em escolas e ambientes afins.
Seja como for, esse assunto é para ser tratado com seriedade nas mídias, nos programas que formam opinião, bem como em escolas e ambientes afins.
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