Hoje, era mais ou
menos cinco e quinze da manhã quando o Hora Um da Notícia mostrou a reportagem
sobre o ex-governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli e seu filho,
acusados de corrupção.
Até aí nada de
estranho, pois a mídia atual só tem corrupção e violência para divulgar. Num
país de maioria de políticos e cidadãos comuns corruptos, não pode ser diferente (só temo por nossas crianças que se educam nessa "sinfonia").
Eu, que nasci no
Mato Grosso do Sul e bem sei quem são essas peças indesejáveis, não estranhei
nada. Lá pelos cenários pantaneiros essas figuras são “famosas”; iguais a Henrique Eduardo Alves etc.
O que me agradou
nessa reportagem foi um detalhe ‘orgasmático’, quando o único político que o
visitou no presídio, o deputado peemedebista Carlos Marun - amicíssimo de - pasmem! - Temer - disse que não se
deveriam dar importância a delação feita pelo delator que o denunciou, pois “delação
é coisa de bandido... quem delata é bandido”.
Ele foi o último a
falar. Assim que sua imagem saiu da tela apareceu a apresentadora Monalisa
Perrone e fechou com chave de ouro, dizendo ipsis
literis: “tem que ver também que quem é delatado também é bandido”.
Achei isso
fantástico, pois essa história insuportável de falsos inocentes para todos os lados é
o mesmo que chamar a nós, brasileiros, de idiotas. Assistimos, sem poder fazer nada, as
mais absurdas justificativas do tipo: o advogado do ex-governadoir tal declarou que
está chocado com essa acusação, pois sempre pautou a sua vida por honestidade, ética e justiça, e outros ridículos blás, blás, blás... (ignoram que todos sabem que eles e elas são pessoas que enriqueceram do dia para a noite).
Só mesmo um idiota
para engolir isso e ficar calado.
Alguns comunicadores criticam o fato de alguns jornalistas manifestarem suas opiniões após a veiculação de reportagem, como esse caso. Mas isso é fundamental, pois trás uma dignidade maior para quem assiste. Parabéns, Monalisa
Perrone. Antes de ser jornalista você é brasileira.
Não podemos suportar em silêncio tantos ladrões assaltando os cofres da nação, seja de que partido for e pousando com discursos bonitos, retirados da boa retórica dos advogados. Estamos nesse caos por conta desses ratos, os quais, juntos a uma maioria assustadora, colocaram os brasileiros no fundo do poço.
Quando uma jornalista tem a coragem de falar igual a Monalisa, aumenta em nós a esperança no bem e o desejo de fazermos algo em prol de um país sem ratos.
Quando uma jornalista tem a coragem de falar igual a Monalisa, aumenta em nós a esperança no bem e o desejo de fazermos algo em prol de um país sem ratos.
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