O
leitor já percebeu que eu sempre arrasto qualquer assunto para a
alçada da EDUCAÇÃO.
E
não pode ser diferente.
Quero,
agora, abordar um detalhe que pautou os comícios de Nísia Floresta,
nas pessoas dos candidatos ao cargo de prefeito, com as devidas
exceções obviamente. Refiro-me às colocações ofensivas,
desrespeitosas e até mesmo calúnias lançadas de um candidato
contra o outro. Como se não bastasse a campanha ter sido tão
violenta.
É
nesse ponto que entra o aspecto da educação.
Muitos
menosprezam a inteligência das crianças. Acham que elas não
percebem ou não pensam sobre o que veem. É certo que elas não
processam os fatos como nós, adultos, mas entendem ao modo delas.
Para
uma criança e um pré-adolescente (e até mesmo para um adulto mal
educado) xingar, difamar, humilhar, menosprezar pessoas que são
oposição a outra é normal.
Sou
adepto da filosofia de que um candidato a cargo político deve
mostrar o seu PLANO DE GOVERNO em primeiro lugar. Depois deve
convencer o eleitor a entender porquê ele é melhor que o seu
oponente. Aí, sim, nesse caso, ele deve elencar porquê o seu
opositor não é melhor que ele.
E
quando esse oponente for, de fato, persona non grata,
vale, sim, informar a sociedade sobre isso, citando os fatos e
mostrando as fontes. Por exemplo, você votaria em quem:
1)
já desviou verbas públicas;
2)
já mandou matar gente;
3)
não é da sua região e não conhece os problemas locais com
propriedade;
4)
é violento, é incompetente;
5)
é apoiado por pessoas duvidosas;
6)
não tem moral;
7)
não respeita filha e esposa de ninguém etc etc etc?
Se
sua resposta for sim. você também é tão imprestável quanto. E
culpado por todo o descaso de seu município.
Mas
quando o seu oponente não tem defeitos que coloquem em cheque a administração, você deve fazer a diferença
com o seu PLANO DE GOVERNO, discurso e sua equipe. A partir daí é dizer
que você é o melhor (e que isso seja real - não me refiro à mera
estratégia politiqueira).
Falando
sobre isso eu trago a baila o episódio da última eleição, quando
o candidato George Ferreira (que carrega uma pilha de processos
contra si, e um currículo que todos conhecem bem) fez ataques
verbais de extrema baixeza aos adversários. Do mesmo modo
sua esposa - Rosângela Ferreira - então candidata, que fazia
comentários no mesmo molde do marido.
Você
já imaginou se os seus opositores políticos fossem desenrolar o novelo de práticas
arbitrárias dessa família nos comícios? Não sobraria tempo para
os demais candidatos falarem.
Não precisamos de Filosofia para observar que várias práticas ocorridas durante as eleições entram na alçada do caráter.
Mas,
o que eu quero dizer com isso?
Quero
dizer que as crianças e os jovens que assistiram aos comícios de
Rosângela Ferreira passarão a pensar que seus opositores políticos são aquilo que
ela e o seu marido disseram nos palanques e nas casas.
É
aí que entra o aspecto da formação educacional da sociedade (em
especial das crianças). Ela passa a entender que comício é local
de caluniar, mentir, difamar, humilhar opositores. Quando alguém
falar a palavra POLÍTICA ela achará que é toda essa
patuscada.
Para
um adolescente ingênuo, basta o fato de uma mulher loira, branca ter
dito ofensas contra seus opositores que elas se tornam leis.
E
quando essa mulher loira e branca é esposa de um ex-prefeito que
transmite para o adolescente ingênuo a imagem de que ele "é o
máximo", piora tudo, ou seja, os cidadãos da oposição se tornam personas non gratas. Há uma
inversão de atores. "Ser o máximo" é carregar um magote
de processos nas costas e desrespeitar oponentes com calúnias e
ofensas.
Entendeu
porque é fundamental aos EDUCADORES trazer tais assuntos para a sala
de aula? OBS. Detalhes sobre isso estão na postagem ESCOLA SEM
PARTIDO, SIM, SEM DISCUSSÕES POLÍTICAS, JAMAIS. http://nisiaflorestaporluiscarlosfreire.blogspot.com.br/2016/10/eleicao-tao-violenta-em-quase-todo-o.html
É isso, caro leitor; na condição de educador, sou um inconformado. Mas inconformado naquela concepção de Guimarães Rosa, quando escreveu "O animal satisfeito dorme".
É isso, caro leitor; na condição de educador, sou um inconformado. Mas inconformado naquela concepção de Guimarães Rosa, quando escreveu "O animal satisfeito dorme".
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