Ana Catarina Silva Fernandes é o nome dessa mulher. Conheço-a desde 2014, quando o Teatro Municipal de Parnamirim foi inaugurado, ocasião em que, a partir daí, ela passou a frequentar com regularidade aquele espaço de arte e Cultura, sempre envolvida em algum projeto escolar ou assistindo a espetáculos ali apresentados ou participando de eventos públicos. Então descobri que era uma professora parnamirinense muito respeitada.
Tenho um carinho muito grande por Ana Catarina, justamente pelo fato de que nela habitam várias mulheres fortes, ilustradas, preocupadas com os alunos e com os habitats dos alunos. Ela tem uma visão holística sobre as coisas, sobre a cidade, sobre a escola, sobre os projetos que desenvolve, é muito articulada e provocativa. Catarina inspira alunos, plateias, amigos e estranhos.
Ana Catarina é professora, e se descobriu uma educadora inata. Essa educadora, capaz de enfeitiçar alunos com o poções de sabedoria e ilustração, descobriu-se artista plástica, e seus primeiros trabalhos, considerados muito simples por ela, recebeu o convite da Biblioteca Zila Mamed, na UFRN e de alguns municípios potiguares para serem ali expostos, provando que ela estava errada ao julgar a sua própria arte.
A artista plástica também se descobriu escritora e publicou A Saia do Amor, uma obra para o público infantil, cuja mensagem, belíssima, é para todas as idades. Um enredo curioso, com mensagem sublimar típica de quem instiga o pensar. E essa escritora também se descobriu capaz de promover aulas-palestras empolgantes, que deixam o público boquiaberto. Uma Oprah Gail Winfrey da palavra, da retórica...
A marca registrada dessa mestra é a palavra falada. Ela se pronuncia como quem pesca palavras adequadas, bem escolhidas para justamente se encaixar no bem-dizer. É uma elegância vocabular espontânea, garimpada ao longo de sua vida. E num tempo de tantos equívocos e dilapidação da Língua Portuguesa, é providencial que hajam esses falantes, os quais, sem perceberem, nos dão aulas, despertam os nossos termômetros do bem-falar. E ela o faz como quem toma uma cachaça envelhecida num final de tarde em sol ao ocaso...
Ana Catarina inspira. Dia desses, estando ela onde trabalho, uma funcionária, na casa dos seus 30 anos de idade, disse “ela foi minha professora no infantil”. Perguntei como ela era? “uma professora amável e zelosa, nunca me esqueci dela”. Isso não tem preço e se casa com tudo o que testemunhei ao longo da nossa amizade, e soma agora na construção desse texto. Olha só o que é semear o bem...
Eu já disse para Ana Catarina que descobrisse mais coisas dentro dela, pois todas as coisas que possui é para o bem e fazem o bem, e fazem bem feito. Eu queria ter tido essa professora durante a minha adolescência. Sou uma pessoa do bem, mas tenho certeza que eu seria uma pessoa melhor do que sou. Obrigado, Ana Catarina, você é um pilar, um porto de muitos. A sua vida tem um tremendo sentido porque é essa a sua missão, corra, vá transformar pessoas. É isso que a faz feliz. Muitos precisam de você e é isso que a torna grande, é isso que dá sentido à sua vida e à vida de muitos. Tudo tem sentido quando transformamos pessoas. Não deixe os livros inúteis. Compartilhe sua experiência, maturidade e inteligência admiráveis...
Suas palavras delinearam com perfeição a pessoa dessa querida amiga Catharina. Um privilégio tê-la como amiga
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